segunda-feira, 29 de março de 2010

"...Você me veio como um sonho bom...

...e me assustei. Não sou perfeito. "
O Teatro dos Vampiros- Legião Urbana.


Que Bom!
Que bom que você chegou! Que bom que apareceu, sem nem ser convidado. Que foi conquistando o seu espaço, trazendo cor ao meu mundo, estampando meu rosto com aquele sorriso bobo.
Que bom que você tem paciência pra ouvir meus planos de mudar o mundo e minhas críticas aos assuntos menos interessantes possíveis. Que aceita minhas correções desnecessárias nas horas mais erradas.
Que bom que você se parece tanto comigo e não cede, não dá o braço a torcer. Não tem medo de mim nem do que pensarei ao seu respeito. Que é autêntico a tal ponto de impor-se quando só quero um beijo de boa noite, seguido de um "-durma bem!".
Que bom que consegue me deixar com raiva, mas melhor ainda quando faz aquele doce, que só você sabe fazer e me derrete, impossibilitando que eu não dê risada e esqueça de tudo.
Que bom que me faz pensar em cada loucura que faz com que eu me perca em meus pensamentos por boa parte do meu tempo ocioso (ou não).
Que bom que você tem os maiores braços do mundo e o melhor abraço que eu já ganhei. Que o seu cheiro impregna (todas) as minhas lembranças. Que o gosto do seu beijo não sai da minha boca e nem pretendo deixar que saia por tempo indeterminado.
Que bom que seu olhar consegue me deixar tímida sem o mínimo esforço! (Sem contar as borboletas no estômago que ficam pra lá e pra cá.)
Que bom que você nunca me deixa dormir, me acorda, me surpreende e me faz bem.

Que bom que você existe!
E só.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Sem Título.

E a alegria vem no saber que é possível viver com este alívio. Do esquecimento reinou da paz. Em poder, então, sorrir sem prantos nem sustos. Seguir em frente, tomar novo rumo. Ao desconhecido, sempre. Trilhando caminhos por entre confusos atalhos, dos quais sempre acabava por levar um tombo ao ser perseguida.
E da verdade vem a coragem, por ter em mente questões já respondidas outrora, por encarar os monstros de frente sem a preocupação de que eles invadam meu ser, sabe-se lá em quais proporções. 
A ousadia ora vacila, ora avança e, com ela, traz aquele sorriso torto, que somente o mais astuto entenderá a que estou me referindo. Ela não tem forma nem cor, apenas existe e apimenta como pode.
Há dúvidas que parecem sem solução. De algum jeito virá um arranhão, um hematoma, deixando marca, ferindo. Mas se elas não existissem, qual seria a grande graça da vida? 
As fugas não deveriam ser possíveis nem viáveis. É só uma forma de adiar os temores, confundir, mascarar... O sofrimento está por vir, sempre, é a maior tendência. Somos sensíveis e melindráveis. Deprimir-se, entregar-se... Ah, bobagem. O sol continuará nascendo, as pessoas vindo e indo, plantas crescendo, dias acabando, anos começando... E perder tudo isso, por causa de choros fora de hora? Não, obrigada. Prefiro entrar em outro mundo, com outra sintonia. 
É o que eu quero pra mim e vai ser melhor assim. Eu sei que vai! =)




***
Sabe esses textos começados e esquecidos?
Foi mais ou menos isto, com este. Em um caderno, há um bom tempo atrás. Modificado, rabiscado, reescrito e reescrito e reescrito. Talvez uma nova palavra por mês. Pra que pensar tanto?! Seria melhor deixar a caneta fazer o seu papel.
Mas ficou esquecido. Sem desfecho.
E hoje vi que teve um motivo.
O novo desfecho e rumo do texto veio baseado em uma aula, sobre Personalidade.
Gostei dele assim.
E fim.

segunda-feira, 1 de março de 2010

(Copo) Vazio.

Um suspiro.
O copo cheio, suando, pedindo para ser consumido. 
Ajeita o óculos, passa a mão nos cabelos, coça o queixo. Pára. Um gole. Uma música ao fundo, uma sensação nostálgica. O frio bate à porta, um calafrio percorre o corpo, um déjà vu mais vivo do que nunca. 
Uma pontada de dor, uma pontada de saudade. Um tempo mais fácil, feliz e simples. Uma memória corriqueira, um sorriso amarelo, uma pausa para um gole.
Descaso. 
O passado é passado e não mais deve atormentar. 
Refúgio. O meu quarto, meu porto seguro. Longe. Bem longe. 
Um outro gole. 
E as estações avançaram, os anos passaram, estou diferente, já não mais te vejo, nem te sinto, nem te toco. Nem ao menos sei do que foi de  ti.
Um último gole.
Um copo vazio.
(E um vazio dentro de mim.)