quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ser Humana...

Ah, eu odeio ser humana!
Odeio.
Odeio mesmo,de verdade! 
Queria ser uma máquina. E há momentos em que acredito ser, até. Mas hoje eu estou na condição humana. Estou com as emoções à flor da pele, sem aquela visão fria e calculista que tanto admiro naqueles personagens da Agatha Christie, onde tudo faz sentido, os porquês, os fins - por mais aterrorizantes que sejam aos nossos olhos- sempre justificam os meios. 
Odeio ser humana! Estou me sentindo fraca, de mãos atadas. Com vontade de jogar tudo pro alto, de fugir. E fugir é covardia. Como eu odeio gente covarde, Deus. 
O que me irrita, me enerva são os erros que vejo. Talvez uma projeção de minha parte, eu sei. E o pior ainda é eu discutir tais questões, pensar nas mesmas, ao invés de deixá-las de canto, e então, pensar/fazer algo que realmente seja-me útil. 
Ser humana é uma bosta! 




***


Sei que desde algum tempo atrás o meu intuito neste blog não era falar, diretamente, com vocês como estou fazendo agora. Mas acredito que determinadas coisas que escrevo não são boas o suficiente e admito isso com a maior facilidade do mundo. Acontece que sinto-me na necessidade de postar algo por aqui, de tempos em tempos, mesmo que seja em menor freqüência comparado ao ano passado (2009), por exemplo.
E, em meio minha fraqueza humana, às vezes eu simplesmente "cismo" que quero escrever, seja lá o que for e então, escrevo.

Este, por exemplo, veio em meio uma revolta, mas fui interrompida e resolvi não insistir. Talvez pela TPM, talvez pelo Inferno Astral que me encontro, ou talvez por ser simplesmente humana, saiu assim.
Espero, não que gostem, e, sim, que tenham paciência.
Obrigada.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Traída pela auto-preservação...

...por querer fugir da realidade. 
Fechaste os olhos 
àquilo que esteve em evidência 
por tempo demais, 
escancarado, 
ali na tua frente. 
E deste conta 
que traiu a ti mesma. 
Hoje já não deveria 
fazer nenhum sentido, 
nenhum estrago, 
mas fez. 
As palavras pesaram. 
E estão em órbita 
em teus pensamentos 
há vinte e quatro horas, 
sem se calarem. 
Gritando, zombando 
da figura irreal de tua mente. 
Teu mais belo sonho, 
tua mais pura lembrança.  
Borrou um sonho recém colorido, 
manchou com lágrimas, 
tais quais não sairão dali com removedor 
e nem esquecendo o rancor. 
Surgiu nova história, novas verdades, 
que vieram intuitivamente, 
mas que desprezaste 
por ser o mais conveniente. 
Para acreditar no imaculado almejado. 
E a esperança de um novo futuro se esvaiu... 
Afinal teve o começo. 
Teve o meio. 
E teve o fim.

sábado, 4 de setembro de 2010

O Brilho dos Olhos.

(O Reflexo da Alma.)

Quisera eu enxergar as nuances que mudam constantemente no olhar de cada um. Dizem que a cor dos olhos muda várias vezes ao dia, refletindo, principalmente, o humor e o estado de espírito. 
Ainda sou cega neste quesito, vejo olhares e olhares diariamente, mas distingui-los é tarefa árdua. 
Como pode ser verdade, o olho, uma parte do corpo, ter a autonomia de tornar-se diferente quando bem entende?
Vai ver eles não são apenas físicos, anatômicos. Aliás, de uns tempos pra cá, é nisso que acredito. Os olhos são algo a mais, necessitam de uma atenção maior, mais aprofundada. Transmitem as mais tênues mudanças de humor, os mais singelos sentimentos. Entregam as mentiras contadas com tanta convicção. Simplesmente falam. Gritam. Decepcionam-se. 
Mas não mentem. Os olhos ainda não aprenderam a mentir e talvez a maior beleza deles está nesta peculiaridade. A sinceridade é tão escassa e rara que, ao nos deparar com fonte inesgotável da mesma, nos sensibilizamos. 
E é tão bom termos isto em nós! Um pedaço místico e inexplorado. Pureza. Há pureza em todo ser humano, sem que nos damos conta disto. O reflexo do que nos é mais profundo e sincero, e que ninguém pode tirar: Nossa alma. Nossa essência. O que nos torna belos (e meu conceito de ´Belo´já vai muito mais além do que temos por superficial). 


***

E a razão por eu rascunhar algo sobre os olhos foi a mais doce e sensível palavra de alguém, que fez com que eu refletisse por uma noite inteira. Alguém de coração puro, que admiro em sua simplicidade e sabedoria. Já há quase dois anos de convívio, por três vezes soube identificar um sentimento em mim, antes de eu me dar conta do mesmo. 
Em meio uma conversa corriqueira, sobre assuntos banais, ela me disse, de canto, naquela voz suave: 
"-Seus olhos estão brilhantes de uns dias pra cá... Aposto que está apaixonada." 
É. Eu estava. (E estou.)

*-* 


E este... é dedicado aquele que fez os meus olhos brilharem de uma forma que os mais sensíveis conseguem enxergar. =)