domingo, 10 de fevereiro de 2013

A Alguém Especial...


E te ver sempre me faz tão bem...
Faz com que eu me sinta viva e jovem. Vai ver pelo jeito de você rir de mim e eu não ficar brava, sabe-se lá por quê, tamanho mau humor que possuo. Ou pelo jeito de você se irritar tão fácil com as minhas provocações de quem tem dez (e você onze) anos de idade.
E eu, egoísta que sou, digo mais uma vez, para que você não me prive de você. Entende?
Para que não nos prive de algo que é sincera e verdadeiramente bom, com o perdão da redundância. 
Sei das adversidades, sei das dificuldades e sei, também, do passado que assombra. Porém acredito piamente na evolução de todas as partes envolvidas diretamente e que isto poderia de fato acontecer. 
Mesmo sabendo que o que torna estes encontros- e desencontros- tão especiais é que os mesmos sejam escassos, quase bienais (risos). 
Mas não irei persistir nesta fala. Deixo minha vontade explícita, sabendo que é a mesma que a sua. Deixo meu pedido para que você a faça, ou pelo menos, comece a cogitar a ideia- não deve ser tão difícil. E deixo, também, o meu ´eu amo você!´, como não poderia ser diferente...
Obrigada por se fazer presente, de uma forma ou de outra, em minha vida.

Com amor, 



Mari.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Dos amores que vivi...



...o teu foi o mais colorido!
O mais completo, o mais confuso, o mais intenso e o mais gostoso.
Na ousadia da nossa verdade, na paixão que nos consumia. Nas batalhas travadas que mantínhamos constantemente, onde perder 
já era bom e ganhar era melhor do que música!
O calor que nos consumia reflete em mim até hoje. E pensar que eu gritava aos quatro ventos que era só uma aventura e que eu, que sempre fora dona de mim, senhora da situação, encontro-me agora sem chão. 
Sem cor, sem som, sem vida. Sem o ritmo louco que encontrava em ti, sincronizado ao teu sorriso e tua fala mansa. Sem teu jeito torto de sorrir, teu olhar sério e tua boca macia. A barba por fazer ainda provoca arrepios, quando me lembro dela. E já faz tanto tempo...
De todos os amores que vivi... a tua falta ainda me dói. E é, sem sombra de dúvida, o único que desejo reconquistar... 




domingo, 3 de fevereiro de 2013

Com licença, posso entrar?




Foto: Com licença. Posso entrar?

A verdade é que detesto rodeios. Detesto as voltas e voltas maiores que uma roda gigante que se dão, principalmente, para falar daquilo que me parece o mais óbvio e mais belo da essência de alguém. Porém quando há a necessidade de tocar nestes assuntos, abobamo-nos. E abobar-se não é nenhum pouco simpático em assumir-se, certo? 

Então assumo! Não mais dissimulo.
Não mais nego ou renego este amor. 
Visto-me com cuidado, escolho bem a maquiagem pois quero parecer bonita aos teus olhos. Principalmente aos teus olhos. 
Irei me perfumar de forma singela e suave, pois prezo pelo cheiro de pele. E não quero de forma alguma mascarar sua fragrância que é melhor que qualquer cheiro já inventado, até mesmo em Paris...
Meu sapato irá traduzir meu pensamento. Em sua cor, sua forma e seu salto. Do tipo firme e que realmente sabe a onde pisa. Sem tropeços ou passos em falso. Mesmo porque este caminho já trilhei por vezes incontáveis nos meus sonhos. 
Quero ser tocada. Quero provar o teu sabor. Quero tornar-me única e a última que irás beijar. 
Quero fazer-te meu. Sem medos ou remorsos. 
Sem hora pra voltar pra casa, sem pudores ou qualquer tipo de sanidade. De forma que todos os nossos instintos sejam senhores de si e que a razão... ah, tolice... A razão é para os tolos. Que passe longe do que somos e, mais longe ainda, do que ainda seremos. 
Juntos. 

E grito, a quem quiser ouvir, sem rodeio algum, que meu objetivo maior é você. E não sossegarei até alcançá-lo... por uma, duas... dez vezes dez vezes. 




Mari AndreottiA verdade é que detesto rodeios. Detesto as voltas e voltas maiores que uma roda gigante que se dão, principalmente, para falar daquilo que me parece o mais óbvio e mais belo da essência de alguém. Porém quando há a necessidade de tocar nestes assuntos, abobamo-nos. E abobar-se não é nenhum pouco simpático em assumir-se, certo? 

Então assumo! Não mais dissimulo.
Não mais nego ou renego este amor. 
Visto-me com cuidado, escolho bem a maquiagem pois quero parecer bonita aos teus olhos. Principalmente aos teus olhos. 
Irei me perfumar de forma singela e suave, pois prezo pelo cheiro de pele. E não quero de forma alguma mascarar sua fragrância que é melhor que qualquer cheiro já inventado, até mesmo em Paris...
Meu sapato irá traduzir meu pensamento. Em sua cor, sua forma e seu salto. Do tipo firme e que realmente sabe a onde pisa. Sem tropeços ou passos em falso. Mesmo porque este caminho já trilhei por vezes incontáveis nos meus sonhos. 
Quero ser tocada. Quero provar o teu sabor. Quero tornar-me única e a última que irás beijar. 
Quero fazer-te meu. Sem medos ou remorsos. 
Sem hora pra voltar pra casa, sem pudores ou qualquer tipo de sanidade. De forma que todos os nossos instintos sejam senhores de si e que a razão... ah, tolice... A razão é para os tolos. Que passe longe do que somos e, mais longe ainda, do que ainda seremos. 
Juntos. 

E grito, a quem quiser ouvir, sem rodeio algum, que meu objetivo maior é você. E não sossegarei até alcançá-lo... por uma, duas... dez vezes dez vezes.


***
Primeiro texto escrito no Sentimentos Inscritos.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Pirlimpimpim


E tamanha é minha carência que de quando em quando encontro alguém assim: De prosa fácil, transparente e envolvente. Vai ver é o simples fato de crer no pseudo interesse que desperto, sei lá. Então entramos numa questão delicada. De ego. De força e de poder. E já que chegamos a este tópico, tão delicado, já deixo claro que eu não gosto  daquele poder que vemos por aí, no Tio Sam, por exemplo. Longe disso! Mas o poder mais puro e primário que possa existir. O pó de pirlimpimpim me encanta muito mais. No singelo toque, no sincero olhar e na palavra que cabe ao momento propício. E o que me encanta ainda mais é que realmente, de quando em quando, alguém assim aparece. E até me impede de ir dormir, o que já é um grande feito. 
Então que esta magia faça com que eu (re)acredite no desacreditado. 
Amém.

Um Almoço Qualquer. (Ou As Três Reflexões)

Os homens também se aconselham uns com os outros. 
Claro que não da mesma forma que nós, mulheres. Nós, geralmente, fazemos aquela reuniãozinha, na qual uma fala, e as outras, ao redor, fazem seus "ohs" e "uaus" esporadicamente, em uníssono. Pior ainda quando somos adolescentes e tais reuniões ocorrem na casa de uma de nós. A típica festinha do pijama. Consigo visualizar a cena, com ursinhos de pelúcia, pijamas e cabelos penteados. O assunto da vez é o Renato, o Ricardo, o Felipe, o Rafael, o Diego... E pimba! Já estamos planejando casamento!
Os homens... tão mais práticos! Sem ilusões, sem viajar na maionese.. 
Certa vez eu estava almoçando, solitária, quando dois rapazes na mesa a frente, conversando, me chamaram a atenção. No começo eu tentei desviar o olhar, focar a atenção em outra coisa, olhar pra fora, olhar pro meu lanche. Mas, curiosa que sou, me rendi e dediquei meu almoço àquela mesa, àquela conversa. 
"(...) Eu devia ser que nem ele, mas eu não consigo... Porque ele é sacana... pega três ao mesmo tempo, ilude, e sai com quem quiser. Se ele pelo menos desse um pé na bunda, ok. Mas ele marca de sair com duas, e escolhe com quem tem vontade..." E por alguns segundos eu me senti absurdamente tentada a me levantar, abordá-los de maneira nada sutil, sem me preocupar com a outra moça que almoçava na mesa do canto. Senti vontade de adentrar à conversa. O mais triste foi querer dizer que talvez eu devesse conhecer o tal amigo sacana e fosse uma das três enganadas. Mas não seria agradável esta exposição gratuita, certo?
Foi então que parti para a primeira reflexão: Mulher, às vezes, é um bicho tonto. A verdade está ali, nua e crua, escancarada na nossa face, porém não enxergá-la é mais cômodo. E sabe por quê? Por todos aqueles planos desde às festinhas do pijama, acima mencionadas. Porque uma deu a sorte de dar certo, todas queremos seguir o mesmo caminho, esquecendo que cada estrada é única. Não que eu seja pessimista, longe de mim, porém estas histórias bonitinhas e cheias de frufrus acabam acontecendo uma em um milhão. E olhe lá. E sabe-se lá, também, se por detrás de flores e romance, o namorado perfeito não é um desses "sacanas" como a história do amigo da mesa da frente?
Um pouco depois, não me lembro de todo o conteúdo, mas do contexto, um pouco. Era o fato do rapaz estar angustiado, que iria ter de falar com a moça, pois ela estava pegando demais no pé dele. 
E cheguei na segunda reflexão. Aliás, foi aí que me senti mal e percebi que eu devo estar fazendo algo de errado. Isso é regra: Dez entre dez rapazes não querem ser controlados, não querem ter de dar satisfação durante o dia inteiro, não querem, muito menos, pedir permissão. Ora, se não pedem permissão para a mãe, quem dirá para a mulher? E esta carência em demasia, esta necessidade de ser onipresente na vida deles, ah... tolice. Homem quer sentir falta, quer ter seu espaço, quer respirar. E por mais que você pense que está sendo atenciosa, romântica e até mesmo carinhosa, certamente não é assim que ele está enxergando. E acredite, há inúmeras possibilidades do seu namorado estar almoçando com algum amigo e reclamando de você! Acredite, homens se aconselham uns com os outros, já devo ter dito isto. 
A terceira reflexão, e última, pois meu horário de almoço estava acabando, se deu quando o outro, pacientemente disse: "Pense bem a respeito pra não se arrepender depois. Escuta o que eu tô falando." Foi uma fala clara, simples e objetiva. Que cabe em diversas situações. Esta, no caso, ainda envolvendo uma moça em questão. Aliás, deu a entender que ele estava tentado a terminar com ela. É um namoro de dois anos e meio, eles viveram muita coisa juntos etc., etc., etc. (palavras dele).  O fato é que enquanto humanos que somos, ou nossa grande maioria, risos, tendemos ao impulso e remediar as más decisões, quando ocorridas. Sendo homens ou mulheres, que fique claro. Se ao invés de atropelarmos, pudéssemos refletir, alguns aspectos não tenderiam ao fracasso. Por sermos imediatistas ao extremo, vez ou outra os resultados costumam desagradar-nos. Então cabe à nossa consciência, ou por sorte do rapaz ao ter um amigo conselheiro, discernir a melhor maneira de trilhar o destino, cuidando das nossas futuras feridas e, principalmente, das de quem mais nos importa...


***

Histórica Verídica.

domingo, 9 de dezembro de 2012

I wish...

Eu queria estar mais perto. Queria sentir o seu cheiro.
Queria fazer um terço de tudo o que tenho vontade, porém não arrisco. Não por covardia, longe de mim. Mas por não conhecer em qual território estou pisando. Por não julgar que estejamos no mesmo patamar. E por acreditar, até, que há muito além do que já foi dito. Inúmeras incógnitas que martelam diariamente minha cabeça, inúmeros temores que me assombram constantemente na calada da noite. Ora fria, ora o calor descomunal que adentra minha janela, fazendo com que o sono não chegue, com que os fantasmas do meu passado deem risada da minha cara, maldosos. 
E nesta escuridão, neste silêncio desconfortável eu não tenho para onde correr. 
Eu paro. Eu estagno. Eu afundo, cada vez mais. Sinto que estou num caminho sem volta. Sinto que adentrei a um beco sem saída e que, por mais que eu queira, há um dilema a ser resolvido. 
Mas remexer o remexido não cabe ao momento.
Não enquanto a sua covardia não lhe permitir arriscar. Descobrir-se, redefinir-se. E permitir que se entregue mais uma única vez. Mesmo porque, você deve aprender que as pessoas são diferentes. As palavras podem ser as mesmas, ora ou outra... Porém a interpretação é única.
Eu não posso prometer ser perfeita. Pelo contrário, já identifiquei muitos de meus defeitos, facilitando-lhe o trabalho árduo que isso poderia lhe dar. Porém, da mesma forma que não posso fazer tal promessa, não posso experienciar por você e muito menos dizer qual é a escolha sensata. 

É chegada a hora do seu impasse. Da sua escolha. Da sua decisão. Se você quer adentrar a este mundo misterioso, ao meu lado, ou se prefere seguir no seu caminho de incertezas e inconstâncias. 
De todas as coisas que eu já quis... Uma ainda faz parte da minha lista de desejos. 
Eu não quero a perfeição, longe de mim... 
Só queria ser suficientemente boa... pra você.


***

Este dedico à alguém.
Que se encontra mais assustado do que eu. 

Que seus olhos (lindos) possam enxergar que há mais do que veracidade em (todas) minhas palavras. 

São a tradução quase fiel de toda a minha alma. 

G.L.

domingo, 18 de novembro de 2012


"♪ No mais estou indo embora... ♫ "
(Chão de Giz- Zé Ramalho)

Há determinadas músicas que por mais que eu tente, por mais que me esforce fica difícil não lembrar de você quando as ouço. E é uma sensação tão estranha. Inspiro profundamente, fecho meus olhos... e me lembro de como era bom, quando ainda éramos bons um pro outro, por mais que este período tenha durado menos de um quarto de toda conturbação, de todas as brigas e desavenças que vivemos. Ter você ao meu lado trouxe-me momentos incríveis. Viajar segurando na sua mão, olhando nos seus olhos fazia com que eu me sentisse viva e completa. 
Hoje eu não sinto a sua falta e é por isso que digo que é estranho. Não tenho mais nenhum sentimento, uma vez que as mágoas foram maiores que qualquer resquício romântico que pudesse haver. E não estou me lamentando, por Deus, não mesmo! Somente gostaria de expressar a sensação nostálgica que tenho de quando em quando. Ao me ver só, quando, se estivesse ao seu lado, talvez estaria em algum lugar inusitado por aí. Mas talvez ouvindo alguma história, com alguma pessoa que não escolheria ter no meu círculo de amizades, entende? Toda essa nossa diferença não poderia ter-nos feito diferente do que se deu, por fim.
Esta noite sonhei com você. Deve ser por conta da data, que há um ano eu estaria prestes a te conhecer. Acordei assustada e aliviada, ao me dar conta que sou livre da prisão que você me mantinha. Mas a parte boa... Ah, esta foi muito boa. 

Da série: "As Pessoas- ame-as e odeie-as simultaneamente..."

sábado, 27 de outubro de 2012

Vinte Cinco Anos de Felicidade

Com licença, hoje é meu dia. São vinte e cinco anos de felicidade, vinte e cinco maneiras de ser! Excentricidade, pois gosto desta palavra quando penso em uma auto definição. Sou grata aos que fazem parte da minha vida. Sou grata aos que já fizeram, pois contribuíram para eu me tornar  Mariana. Claro que eu apagaria algumas pessoas, pois não foi tudo tão fácil, houveram as dificuldades. Mas se pesar os pontos bons, com os ruins, é certo que os bons são bem maiores! E anseio pelas novas que ainda conhecerei, amém! Meu ano foi mágico. Vinte e quatro foi super bacana. E estou pensando nas novidades dos vinte e cinco, afinal de contas, já estou completando um quarto de século. Talvez eu ainda não tenha conquistado o que pretendia, quando me imaginava com esta idade, mas boa parte dela o fiz. E há muito se encaminhando, também. Posso falar da minha filha? Sou grata por ela existir. Aliás, não há um dia no mundo que não penso em como Deus é maravilhoso por tê-la colocado em minha vida. =´) (ok, mas vamos falar de mim hoje.) A verdade é que sou apaixonada por mim. rs. E que vocês me agüentem por muitos e muitos anos! Parabéns, Mari! =)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

" ♪ Coloque tudo numa forma

Untada previamente
Com promessas não cumpridas... ♫ "
Os Anjos- Legião Urbana. 

De todas as promessas que me fizeram, olhando em meus olhos, no momento cálido de uma quase paixão a sua foi a que mais acreditei. 
Acreditei por ter este anseio mais profundo e porque suas atitudes, palavras e voz macia me fizeram acreditar. Ah, mero engano. E por diversas vezes perguntei se eu podia adentrar a este mundo. Você só me puxou para este abismo. Cada vez mais. E eu me deixei cair. A queda parecia sem fim. Por instantes acreditei que decolaria... mero engano! E eu estava tão receosa. Antes tivesse me mantido assim. Eu estaria segura agora. Meu coração continuaria a cicatrizar, pois há pouco fora ferido- e você o sabia. Não mais do que está agora. Em pedaços. 
A dor é trucidante, eu sei. Mais uma dor,mais um gosto salgado de lágrimas teimosas em cair. Mais um pinguinho de descrença nas pessoas, nos sentimentos e nas palavras bonitas e vazias que me disse um dia.
A saudade do que não aconteceu é estranha dessa vez... O fim que não chegou, o descaso, e uma solidão enlouquecedora toma conta de mim. 
Ah... se ao menos fosse sincero....

sábado, 29 de setembro de 2012

À Uma Grande Amiga...

Quando alguém entra em nossa vida, sabe-se lá porquê, sabe-se lá em qual momento e, principalmente, sabe-se lá como, não questionamos de imediato. Apenas vivemos, apenas convivemos. Conhecemos, a cada dia, um pedacinho de tal pessoa. O timbre da voz, uma expressão usada com freqüência, o jeito de dar risada, o jeito de sentir raiva... E o tempo acaba trazendo mais e mais da subjetividade de tal alguém para dentro de nosso mundo que, quando nos damos conta, a pessoa tornou-se parte de nós. Correto? 
Então chega a parte mais gostosa: Que é quando nos acostumamos, quando não nos lembramos de como era o mundo antes de tal pessoa. É uma mágica feliz e cruel que o universo faz conosco, eu sei. E então, de uma hora pra outra, sabe-se lá porquê, sabe-se lá em qual momento e, principalmente, sabe-se lá como, alguém vira como se fosse algo muito simples, como se estivesse dizendo que uma esfiha de queijo é mais saborosa que a de carne (no meu gosto particular, é claro), e diz que esta pessoa, que faz parte de você, do seu mundo, da sua história, não mais fará parte. Que chegou uma espécie de ponto final. Não me entendam mal, não houve morte nem nada parecido, porém houve o fim de um ciclo. De um ciclo delicioso, divertidíssimo, leal e real. E mais uma vez, acabei por me ver sem saída, em choque. Em não conseguir imaginar como será de agora em diante, entende? Porra, em qual ramal eu vou ligar pra contar as peripécias do final de semana? Quem vai me emprestar band ain, desodorante, perfume, algodão, pinça ou qualquer outro item da necessaire mágica?  Quem vai ouvir as minhas iras, conflitos, raivas, detectar que estou na TPM? Uma das pessoas mais divertidas que tive o prazer de conviver diariamente. Que sou eternamente grata por tudo e mais um pouco. Que almoçava comigo, me levava pra faculdade, comer bolo de leite ninho, tomar sorvete na esquina, comer crepe no Carrefour...
É, amiga... A vida nos prega peças... O nosso dia-a-dia nunca mais será o mesmo. Que você saiba o quanto fui feliz trabalhando ao seu lado. O quanto te apoio (e sempre apoiarei) nas questões pessoais e profissionais. E o quanto eu torço por você, pelo seu ´feliz para sempre´, pelos meninos mais totosos do mundo (que considero parte do meu mundo)...
Que não percamos o contato, que você não se esqueça de mim (porque sou carente, ok?) e que a gente se cruze por aí, numa terceira empresa, juntas, quem sabe, não?
Desejo-lhe toda a sorte do mundo. Do fundo do meu coração, como acho que nunca desejei a ninguém. Você merece, pode e é capaz! 

Adoro e adoro você. Infinitas vezes três! 


***

Este é dedicado à Katia! A mãe-amiga-selecionadora-professora mais doida e que mais me identifiquei nos últimos tempos.
Você me fará uma falta absurda, amiga...

domingo, 22 de julho de 2012

Das coisas da vida...


...que eu mais sentirei falta!
Não das brigas, nem das horas intermináveis de um sofrimento que não se via fim. Dos choros solitários em meu quarto. Também não daquelas vezes que você sumia, ou não atendia o maldito celular- que era quando eu ligava mais insistentemente possível. Muito menos das provocações ao falar de alguma mulher. Argh! Nem do comportamento machista ou dos segredos.
Sentirei falta do teu cheiro. Sentirei falta em como você ficava bravo quando eu bagunçava o seu cabelo. Sentirei falta do "-Estou no posto, quer que eu te leve alguma coisa? ". Sentirei falta das viagens. Sentirei falta (uma falta absurda!) dos videokês e botecos de bairro que você me levava. De jogar seu absinto fora quando você estivesse no banheiro e fingir que bebia tudo. Sentirei falta das suas cantorias empolgadas e desafinadas no meu ouvido. De você fungando no meu pescoço, imitando cachorro. Até das crises de ciúme de achar que eu pegava o meu chefe, oh Deus, era engraçado, porque eu só tinha olhos para você. Sentirei falta de quando nossa briga mais séria era por você usar a minha escova de dentes e eu fazia você parar, onde quer que fosse, para comprar uma nova! De você me fazer matar aula na faculdade para irmos ver algum jogo, mesmo que eu reclamasse que não poderia mais faltar. Sentirei falta de jogar as coisas pela janela, de jogar as coisas no chão, de jogar-me em seus braços no momento seguinte, pois fazer as pazes era delicioso... Sentirei falta dos sonhos, das promessas ao pé do ouvido, dos planos e até mesmo de passar em frente as lojas planejando as coisas da nossa casa. 
Sentirei falta do jeito que você me beijava, dos calafrios que percorriam o meu corpo, de como sua voz, seu toque, sua respiração me deixava; em como nossos momentos foram únicos, os quais eu senti coisas que nunca havia sentido na vida. Nem mesmo acreditara que fossem possíveis... Da sincronia que tínhamos, como se não houvesse absolutamente mais nada além de nós.
Eternamente sentirei falta do jeito que você fazia eu me sentir, estando perto, dormindo ao meu lado, eu podia até ouvir os seus sonhos... De você me levar ao trabalho com aquela cara de sono e falando que no dia seguinte acordaria ao meio dia- mas acordava cedo no dia seguinte, e no dia seguinte, por mim...
Sentirei falta, e não será pouca, do que fomos juntos! Do que compartilhamos, da cumplicidade, de conseguir entender alguém com uma série de defeitos e ver que além deles havia alguém maravilhoso, que se perdeu no caminho... e que os meus defeitos foram encobertos também. Algo puro, sem dúvida, porém o "Feliz para Sempre" é sempre difícil de alcançar... E é uma pena que o meu Feliz para Sempre não foi ao seu lado... 
I will always miss you!


***
Do fundo do meu coração,
A você, L.V.R.
Que, infelizmente, sentirei falta, mas é o melhor para nós. É o melhor para mim!

sábado, 12 de maio de 2012

Sem título.

Eu tentei. Com todas as minhas forças e garras.Com toda a minha vontade, e até mesmo quando a mesma me faltou. Eu tentei e minha consciência está limpa. Por fim chegou o fim. Um fim que não terá mais nenhum recomeço ou nenhuma tentativa. Não de minha parte e já não há mais minha aceitação. Não de novo. Não que eu seja ruim, muito pelo contrário. Por diversas vezes fui além de mim, além do meu coração. Além de tudo aquilo que julguei correto um dia, pisoteando meus valores. Acreditei, intermináveis vezes, em suas palavras medíocres e vazias. Na suposta mudança que nunca veio. No amor jurado sem nunca ser sentido. Talvez por carência, talvez por necessidade. Eu gritava por seu nome, eu inspirava e expirava este amor, que, infelizmente, foi apenas de minha parte. Deixei os meus, por você. Briguei e me ausentei, achando que valeria à pena. Não ouvi conselhos, estava cega, queria apenas que desse certo. Queria que fôssemos "nós", queria te consertar, queria que sua família fosse minha e vice versa. Porém, em uma batalha, não se pode ter apenas um soldado. E é com muito pesar, e pode ter certeza que guardo todas as mágoas possíveis, embora isso não seja bonito de se admitir, ou aceitar, que retiro-me. Que vou em busca do que eu mereço, do que sonho e do que mais espero. É triste saber que não o verei envelhecer, que não ouvirei mais a sua voz e que, principalmente, não sentirei mais o seu cheiro. Mas meu basta é definitivo.Cansei de sofrer, das suas mentiras e de sua infantilidade. Do seu jeito rude de me tratar, de seu descaso, da sua agressividade que nunca mereci. Ser seu passatempo, ser seu brinquedinho feriu-me de tal maneira que o perdão tornou-se incapaz de acontecer. O quero longe, e que você tenha a hombridade, de uma vez na sua vida, atender a um pedido meu. 




"Deixar ir, não significa desistir, mas sim aceitar que há coisas que não podem ser." (Pedro Quintella)



terça-feira, 15 de novembro de 2011

Um Banho de Lágrimas.

Voltar a home de Unidda Terceirizaçao

"-Unidda?"
"-Bom dia, moça. É que meu pagamento veio errado."
"-O senhor já pegou seu holerite?"
"-Ãhn? Ainda não..."
"-Deve ser por isso, então..."

Ou:

"-Unidda?"
"-É que meu Vale Transporte ainda não caiu."
"-Mas são cinco dias úteis, senhor."
"-Então! Cinco dias, é hoje!!"
"-Deixa eu dar uma olhada, só um momento. (...) Vai cair hoje, até o final do dia."
"-Mas ainda não caiu!!!!!!"
"-É que ainda não é o fim do dia. O fim do dia, pra mim, é até as 23h59."


***


Todos os finais me machucam. Eles me causam dor, eles me ferem. Toda e qualquer intensificação de sentimento passa por mim, de uma forma ou de outra. As mudanças me são cruéis, mastigam minha sensibilidade, pegam-me desprevenida e me deixam ali, jogada, à mercê do que quer que seja. Até eu adquirir novas forças para levantar, para superar, para lidar com o que me foi imposto.
E naquela sexta-feira eu me vi de cima, vi outra de mim caminhando, como se eu fosse mera espectadora. Assistia à cena com apreensão e lágrimas. As mesmas lágrimas que estavam na outra de mim, que caminhava ouvindo alguma música. Queria lembrar que música era, mas devo ter bloqueado (Freud, maldito, suma daqui!). Enquanto ela-eu caminhava para longe de uma etapa fantástica de sua-minha vida, indo embora neste "pra sempre", um turbilhão de sentimentos e pensamentos se mesclavam em minha mente e em meu peito. Ela-eu tinha noção do que ficava para trás, cada vez mais longe e abrir mão de tudo o que foi conquistado foi extremamente doloroso. As lágrimas caíam, no meio da rua. Uma a uma, duas a duas e, então, um monte delas. Um banho, lavando todo o meu rosto. Ora um soluço, ora um sussurro. A voz embargada, um nó na garganta, um sentimento de "Eu fiz o certo?"... Uma hora a dor ameniza, vai embora, eu sei. O presente é sofredor, porém a nostalgia que segue é boa de degustar. Lembrar com saudade e um sorriso... Nada pode ser melhor!


***


Foram sete meses. Nem muito, nem pouco. Mas sete meses que valeram por uma mini vida. Por tudo o que eu aprendi, a como agir e como não agir, pelas histórias mais diversificadas, por acordar cedo e dormir tarde. As situações mais emocionantes, divertidas e constrangedoras. Foram lá que eu vivi. Foi lá que eu aprendi a ter boca, a fazer as coisas sob pressão, a fazer mil coisas ao mesmo tempo! 
No início, eu tinha crises de choro. Eu ficava extremamente cansada, achava que não daria conta. Eu sentia falta de ficar em casa, com a Lou, ou simplesmente de dormir. Falta de sair com os meus amigos. De ficar sem fazer nada, ou lendo, ou no computador. Sei que no início, eu mal conversava com as pessoas, mas já esboçava risadas naquele DP. Foi só passar algumas semanas que eu fui me soltando, fazendo amizade com uns ou outros. Até o ponto de virar confidente de muitos- essa mania psicóloga de ser que sempre me persegue, antes mesmo de iniciar a graduação. 
Mas infelizmente nada dura para sempre e eu vi que o meu tempo de Unidda estava no fim. Eu não busquei sair de lá e isso falarei para sempre. A oportunidade veio até mim e se eu recusasse, com certeza me arrependeria até o fim da minha vida. Senti-me reconhecida, principalmente ao ouvir um a um quando comuniquei minha saída. Coisas como: "-Você é uma excelente profissional, fui pego de surpresa, você fará falta.", "-Você merece, já deu o que tinha que dar, aqui.", "-Obrigada por tudo...", "-Outra de você vai ser difícil encontrar..." e os mais diversos relatos que não quero e nem pretendo esquecer. E como eu precisava ouvir aquilo, daqueles que eu mais gostava e mais admirava! Fui feliz. Pura e simplesmente feliz. E se eu dissesse que não sinto falta de lá, estaria mentindo. Foi uma fase maravilhosa que eu quero me lembrar para todo o sempre. Boa sorte para quem continua e que eu encontre todos, ou a grande maioria, nesta estrada afora... 
Valeu, Unidda!

domingo, 28 de agosto de 2011

Para sempre.

Por noites intermináveis, por segredos e alegrias compartilhados, por planos feitos na madrugada, por horas (e que não foram poucas!) do meu dia gastas pensando em você, pensando em nós, por forçar seguir em frente, por fechar os olhos para o que acreditara não ser importante, ou, principalmente, ser coisa da minha cabeça, por fazer vista grossa a todas as mentiras contadas, uma a uma, e mais um leque de razões, eu retiro-me. Retiro-me, e tal qual a última vez, não será fácil, propriamente, dito. Será o mesmo martírio, a mesma dose da dor trucidante que é RE-tirar você da minha vida. Ora, se fosse para ser assim, não deveria ter voltado. Não deveria ter surgido das cinzas, quando eu já estava prestes a cicatrizar, quando não mais sentia a sua falta, quando conseguira, finalmente, respirar outros ares, conhecer a possibilidade de um novo horizonte, um novo sol a brilhar em meu céu... Não deveria. Não deveria ter-me dito, demonstrado que mudara, que estava disposto, comovido, não deveria. Não deveria. Não deveria.
Quero uma receita, mas parafraseando Leoni, "já ouvi cinqüenta receitas pra te esquecer (...) Eu queria manter cada corte em carne viva, a minha dor em eterna exposição..."
Não gosto do "Pra sempre". Pra sempre é sempre tempo demais, e falar por todo o tempo a frente é burrice. Uma hora ou outra, as reviravoltas da vida nos pregam peças, nos deixando com cara de tacho. Mas eu, pela última vez, quero, que você saia da minha vida. Para sempre!
Este é meu adeus. Não como o último. Este é definitivo. Este está doendo mais que o anterior. Este sinto-me incapaz de perdoar. Incapaz de te olhar do mesmo jeito, com o mesmo carinho e admiração.
Desta vez, para sempre, não te quero mais!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sorte e sucesso sempre!

A gente sente.
A gente não demonstra o quanto, na maioria das vezes. E ficar sabendo antes e nada poder dizer, por não poder realmente e por não saber como, trucida por dentro.
A gente quer que voltem atrás, a gente quer estar no lugar do outro, salvar, proteger...
E não adianta...
Dia após dia...
Você vai fazer falta. Nem sabe quanta. Saber que não vou ouvir sua voz quando toco no outro ramal e depois de falar, falar e falar você me perguntar: "Mas quem tá falando?"- e dar risada depois, me entristece.
Assim como ter perdido a melhor companhia de almoço até agora me faz querer jogar uma bomba em alguém. 
É com muito, mas muito mesmo, você nem imagina o quanto, pesar eu o vejo partir. E desejando da maneira mais sincera e pura que possa imaginar que você encontre um lugar bem melhor, onde possa ser reconhecido pelo que realmente é! Vou levar comigo sua sinceridade e saber que ainda existem pessoas assim hoje em dia. São raras, mas existem.
Sorte e sucesso SEMPRE! 

Dedico ao meu breve novo e ex amigo... V. M

domingo, 7 de agosto de 2011

Ciúme

Meu ciúme é insuportável, eu sei.
Ele me consome, me agride e me fere. Transborda-me de angústia e maus pensamentos, que são reponsáveis pela maioria de minhas péssimas atitudes.
Chega a ser arrogante, desleal e traiçoeiro.
E até então eu jurava ser a única atingida por ele. Pois na madrugada quem remoía, quem derramava lágrimas, quem se consumia perante cenas cruéis e imaginadas, até então, era eu. Jamais imaginara que fora ferido por algo tão podre e que, além de tudo, pertence a mim.
Por não ter a intenção, senti-me responsável por todo mal criado. Cada instante, cada briga...
Deu-se o fim, então, no qual a culpa me pertence.
E carregar este fardo, hoje, parece-me impossível...
Dor.
Tristeza.
Derrota.

sábado, 14 de maio de 2011

"Enquanto isso...

...no Lustre do Castelo..."


A gente finge que não sabe de nada. A gente faz vista grossa, porque afinal de contas, como já me foi dito uma, duas, dez vezes: essa raiva, esse ciúme não cabem nesse quadro. Não é sério, não é nada. É uma aventura. Ponto.
É o que dizem...
É o que digo a mim mesma...
Mas lá no fundo, pelo nó que sinto em minha garganta, não é SÓ isso.
Fico pensando se só eu sei das coisas, ou o outro lado também faz esta vista grossa que tanto me incomoda, tamanha cretina-sinceridade que possuo.
Infelizmente, enquanto mulherzinha que sou, cheguei no ponto do meu impasse. Aquele em que travo e, como Alice, tenho que escolher um dos caminhos em minha frente. Temo que aquele cachorrinho com o focinho de espanador apague e eu fique perdida, sim, juro que temo. Por outro lado, não quero seguir nenhum deles, já que ali na frente está tão escuro que eu não saberei onde estarei pisando... E retroceder me causa angústia. Então, nesses agradáveis 15ºC que está lá fora, congelo figura e literalmente. Por não saber o que ne aguarda, por não perder o que já tenho a dúvida da escolha permanecerá por ora... Não posso precisar por quanto tempo. Mas já é chegada a hora em que algo há de acontecer, um sinal, um gesto... Como está, não está bom.
Não pra mim.
E, além de mulherzinha, enquanto egoísta que EU sou, como você mesmo já me disse, é em mim que eu vou pensar.
Abrir mão do que já tive não será fácil, mas já passei por coisa pior... E em minha vasta experiência, sei que o quanto antes eu colocar o temido ponto final, será melhor para os dias que seguirão.
Vamos ver o que será dessa bagunça toda.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sonho Realizado.

2006. 
Desejo imenso de conseguir. Frustração ao final. Não foi dessa vez.
Tive, então, que assistir pela televisão. Chorando e me emocionando a cada música, a cada acorde.
Com o medo de eles nunca mais voltarem para cá. De nunca conseguir realizar este desejo, este sonho...

2010.
Finalzin do ano. Aquela loucura toda que até registrei aqui, da compra do ingresso. De passar 19 horas em uma fila, no frio, na chuva, gripada, sem voz, etc, etc, etc, para conseguir aquilo que eu tanto almejava. Missão cumprida. 

2011. 
09 de Abril. Sábado.
Um dos dias que mais esperei na minha vida. E olha que eu sou bastante ansiosa, para determinadas coisas. Mas se é que isto é possível, minha ansiedade teve seu ápice nestes últimos dias por conta deste maldito (ou bendito) dia 09. 
Ter chegado no Morumbi, visto a fila, visto tanta gente bonita, unidas ao mesmo propósito. Gente educada, também. E nunca começava. NUNCA. Aquelas últimas horas foram uma verdadeira eternidade, isso posso afirmar. 
É... as palavras faltam... 
Talvez porque até hoje eu ainda não consegui digerir a magnitude daquele show. Daquele momento. De tudo o que eu senti. Ainda não consegui elaborar e tenho muito medo de acabar esquecendo, bloqueando, por não conseguir trabalhar esta questão dentro de mim. Por isso venho tentado colocar em palavras, em vão. Mas para ao menos haver um registro, que faça com que eu me recorde caso venha a ocorrer algum lapso em minha memória, eu tento. 
O momento em que as luzes se apagaram, o som acabou e as pessoas começaram a gritar e eu sabia que o U2 entraria naquele palco gigantesco senti-me voando. Um frio na barriga, um arrepio, as coisas acontecendo rápido...Então minha reação foi gritar. E depois as lágrimas chegaram. Lágrimas e soluços. Eu não conseguia parar. Engraçado, quando eu fechava meus olhos, que pensava: "caralho, estou aqui!", eu chorava mais ainda. Cantei. Berrei. Pulei. Mais alto que todos ali, tenho certeza. Nunca aproveitei tanto um show na minha vida! Mas talvez pelo fato de nunca ter desejado tanto estar ali. Não tenho grandes sonhos, não tenho muitas metas. O show do U2 era um dos poucos, que ter realizado, faz-me sentir completa. A onda de felicidade que me invade ao relembrar é tanta, que vai ver é por isso que as palavras cretinas me faltam... eu que gosto tanto delas, odeio quando as mesmas somem. 
Então que este dia se eternize em minha vida, em meus sonhos, em minha memória. Sem sombra de dúvidas, um dos melhores dias que já vivi!!!!




U2
360º TOUR
EU FUI!!

terça-feira, 29 de março de 2011

Quarto Ano.



Há quatro anos atrás nascia uma pessoinha que mudou a minha vida por completo. 
Nos meus 19 anos eu ainda não tinha a noção do que seria aquele raio de Amor de Mãe que todos diziam. Um troço que aumenta a cada dia, que faz com que eu fale da minha filha a qualquer momento, que dê risada até a barriga doer das coisas mais simples que ela fala ou faz, que antes de qualquer coisa que me acontece, traz o meu pensamento àqueles olhos azuis- que são os mais lindos que já vi na vida!
E nunca tinha feito um aniversário, com caracterização e enfeitinhos. Deu trabalho, ah se deu! Mas foi gratificante vê-la feliz!  
Então hoje, não diferente do que digo aos meus mais queridos, mas com mais valor e ênfase: O Mundo está em Festa! O Meu Mundo, principalmente. Não poderia ser diferente. São os primeiros quatro anos que mudaram a minha vida, que me tornaram uma pessoa melhor e, sem sombra de dúvida, mais feliz!  
Parabéns, filha! 
Com todo amor que há dentro de mim e mais um pouco! 
Um beijo com gosto de brigadeiro! 


Eu simplesmente te amo! Te amo, te amo e te amo! 

** 

Escrito no dia do quarto aniversário da Lou, dia 27-03-2011.

domingo, 20 de março de 2011

Promete?

Promete me proteger? Promete cuidar de mim? Cuidar de mim como você já tem feito há tanto, mesmo quando eu não faço por merecer, quando desconfio que você tem outra ou que seu amor já não é o mesmo e você, pacientemente, ri divertido da minha cara, bagunça o meu cabelo e me diz todas aquelas coisas que me derrete toda, me deixando com cara de boba? 
Promete ter paciência quando eu começar meus monólogos sobre como mudar o mundo ou de onde viemos? Promete não rir do meu medo de ET´s ou de baratas e me levar a sério quando eu expor todos os motivos- que são altamente convincentes?
Promete que por mais que eu reclame da sua barba por fazer ou ria da sua mania de arrumação, enquanto continuo mantendo minha bagunça intacta que nem mesma eu entendo e me perco, você continuará me achando autêntica e relevar cada uma dessas reclamações?
Promete fazer vista grossa se por algum acaso eu estiver conversando com algum rapaz na porta da faculdade? -Afinal de contas eu não tenho olhos para mais ninguém, além de você.
E, acima de tudo, promete continuar me respeitando e me amando desta forma tão singela e única que faz com que eu me sinta a pessoa mais importante do mundo? Ora, não quero ser a pessoa mais importante do mundo, quero apenas ser suficientemente boa pra você.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Encontrando poesia

De alguma maneira,
sei lá por que cargas d´água,
tudo o que já me foi permitido
feriu-me.
Feriu-me, mas, principalmente, 
elucidou-me.
De formas simples e compostas
e conturbadas,
e complexas, 
e belas. 
Sempre tão belas!
A beleza que ali foi encontrada
se dá apenas sob os meus olhos, eu sei.
Pois mais encantadora que qualquer obra de arte,
a simplicidade que me foi ofertada,
sem eu nem ao menos pedir por ela,
é revigorante. 
Encontro magia e poesia
num mero reconhecimento 
de um afago,
de um abraço, 
de um sorriso.  
E enquanto houver sentido para mim
vou redescobrir cada gesto,
cada palavra, cada olhar
uma, duas, dez... 
ou quantas vezes me for possível.


**


Dia 14 de março.
Dia Nacional da Poesia.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Da série: "Eu Era Um Lobisomem Juvenil."
(Parte VII)

"♪ Se você quiser alguém
pra ser só seu é só
não se esquecer:
Estarei aqui. ♫"
Eu Era um Lobisomem Juvenil.
Legião Urbana

Porque por você sou capaz de matar. E de morrer!
Em toda a minha independência, nunca gostei de títulos. Nunca gostei de chamá-lo de MEU. E nunca fui de ninguém, também. Isso sempre me parecera cafona. Tanto que era tachada de durona até minhas lembranças mais remotas. Mas de uma hora pra outra, nossa vida pode dar uma cambalhota. E de tão rápida, perder o equilíbrio é praticamente certo.  
Por certo tempo lutei. Lutei contra este turbilhão de sentimentos, tão difíceis de lidar. Que queimam a garganta e arrepiam toda a espinha. Que tomam conta da razão, dispensando-a, deixando claro que nada além desta brasa, deste fogo, importa. Foi em vão. Foi como tentar apagar um incêncido na Mata Atlântica usando baldadas de água. Ao invés de consequir tal feito, parecia estar alimentando as chamas, que debochavam da minha cara, divertidas e maldosas. 
Após tanta luta, joguei a toalha e levantei a bandeira. Agora eu quero e pretendo ter como aliado meu maior inimigo, o dono dos meus sonhos, o causador desta batalha interna que venho travado há tanto: Você.
Se você vier correndo, andando. Sorrindo ou chorando. Por você, sem nem pensar duas vezes, EU ESTAREI AQUI!

**

E é com um misto de alegria e uma sensação de "O que eu faço agora?" que termino a série "Eu Era Um Lobisomem Juvenil", que como sabem, foi inspirada na música da Legião Urbana, banda que ainda mantenho o mesmo entusiasmo que tive um dia -daí vem o meu ´Mariurbana´. Gostei de escrever uma ´série completa´. Não sei o porquê de ter terminado em sete partes, não há nenhum significado para tal. Pensei em fazer apenas 5, já que esta música se encontra no álbum " V " da banda, porém, a princípio, eu já tinha selecionado os trechos que dariam origem aos posts.
Não sei, também, se alguém acompanhou as postagens, acredito que não, ou pelo menos não com a empolgação que eu tive em escrevê-las, mas garanto que foram feitas com dedicação e alma. Minha alma se encontra nestas sete postagens. Cada uma delas teve algo de singular, de emoção particular. Que prefiro guardar comigo, embora em algumas é possível captar a que me refiro.
Obrigada pela paciência.
E que venham novas ´séries´ por aí!
=)

PS: Foto encontrada no http://abarcadopescador.blogspot.com

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Da série: "Eu Era Um Lobisomem Juvenil."
(Parte VI)

"♪ E daí de hoje em diante
todo dia vai ser
o dia mais importante. ♫ "
Eu Era Um Lobisomem Juvenil.
Legião Urbana


Com o perdão do clichê, viver cada dia como se fosse o último. Dar a ele a devida importância, o devido valor, pegar aquilo que irá aproveitar e descartar o restante. 
Levar consigo o que foi bom. O que foi mágico.
O Inesquecível.



**

Um Amor de Uma Noite.

Em meio tantos e todos, lá estava ele. Parado em frente ao bar, observando com os olhos que não pareciam perder um detalhe sequer. Despreocupado. Sua vida era aquele dia, aquele momento. Ele estava sozinho e isso não fazia a mínima diferença. Nem dei bola, nem dei importância. Queria continuar o meu dia, com as pessoas que ali estavam comigo.
Por algum motivo, num instante qualquer, ele esbarrou no meu copo. Pediu desculpa. E olhou dentro dos meus olhos. Desviei. Sorri. Fiquei sem graça. E ele não parou de me olhar. Passaram-se alguns segundos e ali estava ele, ainda me olhando, com um meio sorriso aos lábios e um olhar indecifrável. Abaixei a cabeça, mas levantei-a, então. E o encarei. Afinal de contas, quem é capaz de me olhar daquele jeito e por quê? Eu estava intrigada, confesso, mas talvez não fosse só esta a palavra. Eu estava admirada. Não era pela beleza, não era pela atitude. Havia algo a mais que não sei dizer, até hoje, o que era. Só sei que havia algo e eu não pude fugir.
Eu poderia detalhar o diálogo que veio em seguida. Mas não foi concreto o suficiente e muito menos poético. Este diálogo não foi importante, apesar de ter sido o primeiro. Porém não foi o último.
Em segundos, o meu mundo era ele. O meu dia era ele. Eu esquecera com quem estivera conversando há pouco, o que fazia ali, naquele bar e o  porquê viera. Só não esquecera o meu próprio nome, pois ele lembrava de tempos em tempos, de uma forma que ninguém jamais o pronunciara um dia.
Abriu seu coração. Despejou em cima de mim as histórias que mais machucam, só em pensar. Vi dor naqueles olhos e estava impotente à situação. Uma experiência de vida que jamais ouvira em lugar algum.  Queria protegê-lo, queria confortá-lo, dizer que tudo ficaria bem. Não o fiz, mas o abracei. Tornamo-nos um, os coraçãoes em sintonia, a respiração pesada e nossas vidas não mais seriam iguais. Não soube disso naquela hora, confesso, mas sou grata hoje por sabê-lo.
Houveram algumas conversas, amenindades, risadas e ele me tirou pra dançar. Eu já estava hipnotizada, dependente dele.
Não sabíamos nem o sobrenome um do outro, mas já tínhamos planos de namorarmos, de nos casarmos.
Tamanha simplicidade, tamanha singularidade e o desejo de conhecê-lo, desvendá-lo e devorá-lo já fazia parte de mim. Aquele toque em meu ombro, o beijo singelo em minha orelha e aquela voz de anjo cantando baixinho e confortante em meu ouvido fez meu mundo girar depressa. Foi então que eu soube e acredito, hoje em dia, que existe, sim, Amor à Primeira Vista.

**


Esta história não tem um fim. Ainda não. E o meu desejo mais profundo é que não tenha.
O que afirmo é: Este dia foi mais que qualquer outro. O mais importante. Surreal. Que descrevo até mesmo como digno de um Conto de Fadas. E já está eternizado em minha memória.


"♪ Se o coração chora
Chora com vontade de te ver
Chora com saudade de você
Chora às vezes eu nem sei porque
Deve ser de tanto te querer
Iêêê...
De tanto amar você. ♫"

De Tanto Te Querer
Jorge e Mateus.


Dedico a F.C. , por ser uma das pessoas mais incríveis que já cruzou o meu caminho.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Da série: "Eu Era Um Lobisomem Juvenil."
(Parte V)

"♪ Tudo acontece ao mesmo tempo
Nem eu mesmo sei direito
O que está acontecendo...♫ "
Eu Era Um Lobisomem Juvenil
Legião Urbana.

Um banho de água fria.
Tudo bem que no calor é refrescante. Mas a gente tem que estar esperando, né? Na surpresa, no susto, nem se estivéssemos no deserto seria bom. Porque tem o tal do choque térmico...
Choque.
Chocada.
Abismada.
Passada.
Sem chão...
E aí o que fazer com uma saudade latente há seis meses? Uns planos bobinhos, que não deixam de ser planos? Com aquele abraço que estava guardado há tanto e não foi dado a ninguém neste meio tempo? Com tantas conversas e tantas promessas não cumpridas? Jogo fora? Ignoro? Continuo guardando, mesmo sem haver espaço?
Toda força latente tende a explodir, a se expandir.
Mas já não há lugar, nem ocasião e muito menos clima. Um fato, um único fato, uma frase e aquilo que eu achava mais puro, que achei uma gracinha um dia, que dava risada e relevava já não mais existe.
E todo fim me machuca tanto... Odeio começos, com toda a minha alma, mas simplesmente não sei lidar com O Fim.
Por mais que não houve um começo. Por mais que só foram borrões. Por mais que foi conturbado, bagunçado e até engraçado, foi alguma coisa. E foi bom.
Então é com lágrimas, e não poucas, que tento organizar cada idéia, cada pedaço dentro de mim, já que o estrago foi feito sem nem ao menos eu perceber ou saber por quê.
A palavra certa é luto.
Por sorte eu vivo, sim, o meu luto. Como nunca deixei de viver absolutamente nada em minha vida. Mas eu me reergo sem pestanejar. Não com facilidade, e sim, com sabedoria. Ou pelo menos o julgo.

"♪ Vá com os Anjos. Vá em paz. ♫ "

(#NowPlaying: Gladiador. Não poderia ser diferente...)


**

E as coisas acontecem em nossas vidas sem nem ao menos percebermos ou nos prepararmos.
Então... lidar é melhor que fugir. A dor existe, sim, mas como veio... ela vai. É a minha única certeza! ;)

PS: Este post saiu no Fotolog e julguei que se encaixaria aqui. Peço licença que o compreendam. Foi escrito na mais singela lembrança que guardo - ou guardava?- comigo.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

"♪ A conta da saudade...

"...quem é que paga?♫"
(Fernando Anitelli)





*Começo aqui pedindo licença para ter usado tais palavras. Não são minhas, não as moldei e não as coloquei para secar, juntas. Comprei-as. Ou peguei-as emprestadas. Mas não são minhas.*

Tenho saudade. De uma forma mais simples do que se possa imaginar, do que se possa pensar um dia. Saudade de ligar, de dar um abraço, esmagando e quebrando todos os ossos. De contar como foi o meu dia, de querer ouvir como foi o seu.
A saudade que sinto me corrói por dentro. E não sei como lidar, se devo acabar com ela.
A indecisão nunca fez parte de mim, ou pelo menos foi o que sempre pensei. Este medo, este frio na barriga não me pertencem, não os quero, pegue-os para você!
Minha maior vontade é juntar estes sintomas, estes martírios e atirá-los para longe, em uma lata de lixo velha e abandonada. É lá que deveriam ficar. Junto com esta saudade, que insiste em aparecer em minhas palavras. Que vem sem nem ao menos ser convidada, como se este lugar- o meu lugar- a ela pertencesse. Que invade meus pensamentos, quando estou de guarda baixa. Que toma conta dos meus sonhos, transformando-os em pesadelos. Não quero senti-la e não sei como exterminá-la. Tenho minhas mãos atadas e isto dói. Melhor seria se viesse o pranto, de uma vez. Que não me fechasse a garganta, não apertasse o meu coração, não me impedisse de ser quem eu sou.
Assim que me for possível, que as circunstâncias tornarem viável e que eu tenha adquirido a arma certa, confesso:
Eu vou matar a saudade! Vou matar. Sem dó ou piedade. Acabar com ela, cortar-lhe os membros, cortar-lhe a cabeça. Ela não vai mais me assombrar.
E é a única promessa que eu faço. Sem o medo de ser pega ou ter de pagar pelo crime. Este alívio será maior que qualquer castigo:
A morte daquela que me mata.
Que me mata a cada dia...



***

Interrompemos a série "Eu Era um Lobisomem Juvenil", por nenhum motivo grave, mas a necessidade de postar este por aqui.
Fiz este para o Facebook, mas não acredito que ele tenha algum acesso por lá. Ou pelo menos não na quantidade que tem, aqui no blog.
Espero que gostem.
Obrigada. ;D

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Da série: "Eu Era Um Lobisomem Juvenil."
(Parte IV)

"♪ Teve torcida gritando, quando a luz voltou...♫ "
Eu Era um Lobisomem Juvenil
Legião Urbana

Ganhar no campeonato de Bola de Gude. Fechar o Super Mário. Vencer os Interclasses. Ser surpreendido no Natal com o brinquedo mais legal do mundo. Conhecer o seu grande amor. Passar no Vestibular. Gritar ´GOL´ na Copa do Mundo. Mudar-se para a cidade grande. Conquistar aquela vaga sonhada por tantos anos. Baile de Formatura. Comprar o primeiro carro. O ´SIM´ no casamento. Nascimento do primeiro filho...
As torcidas, os sonhos, os almejos, as vitórias...
Aquela sensação única que invade nosso ser, acelera o coração, traz aquele arrepio que vai da nuca aos pés, não esquecendo de enfiar um gancho no estômago, atravessando-nos as entranhas e originando uma falta de ar. As lágrimas brotam, tímidas, nos olhos hesitantes até transformarem-se em enxurradas. Caem, uma a uma, duas a duas, lavando todo o rosto.
O sorriso permanece intacto, intocável e maravilhado com a maravilha da emoção: este conjunto louco de sensações inexplicáveis e incoerentes, pelas quais aprendemosa lutar e, principalmente, senti-las desde antes mesmo de aprendermos a falar. 
Que cada comemoração seja única e vivida intensamente, como se nada além disso existisse no mundo inteiro!

***

Texto escrito em sala de aula. Pela ansiedade de ter a minha série bloguística completa. E pela esperança de que uma grande emoção esteja prestes a me dar a honra com todos estes sintomas (ou seriam dádivas?).
Imagem encontrada no Google, nosso salvador para todas as horas.
 

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Da série: "Eu Era Um Lobisomem Juvenil."
(Parte III)

"♪ Não digo nada
Espero o vendaval passar
Por enquanto eu não sei
O que você me falou
Me fez rir e pensar
Porque estou tão preocupado
Por estar
Tão preocupado assim...♫ "

Eu era um Lobisomem Juvenil
Legião Urbana


I-
E uma hora ou outra, o vendaval vai passar ("♪ nessa avenida um samba popular, cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar ♫"). Por mais que a dor seja trucidante; por mais que pareça eterna e o coração esteja sangrando; por mais que os caminhos em frente pareçam sombrios e arriscados... O vendaval passa. Uma hora qualquer, ele passa! E por enfrentar aquilo que julgou mais difícil, quiçá impossível, em seus pensamentos, poderá perceber, ao fim da jornada, quão forte ficou. É tão gratificante... Superação, vitória pessoal. 
É hora de ver o estrago causado e reconstruir, pedra sobre pedra, cimento, reboque, lixar, uma demão de tinta, outra, então. Toque final, pendurar um quadro na parede.
E começar tudo de novo!
Que esta estrutura esteja mais forte, tal qual uma obra do Prático e nenhum lobo destruirá nem mesmo bufando ou soprando.

 ;)


II-
Já as preocupações tendem a nos podar. Limitar-nos, extorquir-nos. Sugar-nos nossa Paz de Espírito sem nem dar-nos explicação alguma. Por alguma preocupação, acumulamos sem perceber, os medos. Um a um, vão somando, sorrateiros, até virarem uma avalanche. E ninguém consegue parar a força e a fúria de uma avalanche. Nada nem ninguém! Ela faz estrago, varre tudo o que foi construído com tanto cuidado e capricho. 
Não ter preocupação alguma é extremo ou até sinal de loucura. Principalmente porque elas são necessárias para a sobrevivência. Vêm junto com a inteligência, desde os tempos mais primórdios. Graças às preocupações com segurança, moradia, alimentação, fogo, vencemos obstáculos e inimigos para, então, resistirmos. Ah, a seleção natural!
O meio termo é o canal. Sempre é. O equilíbrio me encanta, em tudo e em todos. E em mim. Para estar em harmonia, o equilíbrio deve prevalecer. 
Estou me preocupando por estar preocupada demais, parafraseando Renato Russo?
É possível. 
Mas não aceitável. 
O que fazer, para mudar, então?

***

Renato Russo, Legião Urbana, continua me inspirando.
A série "Eu Era Um Lobisomem Juvenil" ainda não terminou, há outros trechos selecionados que serão trabalhados.
Aguardem. =)
E obrigada por lerem.

Esta foto, diferente das outras duas anteriores desta ´Série´, não é minha, porém não encontrei o nome do fotógrafo. 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Da série: "Eu Era Um Lobisomem Juvenil."
(Parte II)

"♪ Prefiro acreditar
No mundo do meu jeito.
E você estava esperando voar.
Mas como chegar
Até as nuvens
Com os pés no chão?  ♫"
Eu Era um Lobisomem Juvenil.
Legião Urbana.


Desejava com toda a força que emanava de mim, com toda a confiança que me foi depositada, com todo fervor que estava pra vir à tona, a qualquer momento, ser capaz de chegar até as nuvens. Não me importaria com o método que seria utilizado para tal feito e muito menos se tantos julgam uma tarefa impossível. Cheguei até as nuvens, de olhos bem abertos, não perdi nenhum segundo de êxtase, tomando conta de mim.
Tive o sonho de ali chegar, desprovida de medos e lamúrias, de qualquer preocupação que poderia turvar-me os olhos e simplesmente sorri. Olhei para cima e vi aquela imensidão azul tão próxima, olhei para baixo e nada consegui distinguir daquele mesclado de azul e branco, que em alguns momentos até poderia ser confundido com algodão doce.
Os pássaros voavam abaixo de mim, despreocupados, sem nem notarem a minha presença, de forma que aquele cenário me pertencia, como se nunca houvera sido diferente. E num piscar de olhos, bati minhas asas e mergulhei junto a eles, num pega-pega sem pressa ou competição. Até todos voarem juntos, rumando para baixo, para alguma árvore, não sei. Para onde vão os pássaros, ao anoitecer?
Estou só.
Avisto, em meio aquele cenário que mais parece a pintura de um quadro, algumas nuvens se agitando de forma estranha. Uma brisa suave, um perfume sem igual -se a vida tivesse cheiro, com certeza seria este. E uma sensação única, indescritível. Fico tentada a dar meia volta, mas algo chama minha atenção. Sinto-me hipnotizada. Depois de me concentrar, e ainda assim com muito esforço, vejo um par de olhos a me encarar. Tão verdes, tão misteriosos. Eles piscam, os meus vacilam. Mas vou ao seu encontro. O dono dos olhos se vira, exibindo um par de longas asas negras e se vai, batendo-as num ritmo desenfreado que parece música. Sigo-o sem pestanejar, porque estar em contato, tocá-lo tornara-se o meu objetivo. A razão pela qual eu estava ali, no meio daquelas nuvens. A razão pela qual eu existia e nada poderia ser diferente.
Se em alguma fase de minha vida eu não acreditei em destino, neste momento senti-me completamente enganada. O meu destino era encontrá-lo, minha felicidade estava nele. Ele me complementaria e esta é a única certeza que tive na vida. Um mundo paralelo fez-se, então. No qual os únicos habitantes éramos nós, no qual não havia lamúria, não havia tristeza, não havia maldade. Apenas a pureza daquele olhar, daquele contato que sufocava-me e se eu estivesse com os pés no chão, e não nas nuvens, de certo que minhas pernas estariam bambas, colocando-me à mercê de uma queda iminente.
A euforia era tanta, que o simples fato de estar ali em cima, em contato com ele, em contato com algo tão grandioso que jamais supus que poderia acontecer, além de um sonho, trazia-me ora torpor, ora adrenalina.e perdi os sentidos.
Caio.
A altura é imensa.
Algo está errado, o que está acontecendo?
A multidão curiosa começa a aumentar, ao meu redor.
Não consigo bater as asas, não consigo me mexer.
A respiração está se tornando difícil, assim como manter os olhos abertos.
E dentre tantos rostos disformes ali presentes, é apenas um que reconheço.
"-Sabia que você não me abandonaria."
E fecho meus olhos.
Para sempre.
Com a certeza de que morrer de amor, não dói.

***
Gostei, MUITO, do resultado deste.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Da série: "Eu Era Um Lobisomem Juvenil.
(Parte I)"

"♪ O arco-íris tem sete cores
E fui juiz supremo.
Vai, vem embora, volta.
Todos têm, todos têm
suas próprias razões... ♫"
Eu Era um Lobisomem Juvenil
Legião Urbana.

Razões pelas quais fugimos, pelas quais corremos, pelas quais enfrentamos e matamos dragões. Razões pelas quais as lágrimas brotam ali, embaixo dos olhos, sem nem ao menos querermos, sem nem ao menos percebermos e caem, não pedindo licença e nem fazendo cerimônia.
Temos razões que jamais entenderemos, que fazem o coração acelerar, um arrepio percorrer dos pés à nuca, um sorriso bestial tomar conta de nossos lábios, de nosso rosto, transparecendo a nossa verdade. E há razões para não escondê-la, assim como há mais razões ainda para deixá-la ali, no desconhecido, preservando-a. Ora, de certa forma, a verdade, por mais sincera que seja, merece o anonimato, merece ser deleitada, apreciada na surdina; escancará-la faz com que a mesma se perca de sua essência, se corrompa de alguma forma. 


Preferi, usando alguma razão, trancá-la e já joguei a chave fora. 




***


De uma foto de um arco-íris, pensei no trecho "O Arco-Íris tem Sete Cores", do Legião.
Veio o texto, após o verso "Todos tem suas próprias razões." de forma automática, sem eu nem ao menos pensar nas palavras.
E ouvindo a música, então, novos versos chamaram a minha atenção. E no decorrer dos dias, irei postando a continuação da série citada acima.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"Adeus Ano Velho..."

E posso me lembrar, como se fosse ontem, um Ano Novo há algum tempo atrás. Eu deveria ter meus cinco anos de idade e por ter medo de qualquer barulho, jamais assistia a uma queima de fogos, assim que a meia noite chegasse. Os adultos da casa deviam me xingar de todos os nomes possíveis e imagináveis, tenho certeza, pois se revezavam entre eles. Algum deles teria que ficar comigo, na cozinha, ou no quarto, para evitar um choro efusivo seguido de um possível piripaque de minha parte. Neste dia não foi diferente. Enquanto eu estava aos prantos e o barulho ensurdecedor lá fora adentrava minha casa, eu pensava comigo mesma: "Coitado do Ano Velho! O que acontecerá com ele? Para onde ele vai? Todo mundo só quer saber do Ano Novo, só fala disso, só se preocupa com isso. E o Ano Velho tá indo embora. Como se estivesse doente, prestes a morrer. COITADO DO ANO VELHO. Eu não quero que ele vá. Não quero nenhum Ano Novo, estranho e NOVO. NÃO QUERO." Acredito que o meu monólogo tenha durado mais do que estas poucas palavras, sempre fui um tanto repetitiva. 
Mas esta virada de ano fiquei pensativa e me lembrei dos meus cinco anos. Querendo saber o que acontecerá, realmente, com o Ano Velho. 
Não apóio cuspir no prato que se come. Valorizo toda e qualquer pessoa, todo e qualquer acontecimento. E por que deveria ser diferente com um ano recheado de coisas boas, acontecimentos, aprendizados?
Aplaudo 2010 de pé, sabe? E desejo, do fundo do meu coração, que ele tenha apenas se aposentado. Que esteja neste momento em alguma Ilha do Caribe, catando conchinhas na areia, comendo uma batata fria, tomando uma cerveja bem gelada e rindo da cara de 2011, que ainda tem tanta coisa difícil para enfrentar. 
Tantas lamúrias, falta de grana, agüentar as promessas que não serão cumpridas e o pior de tudo: Anteceder 2012, que acredito que dará muito falatório por ser o fim do mundo. Ah, o fim do mundo. Se ao menos quem inventasse isso fosse um doido qualquer...
Então, peço licença a Marcelo Rubens Paiva e utilizo o título de seu livro aqui, para finalizar este post. 


A todos vocês:




"Feliz Ano Velho!"

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

"Perdi vinte em vinte e nove amizades...

...por conta de uma pedra em minhas mãos
Me embriaguei morrendo vinte e nove vezes
(...) "

Vinte e Nove- Legião Urbana.


Pode ter sido vinte. Vinte e uma, vinte e duas...
Mas a sua amizade é, e sempre será, intacta. Guardada em minha estante, em meio aos meus tesouros mais preciosos. Sei e sempre saberei te esperar, te respeitar e te entender. De suas necessidades aos melindres. Das lágrimas já derrubadas às gargalhadas. Das piadas e das conversas cabeças até altas horas da madrugada.

Há coisas em nossas vidas que acontecem, para nos fortalecer, nos ensinar.
E mesmo eu não querendo aprender, jamais te substituirei.
Meu insubstituível! 
♥ 


**
Ao Fefê, minha prova mais verdadeira de que a amizade entre homem e mulher existe.
Com amor,
Mari. 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"It's a beautiful day..."







Da série: "As loucuras que a gente faz..."

Como se fosse a coisa mais certa a fazer, depois de tentativas pela internet em vão, em uma terça feira, fui com uma de minhas pessoas preferidas do mundo me informar sobre venda de ingresso de um show, que acontecerá em Abril. O medo de não conseguir ir ao show de nossas vidas era tanto, ao ver tantas e tantas pessoas se dirigindo aquele posto de conveniência, que não poderia ser diferente: Nos olhamos e tivemos a mesma idéia. Ficaríamos ali, sentadas, na porta até o dia seguinte. Isso era 15h da tarde e a venda de ingressos começaria às 10h do outro dia. Parecia pouco. 
Foi a vez da Jana ficar sozinha para eu buscar uma mochila equipada para uma madrugada e, quando voltei, foi minha vez de ficar lá, não mais sozinha, pois já havia chegado mais duas pessoas. 
O pior detalhe- pessoal- é que no dia anterior eu tinha ido a uma micareta, estava ainda cansada e SEM VOZ. Mas que conversei com todo mundo ainda assim. 
Okay, Jana voltou. Já tinha uma menina de quinze anos na fila. Tantas diferenças, num mesmo objetivo, num mesmo sonho. 
Quando começou a anoitecer, começou a vir o frio. E começou a garoar, tornando-se chuva em determinados momentos. Imagine a cena: Uma calçada, com pessoas encostadas, guarda-chuvas improvisando barracas, desconhecidos unidos como irmãos, um cuidando do outro em determinados momentos, um carro tocando músicas variadas, cantoria, risadas. 
 Por volta das dez da noite, recebi a visita do Fê e do Phi, que eu compraria os ingressos deles e suas respectivas namoradas. E eles nos trouxeram esfihas do Habib´s. Oferecemos aos mais próximos, mas a caixa foi loooonge. E meus queridos amigos- que não valem um real-, começaram a dizer coisas como: "But I still haven´t found a esfiha that I looking for" ou "Where the streets have no esfihas". Acho que foi uma das cenas mais engraçadas, porque vieram MUITOS títulos, mas só me lembro desses.
Eles, para fazer graça e demonstrarem um ´puxa-saquismo´ exagerado, seguravam os guarda-chuvas para gente, nos abanavam e coisas do tipo.
Foram embora.
 Ao passar das horas, chegando a madrugada, o relógio parecia estagnado. E eu cheguei a me perguntar se aquilo valeria à pena. Mas a resposta era automática: VALERIA!
Uma das coisas que agradecia a cada minuto era uma manta azul, velha, que eu enfiei na mochila. Eu teria morrido sem ela, isto é fato. Chegada às três da manhã, só havia silêncio. Ou as pessoas dormiam ou estavam se perguntando, como eu, se aquilo valeria à pena. Em determinados momentos, inventei que aquilo era uma grande prova de resistência e que estávamos no BBB. Essa parte também foi engraçada, pois falamos de BBB até de manhã, praticamente. Fizemos até votação. Uma das queridas que conhecemos, foi embora assim que amanheceu, ou seja, foi eliminada... De vez em quando eu incorporava o Bial-Rouco e ainda dou risada em lembrar.
Umas quatro, quatro e meia, tinha uma galera lá no posto, voltando da balada COM UM VIOLÃO, tocando sertanejo. Foi a hora que chegamos perto deles e deu até pra ouvir umas musiquinhas. Entramos na Conveniência, pois o frio era gritante. E levamos a Laura, de quinze anos, com a gente. CADÊ A CORAGEM DE SAIR DO QUENTINHO, DEPOIS? Lá ficamos, até amanhecer!
O chão já estava secando, o que foi bom, porque os papelões onde estávamos sentados estavam nojentos. O sol aparecia, meio tímido. Movimento na rua e a fila tava enorme. Eu já nem sabia mais quem era quem ali pra trás, e ela dobrava a esquininha. Resolvi tirar a cara de morta, pus a lente, maquiagem, tirei o moleton, meti um óculos de sol, desodorante e me senti renovada. Já era (era ou eram?) quase seis da manhã e ainda faltavam TRÊS longas horas de fila. Que foram as que mais demoraram, confesso. Mais conversa. Mãe do Fê trouxe os documentos e o dinheiro deles, já que eu estava com medo de passar a noite ali, com dinheiro. Meu irmão apareceu por volta das nove da manhã com o meu rico dinheirinho, guardado com tanto suor.
E nessa hora eu estava passando mal. Com vontade de vomitar. Cansada. A ponto de chorar por qualquer motivo, principalmente quando um cretino falou que talvez não teria pista disponível para compra.
Cinco. Dez. Quinze... E os minutos se arrastavam!
A fila estava organizada.
Eu só olhava para a porta, eu era a primeira. hehehehe.
Quando abriu, eu corri. HAHHAHAHA.
Como se o Bono fosse vender os ingressos. Olhei os três guichês e vi a menina que tinha cara de ser mais rápida. Bingo! Disse o que queria, e quando ela disse que já estava disponível comecei a chorar. Foi uma sensação de Missão Cumprida que tomou conta de mim. Pensei nas dezenove horas que fiquei ali, no frio, na chuva, na minha filha em casa... E olhava aqueles ingressos nas minhas mãos. Cheguei a esquecer do troco, mas um menino pegou pra mim. A fila vibrava comigo! Queriam ver, queriam tocar os ingressos. E meu medo era tamanho que eles estavam guardados. MUITO BEM guardados, na carteira do meu irmão-mala-corinthiano-com-cara-de-mau.
Ao chegar em casa, tive outra crise de choro. E desde então quando vejo os ingressos meu coração acelera. Não sei quantos dias acamparei na porta do Morumbi, pois muita coisa pode acontecer até abril. Mas com toda a certeza deste mundo, nunca tive tanta expectativa para um único dia, como tenho para Nove de Abril de Dois Mil e Onze. Ainda bem que faltam só 121 dias! \o/

U2 360º Tour AÍ VAMOS NÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

"A Claridade do Teu Riso Conquistou meu Coração."


Se o mundo fosse perfeito e não houvesse micareta, ou pagode, ou sertanejo, ou otários, ou biscates, ou a pseudo-distância, ou as experiências passadas, ou as diferenças, ou o círculo social, ou os interesses distintos, ou o chaveco furado, ou a vida bandida tenho certeza que nos casaríamos em uma chácara linda, com Lírios e Copos de Leite decorando cada fileira dos bancos pintados de branco e arranjos de violetas azuis presos em cada uma de suas extremidades, inúmeros convidados agradáveis que saberíamos todos os nomes e histórias de vida, lembrando dos momentos vividos desde que nos conhecemos, teria minha família, teria sua família, seus sobrinhos absurdamente lindos sentados no primeiro banco, um padre no Altar Improvisado e uma Daminha de Honra invejosamente loira, com cachos dourados nas pontas, um vestido branco rodado, luvas e uma cesta de flores perfumadas a minha frente. 
Mas o mundo não é perfeito e esta história é só mais uma daquelas que contamos da boca pra fora, competindo quem consegue ser o mais romântico, ou meloso, ou grudento, ou gay, ou emo- como preferir- embora sejamos CURINTHIA! 
Só sei que hoje completa um ano que nos conhecemos e, às vezes, até parece que foram dois meses, em outras, que já faz cinqüenta anos e estamos prestes a completar Bodas de Ouro. 




Um brinde ao nosso primeiro ano e que você não se torne um falso marido careca e barrigudo. 


Tin tin! 


**


Fiz este post para o meu flog, mas gostei dele e quis deixá-lo registrado por aqui também. Afinal, conhecer alguém há um ano e ainda manter contato com a pessoa é algo raro. Ainda mais levando em conta a onde nos conhecemos. hehe.
Um beijo de jurupinga, Jony!

domingo, 31 de outubro de 2010

"Quando a gente fica em frente ao mar...

a gente se sente melhor"
A Letra A- Nando Reis. 



E se sentir melhor do que outrora é revigorante, não é mesmo? É a história de nadar à superfície, e respirar. Como se não houvesse nada além disso. Encher os pulmões e soltar o ar, lentamente. Uma... Duas... Três vezes.
As reviravoltas, as mudanças de cores e de cenário, tão repentinas. Um novo leque de possibilidades e sementes de sorrisos germinando, uma a uma.  
Vontade louca de gritar, de gargalhar, de virar estrelinha- mesmo sem saber e ainda correndo o risco de estatelar-se no chão;
Vontade louca de seguir aquele caminho escolhido até o final, de mergulhar de cabeça de enfrentar o medo da água ou o medo do escuro;
Vontade louca de permitir que aconteça. De virar a página, de começar livro novo sem medir esforços e tendo a noção de todos os recursos que se tem para escrevê-lo. E ainda desenhar e colorir cada uma das páginas que estão por vir. Todas elas!
Deixe por minha conta. 


Dessa vez peço licença e proponho um brinde à minha felicidade. 
Tin tin!
O próximo brinde será daqueles que guardo comigo!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

"I Can´t Stop Loving You!"

E lá pra 2003, 2004, não me lembro, acordávamos cedo pra ir pra escola. Um tanto mais cedo que o comum. Ficávamos ouvindo músicas juntos! Cantando as letras juntos. Quando às vezes você tocava violão e cantávamos! Como se nossas vidas dependesse daquilo! Como se fôssemos viver para sempre! 

Quando éramos BEM pivetes competíamos! Por quem chegaria primeiro no portão! Por quem sairia com dona Anna e ganharia ´algo´(entendam os que não participaram de minha infância, que "algo" seria algum doce, nem que fosse um chiclete). Por quem ganharia o primeiro pedaço de bolo, o primeiro copo de refri, ou de água (dá água, tumquixidum-dum! -interníssima!Jamais conseguiria explicar a vocês tamanha nerdice). Competíamos até quem ganharia um lanche primeiro -crianças gordas!- e ainda competimos por isto hoje em dia! rs. 

Assístiamos Cavaleiros do Zodíaco. Assim como Chiquititas! Telletubies! Contos de Fadas- e você tinha medo do episódio do João e o Pé de Feijão. Assistíamos Chaves, Chapolin- e você faltava na escola para continuar assistindo! Assistíamos Fada Bela, Família Twist, X- Tudo e você gritava: "Mariana, Experiêêêêêênciaaaaa", porque era nossa parte preferida. Assistíamos Glub Glub, sábado Animado, Babar e também Castelo Ra Tim Bum, onde um dos dois levantaria do sofá e cobriria a televisão, escondendo qual personagem apareceria no dia- e também fazemos isso até hoje! Patrine! Flashman! Changeman! Super Vick. Mundo da Lua. CRUJ. A Pedra dos Sonhos (não conheço ninguém, praticamente, que assistia além de nós dois).

Brincávamos! De Barbie e os seus bonequinhos eram os seguranças, e quase sempre algum deles traçava minhas bonecas! Brincávamos de pega-pega e você não conseguia pegar nenhum de nós (eu e os dois primos-irmãos que cresceram com a gente),deitava no chão e fingia um bocejo forçado. Reichuchu e Rainha Coquita eram os nomes dos super heróis que nos transformávamos. Fazíamos músicas e paródias- e ainda fazemos de vez em quando. Decorávamos bordões políticos, comerciais ou qualquer coisa ´decorável´. Jogávamos tranca com a Marcia e a Giovana, roubávamos mais que não sei o quê e ainda fazíamos uma menina de cinco anos chorar!("Menina mimada, não sabe perder!"). Fazíamos "ADIONAS" (Complexo demais para explicar aqui, também...)

Vivíamos saindo na porrada e eu já tirei sangue de você, mas tipo quando eu tinha cinco anos e você três! HAHAHAHA. Levei bronca na escolinha por conta disso! Maldita Tia Helena, que você não deve lembrar! Já ficamos sem nos falar por um bom tempo e diversas vezes. E dividíamos o computador. Ah, falando em computador, começamos a entrar na internet juntos. Era o máximo não saber mandar e-mail e digitar o endereço de e-mail na barra de endereço. Assim como era o máximo entrarmos juntos na sala de bate-papo com o nome de nossa mãe (Afeee!) e ainda pro cima não saber o significado de "rs!". Sem contar a dancinha para conseguir conectar naquela net discada e naquele computador mais lento que não sei o quê. 

Eu já te dei um banho na pia da cozinha. Já te salvei quando você tava afundando no mar. Nós já brincamos numa piscina de um clube, você de cueca e eu de calcinha- que no fim do dia rasgaram e íamos no tobogã juntos, um atrás do outro, para não verem os rasgos das mesmas. Você já comeu formiga, por falarmos que ela tinha gosto de morango (HAHAHAHAHA!). Você já estragou um bolo de aniversário com um cabo de vassoura, na ignorância! 

Temos até hoje a careta. Aquela que você não faz para mais ninguém.
E eu ainda postarei uma foto da mesma! ;D

Dublávamos. Você lembra que colocávamos um disco (de vinil) ou uma fita K7 (afeee!) e dublávamos as músicas? Pagode, Patati Patatá, Mamonas. O que fosse, nós dublávamos. Assim como dançávamos quadrilha- só nós dois! Fazíamos obras e obras de argila, que sempre quebravam no fim do dia e nunca conseguíamos pintar. Inventávamos colagens ridículas, desenhos ridículos e achávamos o máximo. Babutia, dona Anna e dona Dagma tiveram taaaaaaaanta paciência...

Eu achava que você nunca namoraria. Mas existe vida dentro desse casca grossa que você é. Então quando cogitei que você tivesse uma namorada, pensei que odiaria a pessoa. Mas até nisso você soube acertar! Gosto dela e ponto final. 

Você não é aquele típico irmão perfeito, que toda irmã pode querer, sabe? Você é nervosinho, estressado, truculento. Mas me diverte TANTO! E se você soubesse o quanto eu falo de você pra todo mundo... E como eu falava de você quando morava em Floripa, talvez você me internaria. Também não é o filho perfeito, assim como eu também não sou. Mas sei que somos fodas, nós três- ou quatro. Uma família tão diferente do padrão, mas que se entende- e cuida da vida um do outro, de vez em quando, é claro. Em muitas e muitas coisas, definitivamente, somos fodas, modéstia à parte. E meu coraçãozinho emo se enche de orgulho quando eu vejo você dando risada com a Lou. Brincando com ela, jogando ela pra cima, tendo paciência pra deixar ela escrever no seu computador. 

Sei que declarações e zás não são muito do nosso feitio. E nem quero fazer, juro. Mas há coisas que saem, uma hora ou outra! Então, por ser seu aniversário, você ganha esse texto enorme! já que eu não tenho dinheiro pra um presente. Imprima o texto e ponha na sua parede, sim? Hãhã. 
Obrigada, irmão. 
Por fazer a minha infância feliz. 
Por fazer a minha vida feliz.
Por fazer a minha mãe e a minha filha feliz. 
Por existir e ser este ogro que você é! 
Pode não ser o irmão perfeito, como eu disse acima... Mas não te vendo e nem te troco por uma baciada deles! 

Feliz aniversário!