sábado, 12 de setembro de 2009

O Meu Mundo dos Sonhos

O Meu Mundo gira em sintonia diferente deste velho e comum que habito. Minha visão tende a ser diferente das demais. Minha sensibilidade se aflora deveras de uns tempos pra cá. As minhas sensações são inconstantes e imprevisíveis, às vezes até incoerentes.
Os meus sonhos sempre foram presentes. Sempre lembro de detalhes inusitados. Mas sempre foram meros sonhos, mero acaso. Vez ou outra era algum digno de interpretação, normalmente exibindo insegurança, timidez. Aqueles que quando contamos aos mais velhos, recebemos o significado, como se tivessem fórmula para tal. Hoje já desacredito em tanto que me foi dito. Com o passar do tempo, com fatos distintos, passei a receber sinais. Passei a falar com quem não está aqui. Passei a ter sonhos intuitivos e ligados a premonições mesmo. Trocando em miúdos, passei a sonhar com fatos, e eles por fim, acontecem.
Meu Mundo dos Sonhos se estreita, então, passando a fazer parte do meu dia-a-dia. E há dias em que temo dormir, por não querer sonhar. Ou há dias em que anseio para me entregar a Morpheu o mais rápido possível.
Minha inconstância faz parte de minha essência.
Minha busca por algo maior, tem ocupado meu tempo e meus anseios.
E os meus sonhos, em raras excessões de uma nuvem escura pairando de quando em quando, tem sido os mais coloridos.
Que seja eterno... Ou até quando durar o meu estoque ;)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Impulso

Aparece de repente em minha frente.
E defronto-me com o desejo obscuro que emana dos teus olhos. Confundo o passado com o presente, perco-me em insanos pensamentos: a ousadia do momento de carência somada ao instinto desvairado de pular no teu abraço.
Elucido-me por breve instante, deixo a emoção fazer a sua parte. A moral pede licença e se retira. Diz que já não há o que fazer. A razão, esquecida no canto sai aos poucos, cedendo seu lugar à vontade que já vem preparada para o bote, seus dentes expostos.
Rogo que pare, contradizendo minha boca sedenta por teu gosto. Olho de soslaio e perco-me no teu sorriso provocante. Encontro-me fora de mim! Estou prisioneira tal qual um canário em uma arapuca. Mas sendo sincera, acredito que não almejei a fuga. Não de verdade...
É chegado o momento da entrega. Começa sutil e silenciosamente. A complexidade desta fusão pode causar curto-circuito. Sinto faíscas emanarem deste contato, do NOSSO contato. O gosto da tua pele é melhor do que supus um dia. É o néctar mais raro e saboroso que já provei.
Emaranhas meus cabelos. Nossa dança é sincronizada e ouço música ao redor. Não há maestro a reger esta orquestra, mas cada instrumento está onde deveria. Em perfeita destreza e harmonia. Ora conduzo, ora sou conduzida. Ora nós vagamos num breu inebriante e reconfortante.
Vem o tremor esperado, o choque, a eletricidade. Um grito ecoa, a paixão transborda e a entrega mútua une-nos como imã.
A exaustão nos aproxima da imensidão, do mundo dos sonhos: e tão cedo não iremos acordar...

sábado, 5 de setembro de 2009

Uma vez, apenas, mais

São mistérios
escondidos nos meus sonhos
assumidos.
Dissimulo meu intuito tão medonho.
Confusão
Atrapalha e assemelha com castigo.
Traição
Por fraqueza ou desejo ao destemido.
Verdades escondidas por horas difusas
Histórias que me foram
contadas calmamente
e dançando pelo vento
trazendo-me à tona
nesta sua perdição...
Cansando e buscando
atitudes de ousadia
enquanto eu partia
ao vazio da solidão.
São segredos
que pintam os seus olhos
e me queimam
Confronto e desmonto, dissolvendo-me em pó.
Liberdade
Almejada e conquistada no perigo.
Saudade
É o que resta e sem você eu não consigo.
Palavras proferidas sem nexo ou sentido
Sussurros que aclamam
por alguém que está ausente
e buscando no momento
um refúgio e coragem
pra enfrentar a escuridão...
Lutando e sonhando
conquistar por esta noite
uma vez, apenas, mais
seu olhar, seu coração.