domingo, 27 de dezembro de 2009

The Last One.



Quisera eu ter palavras bonitas para encerrar um ano por aqui. Passar uma mensagem para que refletissem, escrever um texto que os fizessem suspirar. Mas a comemoração do Ano Novo já teve tanta coisa dita ao longo destes anos, que não acredito que conseguiria ser original.
Tenho em uma pasta, um arquivo com a minha retrospectiva de 2009, mas não acho que venha a calhar por aqui, talvez a publique em meu flog. 
Estou ausente daqui, pois encaro que estou em férias.
A inspiração foi viajar e não deu data de volta. O que posso fazer é esperá-la, pacientemente.

O MEU 2009 veio repleto de coisas novas e aprendizados. Alguns tapas na cara, a noção de que ser mãe é a coisa mais louca do mundo e ainda não estou pronta pra ficar longe da minha Lou, a correria da faculdade, amigos novos, amigos antigos ressurgindo, uma paixãozinha pra apimentar, etc, etc, etc.
Não tenho nada a reclamar, thanks God.



Sem mais delongas... Um 2010 repleto de realizações e sorrisos para todos nós.
Amém! 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

.O Silêncio.

Depois de muitas frases, noites em claro, dias de sol, planos, passeios e viagens, deu-se o silêncio. Chegou de repente, fazendo questão de mostrar sua presença. Rasgando e dilacerando cada pedaço de mim.
Ele gritava! Chegou a me entorpecer, me embriagar; a me deixar à beira da loucura.
Em meio as brigas imaginárias, calei-me. O silêncio certamente é um adversário desleal e trapaceiro. Não havia fuga nem retrocesso.
Optei por enfrentá-lo. Assim, cabeça erguida, punhos fechados. Pronta para uma batalha, caso esta viesse a ocorrer. Mas não veio.
Então, sem nada acontecer ele foi me vencendo... Pouco a pouco. Levou-me à irrelevância e ali permaneci. Não mais me importa nem me interessa coisa alguma.
Causou estrago. E foi permanente.
O TEU silêncio é agora o vilão que deve ser caçado.
Levou consigo meu sorriso, deixou comigo solidão.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Sem Título.

E agora já não mais sofria com a ausência. Estava liquidada a saudade. Ela se perguntava de quando em quando o verdadeiro motivo que a levara a se envolver daquela maneira. Que permitira chegar tão longe, desviando-a do rumo que vinha seguindo até então. Por sorte o feitiço durou pouco, não dando oportunidade para estragos ou lesões. Exceto o asco que lhe brota ao reviver suas memórias trucidantes! O veneno devia ser sugado! Não creio que ela estava se enganando. Não hoje! Não nesta situação delicada pensada e repensada! Ela é astuta demais para se enganar neste caso. Acontece que o terreno, por vezes, é desconhecido e certamente há minas escondidas ali embaixo. Deve ter, então, o devido cuidado, a devida cautela e tato suficiente para ter a certeza de onde pisa. E ela se arrepende? Talvez. Talvez deseje apagar ou até mesmo reconstruir outras verdades a serem lembradas no meio da noite, com bons fluídos desta vez. Deseja no seu íntimo não mais vê-lo, não mais ter de ouvi-lo com tamanha frequencia, como acontece nos dias de hoje. Claro que esta repulsa assim como veio, há de ir embora. Novos luares cobrirão os céus e o horizonte terá nuances inéditas àqueles olhos. O amargo, a repulsa, se porão por fim, e nascerá um novo dia, clareando-lhe a vida, iluminando seus sonhos.


***

Este é mais um daqueles escrito em sala de aula.
Finalizado em 05-11-2009.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

"Enquanto eu puder formigar seu coração...

...nada vai te acontecer."
(Cândido- Nuvens)



Transformo o disforme em belo.
Transmito pensamentos intermitentes.
Transfiguro teus sorrisos numa tela com pincel e aquarela.
E se comigo permanecer a certeza da leveza
Dos teus abraços, beijos e carinhos
Haverá um arco-íris de emoção
Com as sete nuances preferidas e multicoloridas.
Vamos vivendo sem pressa,
sem pudor ou repressão...
Nem tão pouco explicitar nosso segredo.
Eu te levo comigo.
E isto me basta.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Dia após dia

E dia após dia... O relógio vai acelerando. As sensações, as memórias... O que poderia ter sido, o que foi e o que não foi. E o que é, também.
E dia após dia... uma mescla de sentimentos conturbados. Promessas antigas que valeram de nada. Juras secretas, por ora esquecidas...
E dia após dia... Sede de uma busca por algo inconcreto e improvável. Conflitos internos e intensos.
E dia após dia... Seguindo e fingindo. Numa hipocrisia deslavada e desleixada, para ver onde vai parar, ou se vai se consertar.
E dia após dia... Fugindo e reagindo. Um novo recomeço, deparando-me em um âmbito de pensamentos que vão se extinguindo ou multiplicando.
Mas como em todas as coisas do mundo... todo fim vem depois do começo.










*Texto escrito em 08-03-2008, importado do flog, tendo algumas palavras modificadas.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Mãos Dadas




Eu assumo.
Não mais dissimulo.
Não mais nego ou fujo dos teus braços,
do teu calor.
Admito para mim mesma
que preciso te encarar de uma vez,
ceder tuas vontades,
resolvendo nosso impasse.
Descobri há pouco
que é em vão seguir
se não segurar nas tuas mãos.
Que meu caminho de incertezas nublou
E a tormenta me atormenta.
Nesta estrada o pedágio é simbólico
e neste ciclo só se passa de par formado.
Já não mais a solidão...


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

"A gente se vê..."


Os encontros que demoram a acontecer acabam por voar sobre nossas cabeças. O derradeiro minuto ecoa por longo tempo na memória. Redesenhamos e redefinimos o quanto podemos, e ainda assim, não é o suficiente.
Um sorriso brota-lhe à face, e o olhar vazio ali permanece por longo tempo.
Um abraço, uma foto, uma risada.
Pode até ser que não houve papo cabeça, nem tempo para tal. Mas a sensação é o que importa. Aquela sensação leve... gostosa... feliz.
A presença de alguém especial é única e impossível de definir.
E o que torna alguém especial ainda é uma incógnita. Apenas sabemos e quando sabemos. (Ainda bem que elas existem!)
E por fim... que aquela frase dita ao pé do ouvido, corrida e de mal jeito: "a gente se vê", realmente torne-se realidade por muitas e muitas vezes.
Amém!



*Dedico a uma amizade em ascensão, impossível de definir os motivos. Apenas aconteceu.
A você, Cesar, querido.


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Banquete

Ventos novos no horizonte, vindos do sul entre montes.
Descobrem telhados, somando passados,
ocupando lugares na cadeira da vida, tomando nova medida.
Nulas razões de duras exposições.
Na ousadia da covardia dos sábios e tolos.
Retendo e cedendo por medíocres tolices, chegando á mesmice.
Palavra cantada, explorada, provocada, acidentada e vomitada.
Palavras vazias situadas e recém colocadas no pedestal da mentira.
Frases soltas enganadoras, comprometedoras.
Daquelas mais úteis se soltas no momento oportuno.
Todavia há de se chegar á conclusão.
Algum momento de lucidez e perdão.
Algum desejo se perde na noite.
Alguma união explode feito estrelas.
E chove.
A água que as nuvens desastradas deixam cair lavam cada lágrima derramada.
renovando e vitalizando, sempre.
Escorre nos ralos o pútrido, permanecendo o imaculado.
E daí em diante... vê-se o futuro presente,
um recomeço cheio de esperança,
uma vitória a ser saboreada
no mais delicioso banquete.

domingo, 8 de novembro de 2009

...Vendo...

Vendo sonhos.
São baratinhos, estão na promoção, quer comprar?
Vendo aquele cabelo liso, olhos claros e boca carnuda. Estou vendendo sorrisos que cativam e carinhos que arrepiam.
Vendo verdades e lampejos de lucidez.
E vendo a coragem com doses de sensatez.
Pode chegar, freguesa, freguês. Cubro qualquer oferta. A concorrência, aqui, não tem vez.
Vendo segredos.
Já estão quase no fim, não fique sem comprar o seu.
Vendo belas vozes, ritmo e esperteza.
Meus frascos de inteligência já estão acabando, leve dois e pague um.
E se levar dois pacotes de simpatia, leva um saco de carisma, de brinde.
Vendo suspiros, não os de açúcar! Aqueles que aceleram o coração. É mais barato na minha mão!
Vende-se, vende-se, vende-se!
Vendo ternura.
De baciadas e da melhor qualidade.
Vendo abraços apertados, com gosto de saudade.
Não vai levar nenhum pedacinho de inspiração para uma bela canção? Prometo fazer uma oferta irrecusável.
E meu último produto, um merchan especial:
Vendo doses de esperança...
Está em falta, hoje em dia, e o estoque está cheio.
O produto é fresquinho, saído do forno.
Aproveite antes que murche e estrague.
Você já é cliente preferencial e nem precisa pagar o frete.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

"...mas tranquei você aqui...

...no mundinho que criei, só pra mim e pra você."
(Nuvens)

E no meu mundinho, você chegou devagarinho. ;)
Como se nem quisesse permanecer ali.
Foi conquistando seu espaço, tão sofrido e merecido!
Fez cenas e cenários inconfundíveis.
Plantou verdades e sorrisos,
Ganhou minha atenção e meu coração.
E eu...
Eu prometo que vou jogar a chave fora!





*Leiam este com voz de criança, tá? Juro que fica meigo. ;)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

"Se me esqueceres, só uma coisa;

esquece-me bem devagarinho"
(Mario Quintana)



Cair no esquecimento é pior que tapas e pontapés. Pior que gritos e palavras que ferem.
Pior que lágrimas (seguidas de reconciliação).
Infelizmente o inevitável tende a perseguir. E o beco é escuro e sem saída. Para enfrentar o que está por detrás destas sombras de amargura é preciso ter a coragem na medida certa. Nem de mais. Nem de menos. O suficiente.
Saber silenciar no momento em que a dor mais fere, mais toma a forma do que menos se quer ver.
Uma pausa, um respiro.

dois.

três.

Aceitar. Seguir, erguer a cabeça.
Deixar o passado ser enterrado. Sentir saudade do futuro que não aconteceu, das palavras não ditas e dos beijos não recebidos.
E ter a certeza no saber onde foi o erro e que há sempre dois culpados na tristeza de um fim.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Eternidade

Há olhares que misturam-se aos sonhos. Mas a certeza de realidade é concreta. Há o toque, o cheiro e o silêncio. Silêncio que transborda, os sentimentos com cheiro de saudade.
Dá-se um passo maior, perdendo o equilíbrio. Ouve-se batidas de um coração solitário chamando, ansioso. Uma lágrima bem disfarçada ao piscar brota e desaparece de repente.
Vem o sorriso tímido, tentando conquistar seu verdadeiro lugar. A nostalgia de canções remetendo ao teu abraço, teu aconchego. Já não mais as mágoas e desacertos de outrora. Chega a parecer que nenhum dia sequer correu.
Teus lábios buscam os meus, sedentos. Teus anseios e os meus são os mesmos ainda. Tua proximidade conforta-me e sinto-me viva novamente. A vitalidade explode como nunca. E sei que neste instante, meu mundo poderia parar para toda tua eternidade. Minha eternidade de vontade prestes a ser saciada.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

As pequenas felicidades pequenas...

Descrevê-las em palavras é desafio. Traduzir sentimentos deveria ser proibido. Sempre deixa-se algo a desejar.

É o fim de um ciclo conturbado. Ou início de um livro em branco, páginas inteiras a serem preenchidas. Esperam por mim, dá pra notar? E com capricho, com cuidado, cada linha de certeza há de ser escrita.
**"Vamos ter a certeza que nada é com certeza." (Nuvens)**

Há momentos em que não é possível fingimento. E se calar, falando num olhar, transmite a verdadeira felicidade.
Posso até estar enganada, eu sei. Aliás tenho ciência de que ainda engatinho neste vasto mundo.
**"É que é tão difícil ser bom, é tão difícil. É tão difícil ser bom pra mim."(Nuvens)**

Nunca vi tal cena acontecer fora de filmes ou livros de romance. Mas ter vivido, ter ouvido sinos e violinos, ter esquecido o que estava ao redor e o tempo real foi, no mínimo, inesperado.
E queria que se repetisse todos os dias.
**"Vou te filmar daquela janela..." (Nuvens)**

E ainda entenderei o que move a minha felicidade... Juro que sim.



quarta-feira, 21 de outubro de 2009

E hoje...

E hoje não fingirei que está tudo bem.
Não quero andar de mãos dadas, nem tão pouco abraçada ao teu abraço. Não hoje! Não quero tua proximidade ou teu calor, tua proteção. Não quero nenhum beijo teu! Não quero conversas, risadas ou choro... Quero apenas fugir, encontrar o que perdi, o que venho deixando para trás nos últimos tempos. Quero me encontrar novamente, ver se é possível continuar de onde parei e conseguir lembrar-me a onde ia antes de cruzar teu caminho de incertezas...
E hoje não fingirei que está tudo bem.
Não quero usar máscara alguma, nem tão pouco sorrir sem vontade. Não hoje! Não quero escutar tuas mentiras ou teus medos, teus problemas! Não quero te confrontar! Quero apenas distância, ar puro, um tempo para que meus (tantos) conflitos internos entrem no eixo correto. Quero esquecer o envolvimento que temos e, se possível, do teu nome também!
E hoje não fingirei que está tudo bem.
Não quero pedidos de desculpas, nem tão pouco flores com um cartão. Não hoje! Não quero saber se vais, de fato, mudar ou persistir nos erros remoídos e não esquecidos. Já não mais me importa. Quero apenas minha essência de volta, juntamente com a minha capacidade de crer em alguém. Quero a libredade que me foi tomada e livrar-me do assombro do teu fantasma nos meus sonhos.
De fato hoje não fingirei que está tudo bem. Mas a partir de amanhã espero não mais precisar fingir...

sábado, 12 de setembro de 2009

O Meu Mundo dos Sonhos

O Meu Mundo gira em sintonia diferente deste velho e comum que habito. Minha visão tende a ser diferente das demais. Minha sensibilidade se aflora deveras de uns tempos pra cá. As minhas sensações são inconstantes e imprevisíveis, às vezes até incoerentes.
Os meus sonhos sempre foram presentes. Sempre lembro de detalhes inusitados. Mas sempre foram meros sonhos, mero acaso. Vez ou outra era algum digno de interpretação, normalmente exibindo insegurança, timidez. Aqueles que quando contamos aos mais velhos, recebemos o significado, como se tivessem fórmula para tal. Hoje já desacredito em tanto que me foi dito. Com o passar do tempo, com fatos distintos, passei a receber sinais. Passei a falar com quem não está aqui. Passei a ter sonhos intuitivos e ligados a premonições mesmo. Trocando em miúdos, passei a sonhar com fatos, e eles por fim, acontecem.
Meu Mundo dos Sonhos se estreita, então, passando a fazer parte do meu dia-a-dia. E há dias em que temo dormir, por não querer sonhar. Ou há dias em que anseio para me entregar a Morpheu o mais rápido possível.
Minha inconstância faz parte de minha essência.
Minha busca por algo maior, tem ocupado meu tempo e meus anseios.
E os meus sonhos, em raras excessões de uma nuvem escura pairando de quando em quando, tem sido os mais coloridos.
Que seja eterno... Ou até quando durar o meu estoque ;)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Impulso

Aparece de repente em minha frente.
E defronto-me com o desejo obscuro que emana dos teus olhos. Confundo o passado com o presente, perco-me em insanos pensamentos: a ousadia do momento de carência somada ao instinto desvairado de pular no teu abraço.
Elucido-me por breve instante, deixo a emoção fazer a sua parte. A moral pede licença e se retira. Diz que já não há o que fazer. A razão, esquecida no canto sai aos poucos, cedendo seu lugar à vontade que já vem preparada para o bote, seus dentes expostos.
Rogo que pare, contradizendo minha boca sedenta por teu gosto. Olho de soslaio e perco-me no teu sorriso provocante. Encontro-me fora de mim! Estou prisioneira tal qual um canário em uma arapuca. Mas sendo sincera, acredito que não almejei a fuga. Não de verdade...
É chegado o momento da entrega. Começa sutil e silenciosamente. A complexidade desta fusão pode causar curto-circuito. Sinto faíscas emanarem deste contato, do NOSSO contato. O gosto da tua pele é melhor do que supus um dia. É o néctar mais raro e saboroso que já provei.
Emaranhas meus cabelos. Nossa dança é sincronizada e ouço música ao redor. Não há maestro a reger esta orquestra, mas cada instrumento está onde deveria. Em perfeita destreza e harmonia. Ora conduzo, ora sou conduzida. Ora nós vagamos num breu inebriante e reconfortante.
Vem o tremor esperado, o choque, a eletricidade. Um grito ecoa, a paixão transborda e a entrega mútua une-nos como imã.
A exaustão nos aproxima da imensidão, do mundo dos sonhos: e tão cedo não iremos acordar...

sábado, 5 de setembro de 2009

Uma vez, apenas, mais

São mistérios
escondidos nos meus sonhos
assumidos.
Dissimulo meu intuito tão medonho.
Confusão
Atrapalha e assemelha com castigo.
Traição
Por fraqueza ou desejo ao destemido.
Verdades escondidas por horas difusas
Histórias que me foram
contadas calmamente
e dançando pelo vento
trazendo-me à tona
nesta sua perdição...
Cansando e buscando
atitudes de ousadia
enquanto eu partia
ao vazio da solidão.
São segredos
que pintam os seus olhos
e me queimam
Confronto e desmonto, dissolvendo-me em pó.
Liberdade
Almejada e conquistada no perigo.
Saudade
É o que resta e sem você eu não consigo.
Palavras proferidas sem nexo ou sentido
Sussurros que aclamam
por alguém que está ausente
e buscando no momento
um refúgio e coragem
pra enfrentar a escuridão...
Lutando e sonhando
conquistar por esta noite
uma vez, apenas, mais
seu olhar, seu coração.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Coragem.

Por sonhos e desejos enfrento a metamorfose. Parece ser o certo, ou talvez o cabível. As mudanças são difíceis e sei que cairei. Sei que ralarei os meus joelhos, que abrirei cortes em minhas mãos na vaga tentativa de proteger o rosto. Sei que torcerei o pé e ficarei mancando por dias. Sei que a dor virá, de uma forma ou de outra,ela virá e então já me preparo para ela. Nâo sei de sua intensidade, não sei nem quanto tempo ela vai durar. Mas, sim, ela virá sem nenhum dó ou piedade. Depois de enfrentá-la, virá o momento em que devo exterminá-la de uma vez por todas. Pois se ela virá, um dia ela há de ir embora. Só preciso saber como acelerar tal processo. Expurgar cada erro e cada derrota, também. Lembrando apenas daquilo que foi-me necessário. Daquilo que fez-me crescer.Daquilo que me levou mais perto dos meus sonhos. Sonhos tão almejados que não consigo enxergar o tênue limite, o meu limite, de até onde eu posso ir para alcança-los. Mas se é tudo tão belo e sincero, por que não tomar tais atitudes? Há quem vá me julgar, sempre houve, e não mudará agora. Há quem vá me empurrar para que o tombo me pegue desprevinida. Há, também, quem vá passar merthiolate nos meus ferimentos e quem soprará para não arder. Devo eu vestir uma máscara? Devo disfarçar-me para que torne-me irreconhecível, tal qual um camaleão?! Será? Será que haverá, depois de tudo isso, alguém para que eu possa narrar a minha busca incansável pelos meus sonhos? Ou será que a solidão entrará por debaixo daquela porta, trazendo com ela, meu antagonista, meu maior pesadelo? Arriscar é cruel, o desconhecido mais ainda. Resta-me, então, a coragem. É minha aliada, é meu braço direito. Se ela for alimentada da correta maneira, juntas somos imbatíveis. Acredite. E por ter tal conhecimento desta plenitude que está em minhas mãos, brado a todo fôlego, que sim, por sonhos e desejos enfrento a MINHA metamorfose.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Até onde...?

Até onde vais para realizar uma vontade??
Até onde a vontade por teus sonhos valem à pena?
Até onde vale à pena o teu "eu"?
Até onde o teu "eu" é realmente teu?
E então reclamas que há valores inquestionáveis, ou que o orgulho é mais importante do que o que sentes no teu âmago. Que teus desejos devem ser filtrados por pudores e valores já tão sem sentido. E preferes continuar por detrás da tua máscara, por trás de teus medos junto a teus montros do que tomar a frente da batalha, indo pro ´ou mata ou morre´, enfrentando bruxas e dragões por aquilo que realmente proporcionar-te-á a felicidade verdadeira.
Sair do casulo deveria ser o natural. Todos deveriam passar por isto. Como um ciclo, é a evolução. Mas há quem prefira a segurança ilusória por muito mais tempo do que o costume. Há quem prefira não viver do que encarar a insegurança, mesmo sabendo que esta é irrelevante. Há ainda quem tenha coragem de bradar que arriscar é tolice.
Ah, tolice... Tolice é ter ciência de que estás a dois passos do teu almejado sonho e não esticar os braços para alcançá-lo. Tolice é desejar, por uma vida inteira, talvez duas ou três, e retroceder no último instante pela comodidade. Tolice é privar, achar que não és merecedor. Acreditar que o fim será trágico, então não passar por todo o processo até ele. Tolice são barreiras imaginárias que te impedem de avançar na maratona da vida.
Se tivesses o minimo de noção do tanto que já perdeste por conta de tolices...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Turbilhão

Num turbilhão infinito e desvairado, onde o pouco é o ápice amargo de juras eternas, simplórias e falsas é onde me encontro. Lugar no qual a fuga que tanto almejava acabara por se tornar meu precipício, minha dor...
Pode-se dizer, então, que foram longos e loucos devaneios, tais quais contradiziam uma realidade diferente, paralela e disforme, que vinda à tona, tendia a se opacar, quiçá sumir por segundos, diante ao ofuscar de uma paixão passageira e inexistente.
Havia medos e incertezas, somados ao desejo do passado, onde talvez pelo desconhecido ou imaturidade, a falsa certeza para a falsa felicidade foi iminente, sem por um instante sequer, ter a noção de que ao se entregarem poderiam por um ponto final manchado e dolorido, como se cravasse o mais afiado dos punhais na ferida mais inflamada e exposta.
De que valera as noites em claro e as juras eternas se, como previsto, tudo era um grande sonho impossível, no qual não havia convívio ou sensatez?
Há algum sentido pura e propriamente dito no fato de se seguir, fingindo uma normalidade e cumplicidade onde há muito já deixou de haver – se é que realmente houve?
Volto a citar, então, tal turbilhão... turbilhão feroz de pensamentos e críticas mais ferozes do que nunca. Equívocos somados à carência e outros egoísmos humanos. Banalidade de um sentimento puro e concreto. Idéias incoerentes, talvez imutáveis que martelam e se quebram, se expostas.
Se toda a podridão pode vir a prejudicar mais, o sensato a se fazer é não remexer nos fatos passados, enterrá-los e rumar ao desconhecido e curioso futuro que pode vir a ter um sabor doce, há muito não experimentado...




***
Texto escrito em 25-04-2008
Afinal de contas... Todos temos o direito de passar por fases obscuras e turbulentas na nossa vida. Ainda bem que depois de trilhar certos caminhos no lodo, sempre aparece uma luz. Sempre!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

"Eu vou casar com a Saudade...!"

Sou capaz de acreditar erroneamente que o mundo tende a estar em constante mudança. Mas há momentos em que o engano é notado, por fim e por sorte.
Não que eu seja contra mudanças, porque isto é extremo. E eu detesto qualquer extremo possível ou generalizante. Assim como repudio a inércia constante e imutável que muitos convivem com maior facilidade.
(Estar de volta ao lar é a melhor parte da viagem SEMPRE.)
E assim como os cheiros permanecem os mesmos, os sabores e valores também.
Os sons não mudaram e as cores do dia-a-dia estão ainda no mesmo tom. Mas estar na abstinência, em outro horizonte, faz com que dê tempo da saudade fazer estrago.
Ela chega, como um ruído singelo, quase imperceptível, fingindo que não fará mal nem causará dano algum. E por um instante, sou capaz de acreditar que isto é verdade. Então a proporção vai aumentando, talvez por osmose, talvez por carência, mas o verdadeiro porquê já não importa. A saudade tem o gosto amargo e o rosto belo; tem a pele alva e sorriso infantil; A saudade tem olhos doces e veias que pulsam aceleradamente. Não há temores. Mas dúvidas e arrependimentos, que entram em conflito para confundir os anseios.
O lembrar é cruel e mais ilusório que o mais lúdico dos contos de fadas. E (in)conseqüentemente tais cheiros ligam a ignição daquilo vivido e deixado para trás, da mais remota das lembranças, os mais seguros devaneios.
O cheiro da saudade vem à tona quando me deixo levar por impulso, quando me exponho e quando me busco de lugares distintos temidos, nos quais o acesso é pelo caminho das nuvens, virando na Alameda das Ilusões e ao passar pelo Arco da Fantasia. Não há dificuldade.

E como diria alguém por ai... "Eu vou casar com a Saudade...!"

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Janela

E depois de subir todos os degraus da escada, de dois em dois, batendo os pés na madeira, ecoando seus passos por toda a casa, ela só queria correr. Correr para a janela, se é que isto é saudável no inverno. Naquele inverno tão rigoroso. Mas sem preocupação alguma, alcançou seu objetivo o mais rápido que pôde. Só enxergava a janela fechada, como se fosse o único ponto iluminado. Abriu,abruptamente, o vidro, sem se importar com o barulho que o mesmo fez, reclamando e rangendo vorazmente. Destrancou primeiro um lado, e deu um empurrão, como se sua vida dependesse daquilo. Repetiu o procedimento, com mais rapidez ainda no outro lado, se é que isto é possível.
E foi então que tudo estava claro... Que tudo teve sentido outra vez. Aquela brisa suavizando suas expressões, levando para longe todos os temores, todos os momentos turvos que pairavam até então. Seus cabelos balançavam ao vento, emaranhados. Ela limitava-se a tirá-los do rosto, com suas mãos já não mais trêmulas como outrora. Um sol tímido arriscava a piscar para ela, e ela retribui o gesto com um sorriso e um breve aceno com a cabeça. Debruçou-se no parapeito, em posição arriscada, mas ela sabia, só ela sabia, que estava segura ali. Que naquele lugar, nada poderia alcançá-la, nada poderia tirar aquele momento de paz extrema e profunda, apreciada como o mais divido doce de leite. Escorreu uma lágrima do seu olho esquerdo por todo o seu rosto, e ela deixou que a mesma rolasse até se perder por entre seus cabelos, que ainda insistiam feito loucos, debatendo, divertidos. As nuvens que encobriam o céu iam se dissipando, tornando-o límpido e azul. Um azul tão profundo e verdadeiro que parecia ter saído de uma obra de arte de algum museu bem distante dali. Aquele céu não era real, não devia ser, tamanha sua magnitude.
E agora ela tinha plena certeza de que era a primeira vez que tinha o céu só para si. Que mais ninguém a colocaria em risco. Que um novo recomeço estava sendo reescrito, ali, naquele parapeito daquela janela que mostrava o retrato do infinito, e mais do que nunca, mostrava sonhos de um futuro que ela sempre sonhara.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Um pouco mais...de mim!

Adoro minhas intensidades e insanidades.
Pensar de forma tão lúdica que faz com que eu mesma me assuste. Ou gargalhe sozinha, a ponto de lágrimas escorrerem por conta disto.
Adoro meus conflitos internos que nem se fossem expostos aos mais sábios teriam soluções plausíveis.
Adoro a forma que minha cara assume em minhas caretas solitárias, ou por trás de alguém. (Sempre o faço!)
Adoro misturar o real com o imaginário, trazer tudo à minha realidade, à minha maneira, do jeito que eu quiser ou não.
Querer com veracidade misturas complexas e impossíveis, tal qual a homogeneidade de água e óleo.
A minha criatividade me intriga.



***

Normalmente eu sempre importo textos do blog para o flog. Mas desta vez fiz o contrário. Este iria ficar muito bom, se não tivessem me interrompido. Mas, ok. Sobrevivi a isto. rs.

sábado, 25 de julho de 2009

Desconhecido.

O desconhecido, de quando em quando, surge.
Traz consigo os medos iminentes, mas não permantentes. Aqueles medos que só são superados, se vencidos e vividos.
Um fato é: Sempre há a capacidade de superá-lo, e bem mais facilmente do que se supõe. Mas enquanto não for sentido na pele, permanecerá tendo sete cabeças e quatorze olhos. A partir do momento em que ou assassina tal monstro de uma vez, ou será assassinado, a lei da seleção natural entra em cena. E quando o desconhecido torna-se conhecido, visões e sensações tendem a mudar e amenizar.
Tombos na vida deveriam ser considerados desafios a serem vencidos. Estes é que apimentam os dias, quebrando a tão temida (e fatal) rotina.
Percebe-se, então, que o monstro acima é apenas uma metáfora, mais fantasiosa ainda do que um livro de ficção científica de quinta categoria. E vencê-lo, aceitar o novo, modificar-se, transformar-se acaba sendo inevitável e desejado. A partir daí... a visão se clareia e os caminhos a serem seguidos tornam-se mais óbvios e concretos... Cada vez mais.



***


Dedico este texto a alguém que nunca fui próxima, mas sei que está enfrentando mudanças.
Mudanças pelas quais passei, em algum momento de minha vida.
E que tenho a plena certeza em afirmar: Serão capazes de dar a reviravolta mais maravilhosa da sua existência.
Não teve como não ficar feliz.
Força! Você consegue. E vai adorar, no fim.
Promessa de Mari!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Pôr-do-Sol

foto de mariurbana em 21/07/09



É aquele que digo que faz com que eu esqueça o meu nome. O mais lindo que já vi na vida.
Esta é uma das fotos que mais me orgulhei de ter conseguido tirar...

terça-feira, 21 de julho de 2009

O Crepúsculo



Stephenie Meyer


"(...)
-Você tem sono muito profundo, não perdi nada. - Seus olhos cintilavam.- O falatório veio antes disso.
Eu gemi.
-E o que você ouviu?
Seus olhos ficaram muito suaves.
-Você disse que me amava.
-Você já sabia disso- lembrei a ele, afundando minha cabeça.
-Mesmo assim, foi bom ouvir.
Escondi o rosto em seu ombro.
-Eu te amo- sussurrei.
-Agora você é minha vida- respondeu ele simplesmente.
(...)"
(Página 229)

***

O livro que, depois de um grande intervalo de tempo, mexeu MUITO comigo.
Simplesmente apaixonante.
Recomendo.

sábado, 18 de julho de 2009

Eu simplesmente sei.

E ainda depois de algum tempo, eu sei que se importa.
Eu sei que ainda se lembra, eu sei que ainda não esqueceu.
Eu? Se eu esqueci? Mas é claro que não. Intensidade sempre fez parte de mim. E enquanto o livro aberto que sou, sempre deixei transparecer, e talvez até tenha jogado tais palavras no ar.
Eu simplesmente sei.
Sei, também, muito mais do que supôs que um dia eu viria a saber. Sei motivos que tanto o perturbaram (e às vezes ainda perturbam) e não o julgo por isso. Apenas sei e sei viver com isto, pois é algo que já faz parte de mim há algum tempo.É comum, embora não devesse ser. Já me acostumei...
É importante que saiba, hoje ou algum dia, que fiz o que julguei melhor. Para não haver feridas expostas incuráveis, e ativar a cicatrização das que já haviam se manifestado. Se eu me arrependo? Talvez. Talvez enquanto eu sentir sua falta me arrependerei todos os dias. E me arrependerei todos os dias, também, por tamanha covardia minha. Havia tanto a ser vivido... Tanto a ser dito e sentido...
Não acho que tenha sido amor, oh não. Talvez um princípio de, mas não chegou a ser. Por sorte, ou não. Melhor assim. Ou não, também. Quem vai saber?
Sorte temos de poder seguir em frente. De podermos levantar e caminhar, ora mudando o rumo, ora voltando, ora seguindo em zigue-zague. Somos donos de nossos atos e a graça está ai. Nossas vidas paralelas hão de se cruzar. Levantaremos vôo. E isso... eu simplesmente sei.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Céu



Já se perguntaram qual seria o gosto do céu?
Há inúmeras questões sobre ele, mas parece-me que não são todos que se importam. Ou que reparam. Ou que sequer observam uma vez ou outra. Ele simplesmente está lá. E não vai ser diferente nunca.
Confesso que há dias tão corridos que nem atrevo-me a olhar. Ou porque esqueço, ou porque não posso perder tempo. Esta tarefa custa mais tempo do que supõem...
Olhar o céu é para poucos. E são poucos aqueles que conseguem enxergar além do céu-objeto, vendo mais e mais. Indo em busca de sua representação.
Tenho para mim que cada lugar tem seu próprio céu. Tenho para mim que cada céu tem um significado. Que eles guardam lembranças. Que guardam sorrisos e lágrimas. Que trazem com eles ventos e marasmo. E trazem as trevas, também.
Um fato é: Cada um vê o céu de um modo diferente e espero que ninguém discorde.


Que pedaços desta imensidão, com gosto ora de saudade, ora de sorriso, inundem a sua vida!!!

domingo, 12 de julho de 2009

Confissões.

Eu já quis viver para sempre. E você?
Já me julguei a pessoa mais sortuda e afortunada do mundo.
Eu já quis pular de uma janela e sair voando, sem horário para voltar para casa, nem mesmo para o jantar. Só para curtir a sensação única que é estar voando, ali em cima. A mercê de nada, nem ninguém, só atravessando as nuvens...
Eu já comi brigadeiro até passar mal.
Já não tomei banho por tanto frio.
Eu já fiz coisas que não tenho coragem de contar a ninguém e que faria tudo de novo sem hesitar. E continuaria mantendo segredo.
Eu já chorei vendo desenho animado.
Já chorei escondida.
Eu já chorei por quem não valia à pena e, sim, me arrependo. Mas há momentos de fraqueza que somente aquele turbilhão de lágrimas sujas para fora são capazes de aliviar angústias ou raivas contidas.
Eu já achei que era pra sempre.
Já deixei o telefone tocar até desistirem.
Eu já menti, fingi e dissimulei quando julguei necessário e confesso que, de vez em quando, tais atitudes são válidas, por mais que digam que são erradas. Afinal, o conceito de certo/errado é algo peculiar e particular.
Eu já senti saudade.
Já escrevi e não mandei.
Eu já quis resolver tudo, mas por medo de embaralhar mais ainda, preferi esperar. Já que o tempo é curador... Confio que tudo ficará bem...
Eu já quis fugir sem olhar pra trás.
Já quis xingar alto.
Eu já xinguei alto e já fugi uma vez. Nossa vida é constituída de altos e baixos. Sorte temos de poder, sempre, recomeçar. Rumo ao infinito. Rumo ao desconhecido.
Sempre...
Pra sempre...

sábado, 11 de julho de 2009

Na Estrada...

Conforme avanço, deixo coisas para trás. Deixo mágoas e vitórias. Sigo meu caminho.
Revejo momentos já vividos, compreendo melhor o que me foi dito e o que não foi, também. Conforme avanço, simplesmente mudo e ainda bem. Odeio inércia e, mais ainda, comodismo -prefiro que estes não existam no meu vocabulário.
Conforme avanço, esqueço e perdôo. Admito que se ferem, nem sempre se têm a noção da profundidade das feridas que causaram. Passo a crer que houve arrependimento... e continuo seguindo, sempre avançando.
Porém, às vezes, a estrada torna-se escura. O melhor a fazer é: Não dormir. Permanecer alerta... Visualizar cada mudança de cor ou solo. Nunca se sabe o que se pode encontrar em terras estranhas.
Mas a escuridão e a claridade se revezam. Preocupações banais não são bem vindas e fazem perder tempo, também. É preciso treino (e intuição). Ponto final.
Conforme avanço, pode ser que comece a chover. E embora meu conceito de chuva (ainda) seja sinônimo de tristezas (o céu chora e fica cinza, perdendo o brilho) e dificuldades (tudo na chuva fica mais difícil, inacessível.) , passei a encarar de outro modo, também. Limpeza. Esta limpa aquilo que já está infecto... A chuva, juntamente com seus barulhos e ruídos, seus ventos, sua umidade, seu cheiro, torna-se única. Não há uma chuva igual a outra nem nunca haverá. A chuva traz leveza, leva embora as más energias, renovando cada força, cada sorriso. A chuva lava a alma. Experimente, caso nunca o tenha feito, tomar um banho de chuva. No verão. Aquelas que você não conseguirá abrir os olhos sem que neles entre água. É uma sensação indescritível, acredite.
Enfim... é na estrada que busco refúgio... que busco paz... que vou para longe daquilo que prejudica. É lá que penso e repenso no que importa ou não. É na estrada que busco saber quem eu sou...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Quem Disse?

Em um encontro comigo mesma,
Eu adentro a sala, sento nesta cadeira.
Procuro algo familiar, algo que traga bons sentimentos
Pois isto é necessário,
para uns, nem tanto,
para outros, uma forte razão pra seguir.
Neste encontro, comento então,
tudo aquilo que me desagrada, que me enfraquece
Enquanto livre para pensar,
Acabo por entristecer-me
Acabo por colocar obstáculos, onde não deveria,
onde deveria ser uma simples reta e só.
Começo a enxergar coisas que lá não existem
ou que não deveriam existir.
A viver num mundo paralelo,
num misto de passado e futuro incerto,
Talvez seja para me esquivar, ou para provar.
Provar que não seja tarde;
Provar que pode haver um conserto;
Ou ainda que erros cometidos
Podem ser apagados com uma borracha.
Esquecendo, então, que já há outros envolvidos
Outras situações, e outras épocas.
Talvez o melhor não seja este,
nem tão pouco uma fuga iminente,
como o planejado.
Um abrigo, para se esconder do passado e do presente?
Que só trará mais confusões e devaneios?
Viver para si só é complicado,
mas viver para mais de si, é impossível.
E se as coisas ainda implicam em não se resolverem,
quem disse que esta é a hora certa de acontecer?
E quem disse que o certo é sua vontade mesquinha?
Ou quem disse que mentir é tão fácil assim?
Que as pessoas são puras como na sua consciência?
Quem disse...?





***

*Texto escrito em 18-03-08.
*Acabei por apagar o post de ontem pois o julguei incoerente. Tudo aquilo escrito sob emoção aflorada (cegueira)não deve ser levado (tã0) a sério.
*Amanhã viajo para Cruz Alta e não levarei nada escrito comigo... Veremos como ficará o blog.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O que quer para a sua vida?

Era adepta àquela frase: "Viver o dia de hoje como se fosse o último".
Não media conseqüências futuras, não me preocupava com o que viria a acontecer.
As pessoas do meu dia-a-dia eram irrelevantes, pois eu deveria tê-las ao meu redor de uma forma ou de outra. Bem coisa de destino mesmo. Ou não. Eram meros personagens, e se não estes, seriam outros. Não importava minha vontade ou nada parecido. E com o passar do tempo me dei conta que estava completamente enganada.
De que devemos selecionar quem queremos em nossas vidas.
De quem é merecedor da nossa companhia, das nossas idéias e ideais.
Por quem vale à pena perder uma madrugada de sono, perder um dia de chuva, perder horas e dedicar preocupação para com.
Em dias atuais sei dizer "não, não quero você na minha vida." E seguir esta filosofia poupa dor de cabeça com o desnecessário, o que só traz benefícios.
É a mesma coisa de ir à feira e saber distinguir as frutas podres das demais. Aquela maçã que pode contaminar a cesta inteira, sabe?
Mas há aqueles iguais a goiaba. Que pode estar linda por fora, saudável e vigorosa. E por dentro, completamente bichada. Onde nada é possível de se aproveitar. E como distinguir, então? Com cuidado... Tirando a casca, pedaço a pedaço. De maneira alguma comer a fruta de uma vez, de maneira alguma se entregar cem por cento à alguém.
É necessário a confiança. Que se adquire com o tempo.
E hoje... Sou adepta de que a confiança é como cristal. Só se quebra uma vez.
Viver, sim. Com cautela. Confiar e desconfiar. Balancear boas qualidades e meros defeitos e ver, de alguma forma, a índole. Saber identificar o que vale à pena, ou não. E, em hipótese alguma, culpar o destino. O destino inventaram para que as consciências não pesassem, para não se chegar à loucura. É cômodo culpar o destino. Mas é um engano, se for analisar. Podemos escolher a maçã podre e agüentar a dor de barriga. Ou podemos enfrentar a "solidão", esperar um pouco mais, esperar as frutas fresquinhas chegarem num caminhão.
As dificuldades, sim, aparecem.
Mas quem opta por se limitar, por deixar de viver, somos nós.
E você...
O que quer para a sua vida?

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Invasão

Depois de ler frases intermináveis, de pensar num passado ilusório e surreal, tentando mesclar com um presente sem expectativas rumo a um futuro desvairado, tudo o que resta, então, é encher os pulmões e soltar o ar, devagar e silenciosamente, ganhando mais alguns instantes pra sentir o que, por uns instantes, acontecera.
A invasão veio à tona, sem pedir permissão para chegar. E ali se instalou, recusando-se a sair, recusando a ser sensata, buscando a dor e lágrimas que insistem em brotar ainda.
Se é que isso é possível...
Se é que isso pode ser imaginado e realizado.
Há coisas que não deveriam ser sentidas, e muito menos ferir quem mais frágil se encontra.
E de que adianta soltar tantas e tantas palavras, sendo que nem mesmo um conforto momentâneo chega?
E sim o inverso.
Quanto mais se toca no assunto, mais embaraçadas ficam as memórias do que não aconteceu.










*Texto criado em 17-09-2008

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Wind of Change.

Ou "O vento da Mudança."

Mudar é bom. Espairecer. Sentir novos ares. Enxergar de outra maneira. Ocasionar reviravoltas, quebrando o costume, quebrando a amarga rotina que tanto cansa e tanto destrói.
Há sustos e medos, é claro, porém eles costumam vir com gosto desconhecido e só se saberá se apetece, ou não, provando.


"(...)
The wind of change blows straight
Into the face of time
Like a stormwind that will ring
The freedom bell for peace of mind
(...)"


Paz... é o que busco e nunca estou satisfeita, almejando mais a cada porção conquistada.

Ainda bem que buscá-la, independente de que forma for, seja SEMPRE proveitoso.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Poço

No fim das contas, o medo atrapalha.
O medo impede as decisões corretas. Aquelas que são tomadas por instintos e vontades. Aquelas que traduzem o almejado. O medo faz as mentes pensantes se confundirem. E separar dois futuros-presentes para sempre. Distancia afinidades, desloca. E tornam-se presentes as amenidades.
Então, neste poço imundo, já há a primeira camada. Intacta. Ninguém combate.
Vejo outra, ali, se alojando, se deteriorando nessa massa podre.
Chegaram os julgamentos. Vêm em numero tão grandioso que não posso contar. Chegam sorrateiramente, passando a imagem de que fazem sentido, quando na verdade, iludem. Dizem que querem “abrir os olhos” ou dar uma lição. Ah, lição! Quem dera fosse este o nome real! Tais julgamentos, independente de onde saíram, são como uma bomba-relógio. Já foram armados, e estão correndo contra o tempo. Mas ninguém os enfrenta. Eles acumulam. E assim permanecem.
A solidão também já está chegando... Ela teme desaparecer, então aciona um dispositivo, dizendo baixinho que sem ela não se vive. Ah... Quem dera entendessem que não se precisa de solidão para viver. Que não precisa tornar-se mártir e muito menos seguir sozinho, pois esta é a moda. Que a solidão pode ser bem vinda, sim, mas não deve ser adotado como uma constante, mas como variável.
Para fazer parte desta massa pútrida chegou a carência, se espalhando por completo, se deleitando com o sofrimento por se sentir só, por julgar valores inexistentes, por temer a felicidade verdadeira. A carência é um simples resultado, daquilo plantado há algum tempo. Perigosa, ela, pois dependendo do estado, há aqueles que buscam alguém, sem se importar quem. Encontram lobos na pele de cordeiros e pode ser que nunca se dêem conta disto.
E digo... Que a sua felicidade verdadeira esteve perto... Esteve muito perto.

terça-feira, 23 de junho de 2009

"Mais um ano se passou..."



Filhotiiinha... Prova viva de que o tempo vôa cada vez mais depressa. Confesso que quando revi esta foto passou um filme na minha cabeça. E que as coisas boas, vividas, não voltam. Sorte temos nós, de termos um acervo de boas lembranças, o qual podemos consultá-los quando der vontade, e dependendo do dia, até reviver tudo de novo...
Saudade de ter um bebê recém nascido.
Saudade de acordar duas ou três vezes por noite (em raros momentos, porque dona Louise sempre gostou de dormir.)
Saudade de ficar cheirando a leite azedo constantemente.
Saudade de ver seus sorrisos de espasmo.
Saudade de segurá-la no colo por horas e horas e não me cansar de olhar.
Saudade da ansiedade de você aprender a sentar, engatinhar, andar, falar.
Saudade de quando você disse ´mamãe´pela primeira vez...
E hoje, nostálgica que estou, poderia escrever para sempre.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Eu te amo


(...)

Feche teus olhos...
Não é brincadeira, apenas feche...
Sinta minha presença.
Escute minha respiração...
Vê como estou ofegante?
É tua presença que me deixa assim!
Calma...
Não vou te morder!
Não recues...
Posso te beijar?
Gostas que eu te beije no pescoço?
E na nuca?
E na boca?
O que preferes?
Por que estás tímido?
Assim está melhor!
Adoro quando me abraças desta maneira...
E quando me segura assim,
Imobilizando meus movimentos,
Deslizando tuas mãos,
Explorando cada palmo do meu corpo.
Nesta estranha euforia silenciosa,
Onde misturam nossos sons,
Os nossos corações estão mais próximos
Batendo descompassadamente
A ponto de pararem num repente.
Então nosso ritmo vai aumentando.
Quero explorar teu corpo inteiro
Com minhas próprias mãos,
Com a minha boca, com meu próprio corpo,
Porém estás me deixando longe daqui...
Não vejo mais nada, não consigo pensar em mais nada
Até explodir em êxtase.
Olhe só, estamos aqui ainda...
Retomando nossa consciência,
Acordando do nosso mundo, só nosso
E estás recomeçando,
Mas de um jeito mais avassalador,
Mais profundo, mais ousado
Eu quero gritar, porra!
Mas alguém pode ouvir.
Me abrace mais forte,
Me domine por completo
Assim está perfeito!
E mais beijos!
Suor e saliva, impossível distinguir...
Como está quente aqui!
Quem eu sou?
Onde estou?
A onde vou?

(...)




**Este, escrito em 2004. Omiti algumas partes por vergonha de mim e do que eu pensava.rs. De resto, até que gosto.

sábado, 20 de junho de 2009

"O sol nasce pra todos...


...só não sabe quem não quer."

Assim como o sol se põe, no dia seguinte vem um novo, lindo e brilhante.
Que esta luz que invade a imensidão e o calor que este deixa fluir esteja presente em cada novo dia deste seu novo ano. Que seus sorrisos se multipliquem. Que caminhe pelos lugares certos. E seu sucesso se engrandeça cada vez mais.

















E que eu esteja presente, de uma forma ou de outra, para assistir a sua vida. Na primeira fila... Ou lá atrás, escondida. Mas presente. Promessa de Mari.

Feliz Aniversário! :D

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Até uma outra vida.

Pois é.

O mundo dá tantas voltas que no fim das contas acabo por ficar tonta.
Surpresas são boas.
E eu que tencionava fazer a maior do mundo. Com estrelinhas azuis transpassadas por um cordão. As idéias pulavam feito pipoca. Uma de cada vez. Cada uma com um sabor diferente. Algumas inesquecíveis... outras que seriam esquecidas. Algumas nem estourariam, ficariam ali, no fundo do pacote, representando o milho. Teria trechos favoritos e teria chocolate. Ah, ia dar um trabalhão. E visualizei algo tão bonito... Mas parei no meio do caminho. De todo o caminho, de toda jornada em questão.
Foi melhor.
Já que neste capítulo só vi o meu lado, ou pelo menos assim foi na maioria das vezes. E, talvez, desejar a cegueira seja burrice. Mas o colorido era tão lindo que não teve como não chegar perto... Cada vez mais, cada dia mais. No final das contas, era ofuscante. No final das contas, não havia mais beleza, e sim, admiração do desconhecido, do novo. No final das contas alguém sairia machucado e isto estava bem claro desde o início.
E se foi paixão?
Se foi, se for, não sei... a inteligência deve assumir uma hora. Tomar conta dos rabiscos, agora no começo, agora que é reversível passar uma bucha com água e sabão e apagar tudo. É reversível? Não, não é. Será mais “fácil” tirar você de dentro de mim agora e, um dia, eu me curar por completo. As feridas existem tais quais as manchas de tinta numa parede, rabiscadas. E, ao cicatrizarem, ainda existirão. Deixarão marcas, só não sei a intensidade das mesmas.
Não gosto de covardia, muito menos de questionamentos infindáveis. Acabam por valer nada e se passam por descaso dos sentimentos, dos mais confusos. De que adiantam as palavras sem contato? E digo para ambos os casos, preste atenção nas tais entrelinhas.
Quis entrar na tua vida. Quis entrar e ali ficar, fazer parte, compartilhar. Disposta até a enfrentar o que não me dispus com mais ninguém. A carregar um peso enorme, pois acreditava que valeria à pena. E espero que isto tenha ficado explícito em algum momento. (Se é que importa). Mas do teu lado não vi disposição nem audácia. Só vi medo e insegurança. Coisas que já tenho de sobra, obrigada. Fique com eles.
Mas valores, conflitos, monstros internos são piores que aqueles de filme de terror. Mesmo porque nunca é possível conhecer quem te assombra e o real motivo... Eles podem estar ali, na soleira da porta, sem que se dê conta disso, pronto para expor suas fileiras de dentes pontiagudos, suas garras e força descomunal. Então resolva seus medos... seus monstros e conflitos... pense e repense... E responda-me: o que tenciona e onde quer ir?
Desejo que nossos caminhos se cruzem, novamente, um dia...
E é só isso que queria que soubesse.
Até um dia... Até uma outra vida.
Paz! Sorrisos! Fim.

terça-feira, 16 de junho de 2009

AS MORTES

quando o primeiro amor morreu
eu disse: morri

quando meu pai se foi
coração descontrolado
eu disse: morri

quando as irmãs mortas
a tia morta
eu disse: morri

depois, a avó do Norte
os amigos da sorte
os primos perdidos
o pequinês, o siamês
morri, morri

estou vivo
a poesia pulsa
a natureza explode
o amor me beija na boca
um Deus insiste que sim

sei não
acho que só vou
morrer
depois de mim

Tanussi Cardoso

segunda-feira, 15 de junho de 2009

090309

Se buscares no íntimo
Se lembrares do impasse
E se o que já foi ainda importar...
Se as mágoas foram só em sonhos
Se houve veracidade em meio tantos conflitos
E se um recomeço está para surgir...
Os dias seguem, correm, se esvaem
Os conceitos mudam,
surgem outras razões
Mas a saudade permanece, fere.
A dor causada tende a aumentar, passo a passo.
E o vivido um dia não tem nexo,
data ou importância.
E tu somes, como se nunca existisse.
Ah, lembranças...
De nada me valem.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Não gosto...

...da tua ausência, do teu silêncio, muito menos do teu jeito de achar que me conhece.
Não gosto de quando faz de tudo pra me irritar, nem de quando me provoca ciúme.
Detesto tua teimosia, teu descaso com o que julgo importante.
Mas sonho sempre com dias não vividos e tão esperados. Sonho com beijos e risadas, com singulares vezes em que fez-me sentir especial.
Adoro teus olhos (e falarei isso pra sempre.)
Adoro tua voz.




E adorava pensar que estava ao teu lado.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Tem dias...


...que a gente acorda com o pé esquerdo.

Que a filha não deixa dormir, que pega no sono com a TV ligada, que perde a meia no meio das cobertas, que o gato faz xixi de madrugada no quarto, que pessoas que não deviam estar ´aqui´ falam com você, que a internet dá pau, que os amigos ficam com gracinhas idiotas, que deveria estudar, que derruba refri em cima da mesa do computador, molhando o monitor, o teclado, a câmera, que não tem almoço vegetariano em casa, que la fora tá 27ºC , mas dentro de casa parece -27ºC, que o cabelo não colabora, e as unhas também não, que você se dá conta de que o dia dos namorados é sexta feira, etc, etc, etc.


E nessas ocasiões... A gente que tem cajuzinho segue feliz.

\o/

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Posso.

Posso passar a tarde pensando

recolorir cada cor, cada gota de tinta.

Reinventar as músicas mais bonitas

Os sabores mais distintos.

Posso redecorar e redescobrir obras de arte,

assim como também posso transfigurar

versos em coragem

palavras em ousadia

segredos em truques infalíveis.


Posso fingir que nada representa

aglomerar lembranças corriqueiras num monte qualquer

fazer acreditar -e parecer convincente de fato-

de que não há envolvimento nem vontades.

Posso mentir quando perguntares

mesmo olhando nos meus olhos

dizer que não sei, dizer que não.

Jamais admitir o que sinto.


Posso buscar no meu íntimo

e rabiscar um papel, sem êxito

tamanho é o que tento esconder,

o que tento negar desde o começo.

Posso enganar a mim mesma,

já que acreditar na mentira, na ilusão

é o mais sensato

-e menos opressor-

E assim seguir minha vida.


Mas posso, também, admitir

que o encanto virou paixão,

que tenciono correr o risco

Abri as asas, deixar-me cair na imensidão

dos teus olhos, dos teus segredos, do teu mundo

Mundo agora nosso...

Mundo que clama por união

e união que clama por eternidade.


Posso e quero sentir

o teu cheiro tão perto de mim

Trazer à tona o que há muito está esquecido.

Buscar sorrisos e abraços

na hora que me for cabível (ou não).

Viver ao teu lado

sem me preocupar com o futuro,

sem nos preocuparmos...

Vivermos e só.