domingo, 31 de outubro de 2010

"Quando a gente fica em frente ao mar...

a gente se sente melhor"
A Letra A- Nando Reis. 



E se sentir melhor do que outrora é revigorante, não é mesmo? É a história de nadar à superfície, e respirar. Como se não houvesse nada além disso. Encher os pulmões e soltar o ar, lentamente. Uma... Duas... Três vezes.
As reviravoltas, as mudanças de cores e de cenário, tão repentinas. Um novo leque de possibilidades e sementes de sorrisos germinando, uma a uma.  
Vontade louca de gritar, de gargalhar, de virar estrelinha- mesmo sem saber e ainda correndo o risco de estatelar-se no chão;
Vontade louca de seguir aquele caminho escolhido até o final, de mergulhar de cabeça de enfrentar o medo da água ou o medo do escuro;
Vontade louca de permitir que aconteça. De virar a página, de começar livro novo sem medir esforços e tendo a noção de todos os recursos que se tem para escrevê-lo. E ainda desenhar e colorir cada uma das páginas que estão por vir. Todas elas!
Deixe por minha conta. 


Dessa vez peço licença e proponho um brinde à minha felicidade. 
Tin tin!
O próximo brinde será daqueles que guardo comigo!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

"I Can´t Stop Loving You!"

E lá pra 2003, 2004, não me lembro, acordávamos cedo pra ir pra escola. Um tanto mais cedo que o comum. Ficávamos ouvindo músicas juntos! Cantando as letras juntos. Quando às vezes você tocava violão e cantávamos! Como se nossas vidas dependesse daquilo! Como se fôssemos viver para sempre! 

Quando éramos BEM pivetes competíamos! Por quem chegaria primeiro no portão! Por quem sairia com dona Anna e ganharia ´algo´(entendam os que não participaram de minha infância, que "algo" seria algum doce, nem que fosse um chiclete). Por quem ganharia o primeiro pedaço de bolo, o primeiro copo de refri, ou de água (dá água, tumquixidum-dum! -interníssima!Jamais conseguiria explicar a vocês tamanha nerdice). Competíamos até quem ganharia um lanche primeiro -crianças gordas!- e ainda competimos por isto hoje em dia! rs. 

Assístiamos Cavaleiros do Zodíaco. Assim como Chiquititas! Telletubies! Contos de Fadas- e você tinha medo do episódio do João e o Pé de Feijão. Assistíamos Chaves, Chapolin- e você faltava na escola para continuar assistindo! Assistíamos Fada Bela, Família Twist, X- Tudo e você gritava: "Mariana, Experiêêêêêênciaaaaa", porque era nossa parte preferida. Assistíamos Glub Glub, sábado Animado, Babar e também Castelo Ra Tim Bum, onde um dos dois levantaria do sofá e cobriria a televisão, escondendo qual personagem apareceria no dia- e também fazemos isso até hoje! Patrine! Flashman! Changeman! Super Vick. Mundo da Lua. CRUJ. A Pedra dos Sonhos (não conheço ninguém, praticamente, que assistia além de nós dois).

Brincávamos! De Barbie e os seus bonequinhos eram os seguranças, e quase sempre algum deles traçava minhas bonecas! Brincávamos de pega-pega e você não conseguia pegar nenhum de nós (eu e os dois primos-irmãos que cresceram com a gente),deitava no chão e fingia um bocejo forçado. Reichuchu e Rainha Coquita eram os nomes dos super heróis que nos transformávamos. Fazíamos músicas e paródias- e ainda fazemos de vez em quando. Decorávamos bordões políticos, comerciais ou qualquer coisa ´decorável´. Jogávamos tranca com a Marcia e a Giovana, roubávamos mais que não sei o quê e ainda fazíamos uma menina de cinco anos chorar!("Menina mimada, não sabe perder!"). Fazíamos "ADIONAS" (Complexo demais para explicar aqui, também...)

Vivíamos saindo na porrada e eu já tirei sangue de você, mas tipo quando eu tinha cinco anos e você três! HAHAHAHA. Levei bronca na escolinha por conta disso! Maldita Tia Helena, que você não deve lembrar! Já ficamos sem nos falar por um bom tempo e diversas vezes. E dividíamos o computador. Ah, falando em computador, começamos a entrar na internet juntos. Era o máximo não saber mandar e-mail e digitar o endereço de e-mail na barra de endereço. Assim como era o máximo entrarmos juntos na sala de bate-papo com o nome de nossa mãe (Afeee!) e ainda pro cima não saber o significado de "rs!". Sem contar a dancinha para conseguir conectar naquela net discada e naquele computador mais lento que não sei o quê. 

Eu já te dei um banho na pia da cozinha. Já te salvei quando você tava afundando no mar. Nós já brincamos numa piscina de um clube, você de cueca e eu de calcinha- que no fim do dia rasgaram e íamos no tobogã juntos, um atrás do outro, para não verem os rasgos das mesmas. Você já comeu formiga, por falarmos que ela tinha gosto de morango (HAHAHAHAHA!). Você já estragou um bolo de aniversário com um cabo de vassoura, na ignorância! 

Temos até hoje a careta. Aquela que você não faz para mais ninguém.
E eu ainda postarei uma foto da mesma! ;D

Dublávamos. Você lembra que colocávamos um disco (de vinil) ou uma fita K7 (afeee!) e dublávamos as músicas? Pagode, Patati Patatá, Mamonas. O que fosse, nós dublávamos. Assim como dançávamos quadrilha- só nós dois! Fazíamos obras e obras de argila, que sempre quebravam no fim do dia e nunca conseguíamos pintar. Inventávamos colagens ridículas, desenhos ridículos e achávamos o máximo. Babutia, dona Anna e dona Dagma tiveram taaaaaaaanta paciência...

Eu achava que você nunca namoraria. Mas existe vida dentro desse casca grossa que você é. Então quando cogitei que você tivesse uma namorada, pensei que odiaria a pessoa. Mas até nisso você soube acertar! Gosto dela e ponto final. 

Você não é aquele típico irmão perfeito, que toda irmã pode querer, sabe? Você é nervosinho, estressado, truculento. Mas me diverte TANTO! E se você soubesse o quanto eu falo de você pra todo mundo... E como eu falava de você quando morava em Floripa, talvez você me internaria. Também não é o filho perfeito, assim como eu também não sou. Mas sei que somos fodas, nós três- ou quatro. Uma família tão diferente do padrão, mas que se entende- e cuida da vida um do outro, de vez em quando, é claro. Em muitas e muitas coisas, definitivamente, somos fodas, modéstia à parte. E meu coraçãozinho emo se enche de orgulho quando eu vejo você dando risada com a Lou. Brincando com ela, jogando ela pra cima, tendo paciência pra deixar ela escrever no seu computador. 

Sei que declarações e zás não são muito do nosso feitio. E nem quero fazer, juro. Mas há coisas que saem, uma hora ou outra! Então, por ser seu aniversário, você ganha esse texto enorme! já que eu não tenho dinheiro pra um presente. Imprima o texto e ponha na sua parede, sim? Hãhã. 
Obrigada, irmão. 
Por fazer a minha infância feliz. 
Por fazer a minha vida feliz.
Por fazer a minha mãe e a minha filha feliz. 
Por existir e ser este ogro que você é! 
Pode não ser o irmão perfeito, como eu disse acima... Mas não te vendo e nem te troco por uma baciada deles! 

Feliz aniversário! 

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

"Foi você quem quis assim...

...não adianta reclamar.
Quando for falar de mim.
Pára de falar tanta besteira,
porque eu não tô de brincadeira.
Me segue de segunda à sexta-feira..." ♫



Meça suas palavras, acredite nelas quando as proferir. Palavras vazias, além de não convencer, não valem nada. São apenas palavras. Soltas. A esmo. A torto e a direito. Uma verdadeira sopa de letrinhas- mas sem o caldo de galinha porque sou vegetariana, obrigada!
E fica a incógnita. A veracidade será provada, um dia? Vale à pena ir atrás de respostas? Uma vez que o que foi demonstrado trouxe a dúvida, a escolha de insistir neste futuro falido parece-me errônea. E eu não quero errar. Não de novo. 
Querer demonstrar superioridade, brincar com o que não lhe foi permitido e até mesmo entrar neste cabo de guerra, onde fielmente, um ganhará e o outro enfiará a cara na lama, não lhe torna melhor e, muito menos, lhe coloca em posição número um deste podium ilusório, o nosso podium. Desde o começo entramos nesta competição, onde alternamos o primeiro e o segundo lugar. Onde provar para nós mesmos que vencemos, ora uma batalha, ora outra, trazia um sorriso bestial ao rosto. E talvez se tivéssemos decidido pelo empate, ali no começo, várias frases não nos teriam machucado. Teríamos colhido rosas, ao invés de todos estes espinhos. Mas o instinto de competitividade gritou aos nossos ouvidos, cegando-nos. Tirando nosso foco, fazendo com que a busca do primeiro lugar superasse tudo aquilo de mais belo e verdadeiro que sentimos. 
E agora é tarde. 
Agora já é tão tarde que dói-me na alma pensar em tudo o que foi dito e acontecido. Todas as feridas que deixaram-nos marcas permanentes. Todas as madrugadas em vão, tentando nos resolver. Todas as horas que passaram enquanto buscava solução para o nosso impasse, para o nosso futuro-presente.  Mas dói mais ainda imaginar tudo aquilo que poderíamos ter sido. Juntos.
E, agora, separados.