quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

História da Minha Vida.

Uma explosão de sentimentos, uma confusão de sons. Não saber se avanço, permaneço ou volto. Não saber se neste barco será seguro, se há bote salva-vidas, se há vida na superfície. Cantarolar uma canção dos outros tempos que amedronta só de ouvir os primeiros acordes. Abrir os olhos e nada encontrar além do breu da madrugada, que surpreende uma, duas e até três vezes seguidas. Não querer arriscar pois já foi lida esta história antes e se conhece o fim de cor e salteado. Os pensamentos estouram, tomando moldes e cores num repente, assustam, martelam, berram. Alguns se vão, sem deixar rastros, sem ruído algum. Idéias embaralhadas, o dever e o não dever travam uma briga onde algum sairá ferido. Ambos não podem conviver juntos.  E de camarote tenho a (des)oportunidade de presenciar tal cena patética. Onde vejo-me de braços cruzados esperando que a minha guerra interna acabe. Que não dure anos e anos como as grandes guerras que vemos lá fora e nos livros. Aguardo, com uma pontada de esperança, talvez desnecessária, para saber o desfecho, o vencedor, o rumo que a história tomará. A história da minha vida! Se será chamada de drama, comédia ou romance. Se seu final merecerá uma continuação. Quantos Oscars vai ganhar, quem será o papel principal e quem será o coadjuvante.  Se há quem pague para ver duas vezes, se há quem recomende para alguém. Ou se será um fracasso de bilheteria, onde talvez alguns casais apaixonados adentrem a sala de cinema para outros objetivos. E o dvd, se lançado, provavelmente juntará poeira nas locadoras, e entrará num saldão qualquer dia desses, por r$5,99. Podem não se importar, mas sabe... esta história faz parte de mim, do que contarei, do que me tornarei. É, como já dito e aqui reforço, só a história da minha vida. Segure com cuidado, não a deixe exposta a luz do sol nem a odores; não a abandone e não pise em cima, pois é frágil. E, em todas as hipóteses, mantenha virada para cima. É sempre o melhor caminho. =)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Desejo...

Em um piscar de olhos viajar no teu mundo. 
Descobrir os teus segredos. 
Decorar teus sentimentos 
e ganhar todos os teus beijos.
Sentir o teu cheiro perto de mim. 
Ouvir tua risada, 
sentir tua respiração em minha nuca 
e me arrepiar em cada poro do meu corpo.
Aconchegar-me no teu abraço, 
sentindo-me segura, sentindo-me viva.
Acordar do teu lado, 
cantar enquanto preparo o café e abres a cortina.
-Sente também a brisa inebriante desta manhã?-
Desejo, almejo, sonho e fantasio...
E assim eu vejo e percebo,
tornamo-nos apenas um
sem medos ou temores
A sina virou realidade imposta
e dela não mais fugirei...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Não confunda...

...boa intenção com promiscuidade.
Apesar de todos os rótulos que vemos em cada canto, em cada esquina, há o diferente. Há boa vontade de sobra. Há boas ações sem esperar nada em troca. São raras hoje em dia, mas existem.

A curiosidade (também) fez parte de mim. O querer conhecer, o querer sentir e saber. Qual foi o verdadeiro porquê de chegar a deprimente estado, que mesmo com tal palavra, não o julgo nem o recrimino. Cada um é dono de si e se os motivos foram fortes, é até perdoável. Fez-se uma fantasia, criou-se então algumas histórias, algumas teorias. Esta minha cabeça pensante desejara acertar, adivinhar, como se fosse ser ganhadora única na megasena.
Veio o encontro. E não acertei todos os números, apenas alguns deles.
Um encontro banalizado, em seu final. O que acarreta uma pontada de tristeza, mas o conformismo fala mais alto e ela se evapora.
O mais bonito sempre fica no que não foi dito, no que não aconteceu.
Em momento algum afirmo arrependimento. Só deveria haver sutileza... Outras palavras... Mostrando valores, mostrando que ajudar um desconhecido ainda é um gesto altruísta.
Mas as pessoas são diferentes... E ainda assim não vou mudar minha conduta. Enquanto me fizer bem, eu farei o bem.



E este dedico a alguém que conheci na Cidade Maravilhosa...