segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

"Perdi vinte em vinte e nove amizades...

...por conta de uma pedra em minhas mãos
Me embriaguei morrendo vinte e nove vezes
(...) "

Vinte e Nove- Legião Urbana.


Pode ter sido vinte. Vinte e uma, vinte e duas...
Mas a sua amizade é, e sempre será, intacta. Guardada em minha estante, em meio aos meus tesouros mais preciosos. Sei e sempre saberei te esperar, te respeitar e te entender. De suas necessidades aos melindres. Das lágrimas já derrubadas às gargalhadas. Das piadas e das conversas cabeças até altas horas da madrugada.

Há coisas em nossas vidas que acontecem, para nos fortalecer, nos ensinar.
E mesmo eu não querendo aprender, jamais te substituirei.
Meu insubstituível! 
♥ 


**
Ao Fefê, minha prova mais verdadeira de que a amizade entre homem e mulher existe.
Com amor,
Mari. 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"It's a beautiful day..."







Da série: "As loucuras que a gente faz..."

Como se fosse a coisa mais certa a fazer, depois de tentativas pela internet em vão, em uma terça feira, fui com uma de minhas pessoas preferidas do mundo me informar sobre venda de ingresso de um show, que acontecerá em Abril. O medo de não conseguir ir ao show de nossas vidas era tanto, ao ver tantas e tantas pessoas se dirigindo aquele posto de conveniência, que não poderia ser diferente: Nos olhamos e tivemos a mesma idéia. Ficaríamos ali, sentadas, na porta até o dia seguinte. Isso era 15h da tarde e a venda de ingressos começaria às 10h do outro dia. Parecia pouco. 
Foi a vez da Jana ficar sozinha para eu buscar uma mochila equipada para uma madrugada e, quando voltei, foi minha vez de ficar lá, não mais sozinha, pois já havia chegado mais duas pessoas. 
O pior detalhe- pessoal- é que no dia anterior eu tinha ido a uma micareta, estava ainda cansada e SEM VOZ. Mas que conversei com todo mundo ainda assim. 
Okay, Jana voltou. Já tinha uma menina de quinze anos na fila. Tantas diferenças, num mesmo objetivo, num mesmo sonho. 
Quando começou a anoitecer, começou a vir o frio. E começou a garoar, tornando-se chuva em determinados momentos. Imagine a cena: Uma calçada, com pessoas encostadas, guarda-chuvas improvisando barracas, desconhecidos unidos como irmãos, um cuidando do outro em determinados momentos, um carro tocando músicas variadas, cantoria, risadas. 
 Por volta das dez da noite, recebi a visita do Fê e do Phi, que eu compraria os ingressos deles e suas respectivas namoradas. E eles nos trouxeram esfihas do Habib´s. Oferecemos aos mais próximos, mas a caixa foi loooonge. E meus queridos amigos- que não valem um real-, começaram a dizer coisas como: "But I still haven´t found a esfiha that I looking for" ou "Where the streets have no esfihas". Acho que foi uma das cenas mais engraçadas, porque vieram MUITOS títulos, mas só me lembro desses.
Eles, para fazer graça e demonstrarem um ´puxa-saquismo´ exagerado, seguravam os guarda-chuvas para gente, nos abanavam e coisas do tipo.
Foram embora.
 Ao passar das horas, chegando a madrugada, o relógio parecia estagnado. E eu cheguei a me perguntar se aquilo valeria à pena. Mas a resposta era automática: VALERIA!
Uma das coisas que agradecia a cada minuto era uma manta azul, velha, que eu enfiei na mochila. Eu teria morrido sem ela, isto é fato. Chegada às três da manhã, só havia silêncio. Ou as pessoas dormiam ou estavam se perguntando, como eu, se aquilo valeria à pena. Em determinados momentos, inventei que aquilo era uma grande prova de resistência e que estávamos no BBB. Essa parte também foi engraçada, pois falamos de BBB até de manhã, praticamente. Fizemos até votação. Uma das queridas que conhecemos, foi embora assim que amanheceu, ou seja, foi eliminada... De vez em quando eu incorporava o Bial-Rouco e ainda dou risada em lembrar.
Umas quatro, quatro e meia, tinha uma galera lá no posto, voltando da balada COM UM VIOLÃO, tocando sertanejo. Foi a hora que chegamos perto deles e deu até pra ouvir umas musiquinhas. Entramos na Conveniência, pois o frio era gritante. E levamos a Laura, de quinze anos, com a gente. CADÊ A CORAGEM DE SAIR DO QUENTINHO, DEPOIS? Lá ficamos, até amanhecer!
O chão já estava secando, o que foi bom, porque os papelões onde estávamos sentados estavam nojentos. O sol aparecia, meio tímido. Movimento na rua e a fila tava enorme. Eu já nem sabia mais quem era quem ali pra trás, e ela dobrava a esquininha. Resolvi tirar a cara de morta, pus a lente, maquiagem, tirei o moleton, meti um óculos de sol, desodorante e me senti renovada. Já era (era ou eram?) quase seis da manhã e ainda faltavam TRÊS longas horas de fila. Que foram as que mais demoraram, confesso. Mais conversa. Mãe do Fê trouxe os documentos e o dinheiro deles, já que eu estava com medo de passar a noite ali, com dinheiro. Meu irmão apareceu por volta das nove da manhã com o meu rico dinheirinho, guardado com tanto suor.
E nessa hora eu estava passando mal. Com vontade de vomitar. Cansada. A ponto de chorar por qualquer motivo, principalmente quando um cretino falou que talvez não teria pista disponível para compra.
Cinco. Dez. Quinze... E os minutos se arrastavam!
A fila estava organizada.
Eu só olhava para a porta, eu era a primeira. hehehehe.
Quando abriu, eu corri. HAHHAHAHA.
Como se o Bono fosse vender os ingressos. Olhei os três guichês e vi a menina que tinha cara de ser mais rápida. Bingo! Disse o que queria, e quando ela disse que já estava disponível comecei a chorar. Foi uma sensação de Missão Cumprida que tomou conta de mim. Pensei nas dezenove horas que fiquei ali, no frio, na chuva, na minha filha em casa... E olhava aqueles ingressos nas minhas mãos. Cheguei a esquecer do troco, mas um menino pegou pra mim. A fila vibrava comigo! Queriam ver, queriam tocar os ingressos. E meu medo era tamanho que eles estavam guardados. MUITO BEM guardados, na carteira do meu irmão-mala-corinthiano-com-cara-de-mau.
Ao chegar em casa, tive outra crise de choro. E desde então quando vejo os ingressos meu coração acelera. Não sei quantos dias acamparei na porta do Morumbi, pois muita coisa pode acontecer até abril. Mas com toda a certeza deste mundo, nunca tive tanta expectativa para um único dia, como tenho para Nove de Abril de Dois Mil e Onze. Ainda bem que faltam só 121 dias! \o/

U2 360º Tour AÍ VAMOS NÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

"A Claridade do Teu Riso Conquistou meu Coração."


Se o mundo fosse perfeito e não houvesse micareta, ou pagode, ou sertanejo, ou otários, ou biscates, ou a pseudo-distância, ou as experiências passadas, ou as diferenças, ou o círculo social, ou os interesses distintos, ou o chaveco furado, ou a vida bandida tenho certeza que nos casaríamos em uma chácara linda, com Lírios e Copos de Leite decorando cada fileira dos bancos pintados de branco e arranjos de violetas azuis presos em cada uma de suas extremidades, inúmeros convidados agradáveis que saberíamos todos os nomes e histórias de vida, lembrando dos momentos vividos desde que nos conhecemos, teria minha família, teria sua família, seus sobrinhos absurdamente lindos sentados no primeiro banco, um padre no Altar Improvisado e uma Daminha de Honra invejosamente loira, com cachos dourados nas pontas, um vestido branco rodado, luvas e uma cesta de flores perfumadas a minha frente. 
Mas o mundo não é perfeito e esta história é só mais uma daquelas que contamos da boca pra fora, competindo quem consegue ser o mais romântico, ou meloso, ou grudento, ou gay, ou emo- como preferir- embora sejamos CURINTHIA! 
Só sei que hoje completa um ano que nos conhecemos e, às vezes, até parece que foram dois meses, em outras, que já faz cinqüenta anos e estamos prestes a completar Bodas de Ouro. 




Um brinde ao nosso primeiro ano e que você não se torne um falso marido careca e barrigudo. 


Tin tin! 


**


Fiz este post para o meu flog, mas gostei dele e quis deixá-lo registrado por aqui também. Afinal, conhecer alguém há um ano e ainda manter contato com a pessoa é algo raro. Ainda mais levando em conta a onde nos conhecemos. hehe.
Um beijo de jurupinga, Jony!

domingo, 31 de outubro de 2010

"Quando a gente fica em frente ao mar...

a gente se sente melhor"
A Letra A- Nando Reis. 



E se sentir melhor do que outrora é revigorante, não é mesmo? É a história de nadar à superfície, e respirar. Como se não houvesse nada além disso. Encher os pulmões e soltar o ar, lentamente. Uma... Duas... Três vezes.
As reviravoltas, as mudanças de cores e de cenário, tão repentinas. Um novo leque de possibilidades e sementes de sorrisos germinando, uma a uma.  
Vontade louca de gritar, de gargalhar, de virar estrelinha- mesmo sem saber e ainda correndo o risco de estatelar-se no chão;
Vontade louca de seguir aquele caminho escolhido até o final, de mergulhar de cabeça de enfrentar o medo da água ou o medo do escuro;
Vontade louca de permitir que aconteça. De virar a página, de começar livro novo sem medir esforços e tendo a noção de todos os recursos que se tem para escrevê-lo. E ainda desenhar e colorir cada uma das páginas que estão por vir. Todas elas!
Deixe por minha conta. 


Dessa vez peço licença e proponho um brinde à minha felicidade. 
Tin tin!
O próximo brinde será daqueles que guardo comigo!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

"I Can´t Stop Loving You!"

E lá pra 2003, 2004, não me lembro, acordávamos cedo pra ir pra escola. Um tanto mais cedo que o comum. Ficávamos ouvindo músicas juntos! Cantando as letras juntos. Quando às vezes você tocava violão e cantávamos! Como se nossas vidas dependesse daquilo! Como se fôssemos viver para sempre! 

Quando éramos BEM pivetes competíamos! Por quem chegaria primeiro no portão! Por quem sairia com dona Anna e ganharia ´algo´(entendam os que não participaram de minha infância, que "algo" seria algum doce, nem que fosse um chiclete). Por quem ganharia o primeiro pedaço de bolo, o primeiro copo de refri, ou de água (dá água, tumquixidum-dum! -interníssima!Jamais conseguiria explicar a vocês tamanha nerdice). Competíamos até quem ganharia um lanche primeiro -crianças gordas!- e ainda competimos por isto hoje em dia! rs. 

Assístiamos Cavaleiros do Zodíaco. Assim como Chiquititas! Telletubies! Contos de Fadas- e você tinha medo do episódio do João e o Pé de Feijão. Assistíamos Chaves, Chapolin- e você faltava na escola para continuar assistindo! Assistíamos Fada Bela, Família Twist, X- Tudo e você gritava: "Mariana, Experiêêêêêênciaaaaa", porque era nossa parte preferida. Assistíamos Glub Glub, sábado Animado, Babar e também Castelo Ra Tim Bum, onde um dos dois levantaria do sofá e cobriria a televisão, escondendo qual personagem apareceria no dia- e também fazemos isso até hoje! Patrine! Flashman! Changeman! Super Vick. Mundo da Lua. CRUJ. A Pedra dos Sonhos (não conheço ninguém, praticamente, que assistia além de nós dois).

Brincávamos! De Barbie e os seus bonequinhos eram os seguranças, e quase sempre algum deles traçava minhas bonecas! Brincávamos de pega-pega e você não conseguia pegar nenhum de nós (eu e os dois primos-irmãos que cresceram com a gente),deitava no chão e fingia um bocejo forçado. Reichuchu e Rainha Coquita eram os nomes dos super heróis que nos transformávamos. Fazíamos músicas e paródias- e ainda fazemos de vez em quando. Decorávamos bordões políticos, comerciais ou qualquer coisa ´decorável´. Jogávamos tranca com a Marcia e a Giovana, roubávamos mais que não sei o quê e ainda fazíamos uma menina de cinco anos chorar!("Menina mimada, não sabe perder!"). Fazíamos "ADIONAS" (Complexo demais para explicar aqui, também...)

Vivíamos saindo na porrada e eu já tirei sangue de você, mas tipo quando eu tinha cinco anos e você três! HAHAHAHA. Levei bronca na escolinha por conta disso! Maldita Tia Helena, que você não deve lembrar! Já ficamos sem nos falar por um bom tempo e diversas vezes. E dividíamos o computador. Ah, falando em computador, começamos a entrar na internet juntos. Era o máximo não saber mandar e-mail e digitar o endereço de e-mail na barra de endereço. Assim como era o máximo entrarmos juntos na sala de bate-papo com o nome de nossa mãe (Afeee!) e ainda pro cima não saber o significado de "rs!". Sem contar a dancinha para conseguir conectar naquela net discada e naquele computador mais lento que não sei o quê. 

Eu já te dei um banho na pia da cozinha. Já te salvei quando você tava afundando no mar. Nós já brincamos numa piscina de um clube, você de cueca e eu de calcinha- que no fim do dia rasgaram e íamos no tobogã juntos, um atrás do outro, para não verem os rasgos das mesmas. Você já comeu formiga, por falarmos que ela tinha gosto de morango (HAHAHAHAHA!). Você já estragou um bolo de aniversário com um cabo de vassoura, na ignorância! 

Temos até hoje a careta. Aquela que você não faz para mais ninguém.
E eu ainda postarei uma foto da mesma! ;D

Dublávamos. Você lembra que colocávamos um disco (de vinil) ou uma fita K7 (afeee!) e dublávamos as músicas? Pagode, Patati Patatá, Mamonas. O que fosse, nós dublávamos. Assim como dançávamos quadrilha- só nós dois! Fazíamos obras e obras de argila, que sempre quebravam no fim do dia e nunca conseguíamos pintar. Inventávamos colagens ridículas, desenhos ridículos e achávamos o máximo. Babutia, dona Anna e dona Dagma tiveram taaaaaaaanta paciência...

Eu achava que você nunca namoraria. Mas existe vida dentro desse casca grossa que você é. Então quando cogitei que você tivesse uma namorada, pensei que odiaria a pessoa. Mas até nisso você soube acertar! Gosto dela e ponto final. 

Você não é aquele típico irmão perfeito, que toda irmã pode querer, sabe? Você é nervosinho, estressado, truculento. Mas me diverte TANTO! E se você soubesse o quanto eu falo de você pra todo mundo... E como eu falava de você quando morava em Floripa, talvez você me internaria. Também não é o filho perfeito, assim como eu também não sou. Mas sei que somos fodas, nós três- ou quatro. Uma família tão diferente do padrão, mas que se entende- e cuida da vida um do outro, de vez em quando, é claro. Em muitas e muitas coisas, definitivamente, somos fodas, modéstia à parte. E meu coraçãozinho emo se enche de orgulho quando eu vejo você dando risada com a Lou. Brincando com ela, jogando ela pra cima, tendo paciência pra deixar ela escrever no seu computador. 

Sei que declarações e zás não são muito do nosso feitio. E nem quero fazer, juro. Mas há coisas que saem, uma hora ou outra! Então, por ser seu aniversário, você ganha esse texto enorme! já que eu não tenho dinheiro pra um presente. Imprima o texto e ponha na sua parede, sim? Hãhã. 
Obrigada, irmão. 
Por fazer a minha infância feliz. 
Por fazer a minha vida feliz.
Por fazer a minha mãe e a minha filha feliz. 
Por existir e ser este ogro que você é! 
Pode não ser o irmão perfeito, como eu disse acima... Mas não te vendo e nem te troco por uma baciada deles! 

Feliz aniversário! 

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

"Foi você quem quis assim...

...não adianta reclamar.
Quando for falar de mim.
Pára de falar tanta besteira,
porque eu não tô de brincadeira.
Me segue de segunda à sexta-feira..." ♫



Meça suas palavras, acredite nelas quando as proferir. Palavras vazias, além de não convencer, não valem nada. São apenas palavras. Soltas. A esmo. A torto e a direito. Uma verdadeira sopa de letrinhas- mas sem o caldo de galinha porque sou vegetariana, obrigada!
E fica a incógnita. A veracidade será provada, um dia? Vale à pena ir atrás de respostas? Uma vez que o que foi demonstrado trouxe a dúvida, a escolha de insistir neste futuro falido parece-me errônea. E eu não quero errar. Não de novo. 
Querer demonstrar superioridade, brincar com o que não lhe foi permitido e até mesmo entrar neste cabo de guerra, onde fielmente, um ganhará e o outro enfiará a cara na lama, não lhe torna melhor e, muito menos, lhe coloca em posição número um deste podium ilusório, o nosso podium. Desde o começo entramos nesta competição, onde alternamos o primeiro e o segundo lugar. Onde provar para nós mesmos que vencemos, ora uma batalha, ora outra, trazia um sorriso bestial ao rosto. E talvez se tivéssemos decidido pelo empate, ali no começo, várias frases não nos teriam machucado. Teríamos colhido rosas, ao invés de todos estes espinhos. Mas o instinto de competitividade gritou aos nossos ouvidos, cegando-nos. Tirando nosso foco, fazendo com que a busca do primeiro lugar superasse tudo aquilo de mais belo e verdadeiro que sentimos. 
E agora é tarde. 
Agora já é tão tarde que dói-me na alma pensar em tudo o que foi dito e acontecido. Todas as feridas que deixaram-nos marcas permanentes. Todas as madrugadas em vão, tentando nos resolver. Todas as horas que passaram enquanto buscava solução para o nosso impasse, para o nosso futuro-presente.  Mas dói mais ainda imaginar tudo aquilo que poderíamos ter sido. Juntos.
E, agora, separados. 

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ser Humana...

Ah, eu odeio ser humana!
Odeio.
Odeio mesmo,de verdade! 
Queria ser uma máquina. E há momentos em que acredito ser, até. Mas hoje eu estou na condição humana. Estou com as emoções à flor da pele, sem aquela visão fria e calculista que tanto admiro naqueles personagens da Agatha Christie, onde tudo faz sentido, os porquês, os fins - por mais aterrorizantes que sejam aos nossos olhos- sempre justificam os meios. 
Odeio ser humana! Estou me sentindo fraca, de mãos atadas. Com vontade de jogar tudo pro alto, de fugir. E fugir é covardia. Como eu odeio gente covarde, Deus. 
O que me irrita, me enerva são os erros que vejo. Talvez uma projeção de minha parte, eu sei. E o pior ainda é eu discutir tais questões, pensar nas mesmas, ao invés de deixá-las de canto, e então, pensar/fazer algo que realmente seja-me útil. 
Ser humana é uma bosta! 




***


Sei que desde algum tempo atrás o meu intuito neste blog não era falar, diretamente, com vocês como estou fazendo agora. Mas acredito que determinadas coisas que escrevo não são boas o suficiente e admito isso com a maior facilidade do mundo. Acontece que sinto-me na necessidade de postar algo por aqui, de tempos em tempos, mesmo que seja em menor freqüência comparado ao ano passado (2009), por exemplo.
E, em meio minha fraqueza humana, às vezes eu simplesmente "cismo" que quero escrever, seja lá o que for e então, escrevo.

Este, por exemplo, veio em meio uma revolta, mas fui interrompida e resolvi não insistir. Talvez pela TPM, talvez pelo Inferno Astral que me encontro, ou talvez por ser simplesmente humana, saiu assim.
Espero, não que gostem, e, sim, que tenham paciência.
Obrigada.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Traída pela auto-preservação...

...por querer fugir da realidade. 
Fechaste os olhos 
àquilo que esteve em evidência 
por tempo demais, 
escancarado, 
ali na tua frente. 
E deste conta 
que traiu a ti mesma. 
Hoje já não deveria 
fazer nenhum sentido, 
nenhum estrago, 
mas fez. 
As palavras pesaram. 
E estão em órbita 
em teus pensamentos 
há vinte e quatro horas, 
sem se calarem. 
Gritando, zombando 
da figura irreal de tua mente. 
Teu mais belo sonho, 
tua mais pura lembrança.  
Borrou um sonho recém colorido, 
manchou com lágrimas, 
tais quais não sairão dali com removedor 
e nem esquecendo o rancor. 
Surgiu nova história, novas verdades, 
que vieram intuitivamente, 
mas que desprezaste 
por ser o mais conveniente. 
Para acreditar no imaculado almejado. 
E a esperança de um novo futuro se esvaiu... 
Afinal teve o começo. 
Teve o meio. 
E teve o fim.

sábado, 4 de setembro de 2010

O Brilho dos Olhos.

(O Reflexo da Alma.)

Quisera eu enxergar as nuances que mudam constantemente no olhar de cada um. Dizem que a cor dos olhos muda várias vezes ao dia, refletindo, principalmente, o humor e o estado de espírito. 
Ainda sou cega neste quesito, vejo olhares e olhares diariamente, mas distingui-los é tarefa árdua. 
Como pode ser verdade, o olho, uma parte do corpo, ter a autonomia de tornar-se diferente quando bem entende?
Vai ver eles não são apenas físicos, anatômicos. Aliás, de uns tempos pra cá, é nisso que acredito. Os olhos são algo a mais, necessitam de uma atenção maior, mais aprofundada. Transmitem as mais tênues mudanças de humor, os mais singelos sentimentos. Entregam as mentiras contadas com tanta convicção. Simplesmente falam. Gritam. Decepcionam-se. 
Mas não mentem. Os olhos ainda não aprenderam a mentir e talvez a maior beleza deles está nesta peculiaridade. A sinceridade é tão escassa e rara que, ao nos deparar com fonte inesgotável da mesma, nos sensibilizamos. 
E é tão bom termos isto em nós! Um pedaço místico e inexplorado. Pureza. Há pureza em todo ser humano, sem que nos damos conta disto. O reflexo do que nos é mais profundo e sincero, e que ninguém pode tirar: Nossa alma. Nossa essência. O que nos torna belos (e meu conceito de ´Belo´já vai muito mais além do que temos por superficial). 


***

E a razão por eu rascunhar algo sobre os olhos foi a mais doce e sensível palavra de alguém, que fez com que eu refletisse por uma noite inteira. Alguém de coração puro, que admiro em sua simplicidade e sabedoria. Já há quase dois anos de convívio, por três vezes soube identificar um sentimento em mim, antes de eu me dar conta do mesmo. 
Em meio uma conversa corriqueira, sobre assuntos banais, ela me disse, de canto, naquela voz suave: 
"-Seus olhos estão brilhantes de uns dias pra cá... Aposto que está apaixonada." 
É. Eu estava. (E estou.)

*-* 


E este... é dedicado aquele que fez os meus olhos brilharem de uma forma que os mais sensíveis conseguem enxergar. =)


sexta-feira, 9 de julho de 2010

"Vá com os anjos...

...vá em paz!"


Encontre o mais belo dos caminhos. Chegue naquele lugar bonito e reconfortante. Onde não há dor. Onde os lamentos daqueles que o amam se tornem inaudíveis. Dê espaço para que os seus se livrem da dor, superem, se unam. E que um mundo de sorrisos invada aqueles rostos, novamente.
Não peço para secar-lhes as lágrimas, já que o melhor é que elas se esgotem, juntamente com aquele aperto trucidante, aquele vazio no meio do peito. 

E peço luz.
E peço paz.
Amém! 



***
Cheiro de Flores.


No caminho, enquanto iam, a música era alta, havia risos, vidros abertos. Cores por todos os lados, conversa corriqueira, planos para o final de semana. Lembranças, passado, futuro. 
Em um momento, até, as pessoas de fora do carro interagiam. Via por todos os lados união e, de quando em quando, brincadeiras inocentes.
Um dia qualquer. 

É chegado o momento. O coração dispara. A garganta seca. As mãos suam. Os olhos marejam. 
O abraço. As (poucas) palavras saindo trêmulas. Tão amenas. Insuficientes. Eu que as tenho comigo, sempre, deixei a desejar. Deixei de fazer o que poderia. Estagnei. Olhos no horizonte, e a vista turva. A garganta ainda seca. Um bolo no estômago. 
Um último abraço. 
E de volta ao carro. 
Mas desta vez não havia cor. Não havia riso. Não havia voz alguma.
Apenas aquele silêncio quebrado por barulhos corriqueiros do trânsito. 
Transe. Inerte. Ausência. 
Uma dor. Por ter visto dor naqueles olhos. Com o anseio mais puro e instintivo, de pegar no colo, como um filhote, e ninar... Fazer cafuné, sem pressa. Sussurrar palavras doces, dizer que ficará  ´tudo bem´. Amenizar. Fazer esquecer. Seguido da sensação de impotência, incompetência de não ter chegado nem perto disso. 
O silêncio ainda prevalece, com as palavras berrando em um lugar em que apenas eu poderia ouvir. As palavras da consciência martelando dentro da minha cabeça. Uma situação de empatia tomando conta de cada pedaço de mim. 
E aquele cheiro em todos os lugares, que não saía nem na ausência da respiração.
Aquele cheiro adocicado e suave...
Aquele cheiro de flores...


***
A interrupção do meu silêncio neste blog veio, infelizmente, por motivos de força maior.
Conforto ao E. F.
Vai ficar tudo bem!
Luz!
Sempre!
=)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pense Nisso. ;D

Qualquer relação, por menor que seja, para sobreviver, precisa de interesse mútuo. 
É em vão tentar caminhar e arrastar quem não quer chegar ao mesmo destino. Pode até tentar, por um certo tempo. Mas virá o desgaste, a pessoa simplesmente empacará e você deverá seguir o seu caminho, só. Carregou em vão, cansou-se em vão. E feriu-se. Pois assim o permitiu. A escolha, desde o começo, foi sua. 
É claro que havia outro leque de opções. E a escolhida deve ter chamado a sua atenção por algum bom motivo, que hoje, é irrelevante. Foi o motivo certo, na hora certa. 
Foi... 
Agora a realidade já é outra, e ainda assim, o passado recente machuca. Arde. Dá vontade de chorar, espernear, sair correndo sem rumo. Cada ato é remoído, pensando se outra atitude tivesse sido tomada o Hoje seria diferente. 
Mera ilusão! E isso adianta?
Tudo tem começo. E se tem começo, a lei da vida nos diz que tem fim, também. 
E por que aceitá-lo é martirizante desta forma? 
Um novo começo, uma nova história só chegará quando a antiga estiver enterrada. Sem feridas expostas, sem seqüelas. 
Quando assim permitir. 
Todo esforço é válido. Toda verdade é essencial. Toda maturidade num diálogo, também. E se você buscou, e ainda assim tem algo mal resolvido... saiba aceitar. De cabeça erguida e com a sensação de que lutou com todas as suas armas. De fato, futuramente, não haverá nenhum arrependimento. 
Pelo menos, não de sua parte!
Pense nisso. ;D

terça-feira, 18 de maio de 2010

Puxão de Orelhas

Há dias em que o descanso não é possível,
pois problemas corriqueiros estão presentes.
E estes podem variar a extremos:
Como a falta de coragem de um jovem
ao se deparar com as mudanças
que o atormentam e sempre o farão!
Como a imaturidade de um adulto
ao impor regras onde não deveria
ou ao passar por cima de regras já impostas por outrem.
Como a teimosia de uma criança
ao querer o biscoito antes mesmo do almoço
esperneando ao ouvir o tão doloroso 'não'.
'Não' que nos persegue toda a vida,
embora, ainda, não seja fácil de aceitar.
E o relógio não para de andar.
E não volta. Ele nunca vai voltar.
Clichê seria se eu dissesse agora
para que viva cada um dos teus dias
Como se este fosse o último,
tornando especial, fazendo-o especial.
Mas nada disso direi.
Desperdiçaria nosso tempo,
uma vez que estas belas palavras
só fariam sentido quando
o maldito relógio corresse por quilômetros.
Dizer para aproveitares os teus minutos,
pode fazer alguma singela mudança.
Ou para que estudes, tornando-te o melhor.
Sim, pode ser que me ouças por uns segundos.
Ou ainda para que se disponibilize aos mais necessitados
pode ser que faça alguma diferença
por ser algo nobre.
E na hipocrisia diária, todos nós, sem excessão, queremos ser nobres.
A nobreza-falsa, a bondade-falsa
pode alimentar-te por tempos.
Mas sempre acordará desta ilusão
um pouco mais cedo que o previsível
E isto vau doer!
Pode até ser que não consigas te reerguer
Isto é, se fores fraco como os muitos que te cercam.
E são nestas horas em que deve deixar
este mundo patético para sempre,
em busca dos reais valores.
Quem sabe quando estiveres em fase terminal
ainda não consigas fazer um amigo?
Perdoar alguém?
aprender a aceitar?
aprender a respeitar?
aprender a amar?
aprender a viver de verdade?
E não neste teu mundo imundo, repleto de futilidade.
Se ainda estás aí e me escuta
deixo-te algo para pensares,
ou até filosofares, se for do teu agrado.


Vale a pena trocar os pequenos detalhes que deveriam ser obedecidos por nosso instintos por estas supostas jóias, que ao serem examinadas revelar-se-ão como vidros coloridos?
É para se pensar...


***


E eu gostei bastante deste, quando numa tremenda falta do que fazer, relia o meu fotolog.
Foi escrito dia 04-01-2006. E olha que hoje acreditava que há quatro anos atrás eu era uma pessoa completamente diferente. Este texto foi um tapa na cara e uma forma de me orgulhar dos meus dezoito anos. 
Espero que gostem. 

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ria

Ria mais de si mesmo... Até a barriga doer! Faz bem pra você, faz bem pra alma!
Deboche dos seus erros, do que falou por impulso. Não remoa nem se arrependa. Ria! E vá até o espelho mais próximo! Ria das manchas no seu rosto, por causa do sol, das rugas iminentes- por não tirar a maquiagem antes de dormir- da sobrancelha por fazer... Perca o fôlego, faça uma careta, mostre a língua. Relembre, sim. Mas se for machucar, pense nos defeitos, no que contraria o belo. No que você mais detestava. No primeiro momento, enquanto a ferida estiver exposta, é mais saudável a risada. Seja lá por qual motivo, ria. Ria, faça cócegas, leia piadas, ria. Até mesmo de algum tropeço de algum desconhecido no meio da rua. Ria! Sorria para os estranhos, para os conhecidos-estranhos, para os próximos, para os mais íntimos. O carteiro, o jornaleiro... sorria para eles, eles sorrirão para você. É imediato, pior que epidemia. 
Ria do novo corte de cabelo, da manchinha na camisa, da calça gasta e do sapato encardido. 
Ria, não supervalorize, não se importe, não reclame, apenas ria...
Só ria.
Sorria! 

sexta-feira, 30 de abril de 2010

.Um Comentário num Flog Qualquer.

"Uma coisa que eu sei: Essa revolta, essa dor. Sempre passa.
Quando realmente queremos.
Enquanto não expurgarmos cada pedacinho de bom sentimento idiota, de querer voltar atrás, vai doer.
Somos responsáveis por nossas escolhas, sempre.

Mesmo que elas decepcionem.

(...)


A parte boa não compensa a parte ruim. Mas a carência, a solidão faz com que eu haja assim.
Uma hora você ficará bem!
E eu também, amém!" 





***


Umas palavrinhas que escrevi para alguém.
Mas talvez, mais para mim do que para tal pessoa. 

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A sede. (Revoltas e Reflexões.)

Agora pare o que estiver fazendo. Preste atenção. Iria mandar fechar os olhos, mas a leitura não seria possível. Concentre-se.
Vamos imaginar uma cena, juntos?
Você se veste com uma roupa apropriada para ginástica. Põe umas músicas no MP3. Óculos de sol, chave. Chega no parque. Já foram quinze minutos de caminhada. Faz um alongamento e começa a correr. No seu ritmo. Correr faz bem. Mas você não corre há anos, ou nunca correu. No primeiro minuto já sente um incômodo, uma falta de ar. E você se propôs a correr por trinta! E é tão teimoso, como um ariano, que correu exatos trinta minutos até o fim! Sente seu coração bater na garganta, o suor banhou-lhe as roupas. A vista fica turva e por mais que inspire, falta-lhe o ar. Ah, e o que falta nessa história? O squeeze que você deixou com água na geladeira, na noite anterior. Você precisa de água! Olha ao redor e não há nenhuma barraquinha, padaria ou similares. Não tem nenhuma torneira. Não há ninguém. A sede quer ser saciada. Quer desaparecer por completo, e enquanto você não mandá-la embora, dando-lhe o que ela almeja, ela não o deixará em paz. Começa a voltar... Os quinze minutos se estenderão para cinqüenta, com toda a certeza. Você não pensa em mais nada. Só em uma piscina! Uma caixa d´água. Um riacho. Uma cachoeira de águas cristalinas. Faria de tudo para acabar com esta que te atormenta. Olha para o chão e há água suja, com sabão, escorrendo para o bueiro. Seus instintos são de abaixar, ali mesmo, mas você não o fará. Só ficará numa espécie de transe olhando aquela água escorrendo - Que desperdício!.
Você chega em casa. 

Situação #01
Pergunto eu:
O que você faria se, por MUITO azar, tivesse perdido a sua chave?

Situação #02
Você adentra seu portão e porta em seguida, não limpa os pés, corre até a geladeira e deleita-se no liquido milagroso que seria capaz de trocar pelo tal MP3, por seu óculos, por sua casa... rs.


***

Perdemos nosso foco e nossa razão quando nos deparamos com situações como esta, da sede. por exemplo. E tais necessidades nos perseguem, nos assombram. Tudo seria mais simples se fossem apenas fisiológicas, "fáceis" de serem saciadas. O problema é a sede que temos em ser alguém perfeito. De termos o melhor. De sobressairmos sempre. 
É uma competição interna, onde não há vencedores. Sempre se deseja mais, se almeja o mais distante. 
Ah, dificuldades desnecessárias, na maioria das vezes! Onde se gasta tempo, recursos e saúde mental. Onde pecados mundanos perseguem os pensamentos. Onde a ira e as lágrimas se fundem, fazendo o chão desaparecer sob os pés. A vista fica turva, e as palavras saem, sendo ou não verdadeiras, com um conjunto de outras que nunca deveriam ser ditas a ninguém. Elas têm vontade própria!
Estamos sedentos por aparência ao invés de algo superior a tudo isso. Estamos irracionais. E isso é, de fato, uma regressão. Rumando aos tempos de outrora. A sociedade é, e sempre foi, um mal necessário. O problema é quando apenas é o mal. PONTO.
Assusta. Fere. Engana. 

E revolta. 


(...)



***

Nota:
Este fugiu do que procuro escrever por aqui, na maioria das vezes.
Peço que me desculpem e que me compreendam. 

E que raciocinem à minha exposição, solucionando esta podridão interna. Fica a dica. 

domingo, 18 de abril de 2010

A Folha em Branco.

Ou, agora na modernidade, o Bloco de Notas em branco.
Não é uma ausência de sentimentos propriamente dita, muito pelo contrário. Talvez, até, seja a sobrecarga deles. O turbilhão de idéias que brigam entre elas mesmas, uma querendo passar à frente da outra, ter sua história escrita, ser traduzida em palavras. Vira uma salada completa. E a mãe, enérgica, diz que nenhuma e nem outra sairão. Ficarão de castigo.
Mas não conseguir escrever, expressar... Parece até que a castigada sou eu.
Um bom domingo!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Nossas atitudes traem nossa moral...

...mas quem se importa com ela, mesmo?!
Bom, hipoteticamente falando, ninguém se importa com a moral! Gostam de fazer o que se tem vontade, sem se preocupar com a opinião alheia. Seguir instintos. 
É uma utopia, cada vez mais longe de se tornar uma verdade, infelizmente. 
Ali, no íntimo, os pensamentos secretos, confusos e promíscuos são vergonhosos. 
Escondê-los? É o caminho certo?
Mas quem julga o certo e o errado?
Ah, as críticas! 
Quanto mais pensamos mais as fazemos.
Chega, então, a auto crítica. 
Estou certa em podar-me como faço? Como tenho feito a minha vida inteira?
Penso em viver experiências, num lugar desconhecido, com pessoas desconhecidas. Sim, porque as pessoas sempre farão parte da vida. Um lugar onde não saberão quem sou, de onde vim. Ser uma estranha, misteriosa e insana. BEM INSANA! 
De liberar a moral. Permitir todas as minhas mais loucas vontades, não temer o julgamento, respirar, viver, não me arrepender, ser livre...
É um longo caminho. Mas ele, uma hora ou outra, de uma forma ou de outra, virá. 
Quem aqui nunca teve este desejo?
Cansei de esconder os meus erros humanos. Usar máscaras. Sorrir sem vontade. Ser uma ´máquina´. Cansei de fingir que está tudo bem, quando não está, de falar que sim, quando quero berrar um ´NÃO`. Cansei de entrar em jogos que não tenho paciência pra chegar ao fim.
Cansei...


***

Ah, meus queridos leitores.
Há horas que acho que meu cérebro vai explodir, tantas questões martelam todos os dias. Somos seres pensantes. Mas não é possível... Por que me deram dois cérebros, então? rs.
De tempos em tempos algumas revoltas aparecem. Questões que me tiram o sono. Devo ter algum ´problema´ sério...
E esse tal do Reich e Lowen estão me fazendo bem. Não que o que eu tenha escrito acima seja de acordo com suas teorias, não me interpretem errado. Mas a partir delas, vieram algumas questões.
E enfim.
É isso.

segunda-feira, 29 de março de 2010

"...Você me veio como um sonho bom...

...e me assustei. Não sou perfeito. "
O Teatro dos Vampiros- Legião Urbana.


Que Bom!
Que bom que você chegou! Que bom que apareceu, sem nem ser convidado. Que foi conquistando o seu espaço, trazendo cor ao meu mundo, estampando meu rosto com aquele sorriso bobo.
Que bom que você tem paciência pra ouvir meus planos de mudar o mundo e minhas críticas aos assuntos menos interessantes possíveis. Que aceita minhas correções desnecessárias nas horas mais erradas.
Que bom que você se parece tanto comigo e não cede, não dá o braço a torcer. Não tem medo de mim nem do que pensarei ao seu respeito. Que é autêntico a tal ponto de impor-se quando só quero um beijo de boa noite, seguido de um "-durma bem!".
Que bom que consegue me deixar com raiva, mas melhor ainda quando faz aquele doce, que só você sabe fazer e me derrete, impossibilitando que eu não dê risada e esqueça de tudo.
Que bom que me faz pensar em cada loucura que faz com que eu me perca em meus pensamentos por boa parte do meu tempo ocioso (ou não).
Que bom que você tem os maiores braços do mundo e o melhor abraço que eu já ganhei. Que o seu cheiro impregna (todas) as minhas lembranças. Que o gosto do seu beijo não sai da minha boca e nem pretendo deixar que saia por tempo indeterminado.
Que bom que seu olhar consegue me deixar tímida sem o mínimo esforço! (Sem contar as borboletas no estômago que ficam pra lá e pra cá.)
Que bom que você nunca me deixa dormir, me acorda, me surpreende e me faz bem.

Que bom que você existe!
E só.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Sem Título.

E a alegria vem no saber que é possível viver com este alívio. Do esquecimento reinou da paz. Em poder, então, sorrir sem prantos nem sustos. Seguir em frente, tomar novo rumo. Ao desconhecido, sempre. Trilhando caminhos por entre confusos atalhos, dos quais sempre acabava por levar um tombo ao ser perseguida.
E da verdade vem a coragem, por ter em mente questões já respondidas outrora, por encarar os monstros de frente sem a preocupação de que eles invadam meu ser, sabe-se lá em quais proporções. 
A ousadia ora vacila, ora avança e, com ela, traz aquele sorriso torto, que somente o mais astuto entenderá a que estou me referindo. Ela não tem forma nem cor, apenas existe e apimenta como pode.
Há dúvidas que parecem sem solução. De algum jeito virá um arranhão, um hematoma, deixando marca, ferindo. Mas se elas não existissem, qual seria a grande graça da vida? 
As fugas não deveriam ser possíveis nem viáveis. É só uma forma de adiar os temores, confundir, mascarar... O sofrimento está por vir, sempre, é a maior tendência. Somos sensíveis e melindráveis. Deprimir-se, entregar-se... Ah, bobagem. O sol continuará nascendo, as pessoas vindo e indo, plantas crescendo, dias acabando, anos começando... E perder tudo isso, por causa de choros fora de hora? Não, obrigada. Prefiro entrar em outro mundo, com outra sintonia. 
É o que eu quero pra mim e vai ser melhor assim. Eu sei que vai! =)




***
Sabe esses textos começados e esquecidos?
Foi mais ou menos isto, com este. Em um caderno, há um bom tempo atrás. Modificado, rabiscado, reescrito e reescrito e reescrito. Talvez uma nova palavra por mês. Pra que pensar tanto?! Seria melhor deixar a caneta fazer o seu papel.
Mas ficou esquecido. Sem desfecho.
E hoje vi que teve um motivo.
O novo desfecho e rumo do texto veio baseado em uma aula, sobre Personalidade.
Gostei dele assim.
E fim.

segunda-feira, 1 de março de 2010

(Copo) Vazio.

Um suspiro.
O copo cheio, suando, pedindo para ser consumido. 
Ajeita o óculos, passa a mão nos cabelos, coça o queixo. Pára. Um gole. Uma música ao fundo, uma sensação nostálgica. O frio bate à porta, um calafrio percorre o corpo, um déjà vu mais vivo do que nunca. 
Uma pontada de dor, uma pontada de saudade. Um tempo mais fácil, feliz e simples. Uma memória corriqueira, um sorriso amarelo, uma pausa para um gole.
Descaso. 
O passado é passado e não mais deve atormentar. 
Refúgio. O meu quarto, meu porto seguro. Longe. Bem longe. 
Um outro gole. 
E as estações avançaram, os anos passaram, estou diferente, já não mais te vejo, nem te sinto, nem te toco. Nem ao menos sei do que foi de  ti.
Um último gole.
Um copo vazio.
(E um vazio dentro de mim.)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Da série: "Pensamentos da Madrugada"

Hoje eu só queria me importar. Ter uma tristeza profunda, revoltar-me ou ficar sem rumo. Queria perder o meu chão, jogar-me na cama e gritar e chorar e me desesperar. E sentir um vazio, um soluço preso na garganta, a vista turva, a suadeira, a bebedeira. Queria sofrer. Queria odiar. Queria estar à flor da pele, a pensar em vinganças, a planejar uma fuga do mundo. Dizer a todos que não pretendo voltar. A mesmice embala meu fim de noite, povoa os meus sonhos, impede os meus anseios e bloqueia meus instintos. A falta de vitalidade dentro de mim começa a coçar, e já não posso alcançar, aliviando. O "tanto faz" nunca esteve tão presente e opinando tanto em minhas decisões. O descaso, que há muito não me pertencia, vem tomando seu lugar, já praticamente dominante. Dar de ombros é ação automática, quase biológica.
A estática me enerva. A rotina me consome. Mas nada me emociona ou sensibiliza. A massa pútedra já não mais me envergonha. E as palavras saem escarradas: "Você é quem sabe..."
Cadê o sabor? O colorido? O belo?
Já não mais me preocupa...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Uma Palavrinha sobre Escolhas.



A vida é feita de escolhas. Quisera eu que fossem simples e palpáveis, como os itens das prateleiras de um supermercado. Poder comparar os preços e verificar o prazo de validade, sem pressa alguma. Talvez até ver quais estavam mais fresquinhos, descartando os de aparência duvidosa ou com a embalagem amassada. Serem desta importância, e caso algum erro for cometido, voltar até ali, qualquer hora do dia ou da noite para trocar o produto. 
Mas é mais complexo do que isto. As escolhas podem ou não vir com discernimento e geralmente não se é possível voltar atrás, ou pelo menos, na maioria dos casos. Nenhum julgamento externo é válido ou fiel já que o íntimo de alguém com escolhas em mãos é subjetivo e inconcreto. As dúvidas podem e tendem a pairar. Aterrorizando quase sempre, sendo nocivas ao futuro improvável e almejado ou talvez existam apenas no mundo do faz de conta... Mas de alguma forma, existem. De um jeito ou de outro  virão os prós e, principalmente, os contras. Sempre vemos as escolhas erradas. Sempre há arrependidos e aqueles que choramingam por trilhar o caminho mais longo ou com mais obstáculos. É o comum, e até o esperado de acontecer. 
Então, depois da escolha ter sido feita é importante que a mantenha. Que aceite as mudanças que com ela vieram e, se houver conseqüências, enfrente-as! Não é o momento para fugas ou esconderijos. Nada de choro. Seguir em frente. Olhar para trás, sim, mas olhar de longe, de preferência através de um binóculo e fazer um ´tchauzinho´. Querer voltar é estupidez.  As escolhas vêm, e as mudanças também. É o ciclo louco da vida. E que assim seja para sempre e sempre, pois não há nada mais cruel e desgastante que a rotina. 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Palavras jogadas.

Não cobre.
Não minta.
Não dissimule.
Não julgue.
Permita minha liberdade, 
a minha verdade, 
os meus pontos fracos, 
minha capacidade. 
Supere, 
seja superior, 
faça jus ao amor que juraste, 
dê-me meu devido valor. 
Encante.
Surpreenda.
Ouse. 
Viva. 
Acalante.
Aprecie. 
Sorria.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

História da Minha Vida.

Uma explosão de sentimentos, uma confusão de sons. Não saber se avanço, permaneço ou volto. Não saber se neste barco será seguro, se há bote salva-vidas, se há vida na superfície. Cantarolar uma canção dos outros tempos que amedronta só de ouvir os primeiros acordes. Abrir os olhos e nada encontrar além do breu da madrugada, que surpreende uma, duas e até três vezes seguidas. Não querer arriscar pois já foi lida esta história antes e se conhece o fim de cor e salteado. Os pensamentos estouram, tomando moldes e cores num repente, assustam, martelam, berram. Alguns se vão, sem deixar rastros, sem ruído algum. Idéias embaralhadas, o dever e o não dever travam uma briga onde algum sairá ferido. Ambos não podem conviver juntos.  E de camarote tenho a (des)oportunidade de presenciar tal cena patética. Onde vejo-me de braços cruzados esperando que a minha guerra interna acabe. Que não dure anos e anos como as grandes guerras que vemos lá fora e nos livros. Aguardo, com uma pontada de esperança, talvez desnecessária, para saber o desfecho, o vencedor, o rumo que a história tomará. A história da minha vida! Se será chamada de drama, comédia ou romance. Se seu final merecerá uma continuação. Quantos Oscars vai ganhar, quem será o papel principal e quem será o coadjuvante.  Se há quem pague para ver duas vezes, se há quem recomende para alguém. Ou se será um fracasso de bilheteria, onde talvez alguns casais apaixonados adentrem a sala de cinema para outros objetivos. E o dvd, se lançado, provavelmente juntará poeira nas locadoras, e entrará num saldão qualquer dia desses, por r$5,99. Podem não se importar, mas sabe... esta história faz parte de mim, do que contarei, do que me tornarei. É, como já dito e aqui reforço, só a história da minha vida. Segure com cuidado, não a deixe exposta a luz do sol nem a odores; não a abandone e não pise em cima, pois é frágil. E, em todas as hipóteses, mantenha virada para cima. É sempre o melhor caminho. =)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Desejo...

Em um piscar de olhos viajar no teu mundo. 
Descobrir os teus segredos. 
Decorar teus sentimentos 
e ganhar todos os teus beijos.
Sentir o teu cheiro perto de mim. 
Ouvir tua risada, 
sentir tua respiração em minha nuca 
e me arrepiar em cada poro do meu corpo.
Aconchegar-me no teu abraço, 
sentindo-me segura, sentindo-me viva.
Acordar do teu lado, 
cantar enquanto preparo o café e abres a cortina.
-Sente também a brisa inebriante desta manhã?-
Desejo, almejo, sonho e fantasio...
E assim eu vejo e percebo,
tornamo-nos apenas um
sem medos ou temores
A sina virou realidade imposta
e dela não mais fugirei...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Não confunda...

...boa intenção com promiscuidade.
Apesar de todos os rótulos que vemos em cada canto, em cada esquina, há o diferente. Há boa vontade de sobra. Há boas ações sem esperar nada em troca. São raras hoje em dia, mas existem.

A curiosidade (também) fez parte de mim. O querer conhecer, o querer sentir e saber. Qual foi o verdadeiro porquê de chegar a deprimente estado, que mesmo com tal palavra, não o julgo nem o recrimino. Cada um é dono de si e se os motivos foram fortes, é até perdoável. Fez-se uma fantasia, criou-se então algumas histórias, algumas teorias. Esta minha cabeça pensante desejara acertar, adivinhar, como se fosse ser ganhadora única na megasena.
Veio o encontro. E não acertei todos os números, apenas alguns deles.
Um encontro banalizado, em seu final. O que acarreta uma pontada de tristeza, mas o conformismo fala mais alto e ela se evapora.
O mais bonito sempre fica no que não foi dito, no que não aconteceu.
Em momento algum afirmo arrependimento. Só deveria haver sutileza... Outras palavras... Mostrando valores, mostrando que ajudar um desconhecido ainda é um gesto altruísta.
Mas as pessoas são diferentes... E ainda assim não vou mudar minha conduta. Enquanto me fizer bem, eu farei o bem.



E este dedico a alguém que conheci na Cidade Maravilhosa...