quarta-feira, 17 de junho de 2009

Até uma outra vida.

Pois é.

O mundo dá tantas voltas que no fim das contas acabo por ficar tonta.
Surpresas são boas.
E eu que tencionava fazer a maior do mundo. Com estrelinhas azuis transpassadas por um cordão. As idéias pulavam feito pipoca. Uma de cada vez. Cada uma com um sabor diferente. Algumas inesquecíveis... outras que seriam esquecidas. Algumas nem estourariam, ficariam ali, no fundo do pacote, representando o milho. Teria trechos favoritos e teria chocolate. Ah, ia dar um trabalhão. E visualizei algo tão bonito... Mas parei no meio do caminho. De todo o caminho, de toda jornada em questão.
Foi melhor.
Já que neste capítulo só vi o meu lado, ou pelo menos assim foi na maioria das vezes. E, talvez, desejar a cegueira seja burrice. Mas o colorido era tão lindo que não teve como não chegar perto... Cada vez mais, cada dia mais. No final das contas, era ofuscante. No final das contas, não havia mais beleza, e sim, admiração do desconhecido, do novo. No final das contas alguém sairia machucado e isto estava bem claro desde o início.
E se foi paixão?
Se foi, se for, não sei... a inteligência deve assumir uma hora. Tomar conta dos rabiscos, agora no começo, agora que é reversível passar uma bucha com água e sabão e apagar tudo. É reversível? Não, não é. Será mais “fácil” tirar você de dentro de mim agora e, um dia, eu me curar por completo. As feridas existem tais quais as manchas de tinta numa parede, rabiscadas. E, ao cicatrizarem, ainda existirão. Deixarão marcas, só não sei a intensidade das mesmas.
Não gosto de covardia, muito menos de questionamentos infindáveis. Acabam por valer nada e se passam por descaso dos sentimentos, dos mais confusos. De que adiantam as palavras sem contato? E digo para ambos os casos, preste atenção nas tais entrelinhas.
Quis entrar na tua vida. Quis entrar e ali ficar, fazer parte, compartilhar. Disposta até a enfrentar o que não me dispus com mais ninguém. A carregar um peso enorme, pois acreditava que valeria à pena. E espero que isto tenha ficado explícito em algum momento. (Se é que importa). Mas do teu lado não vi disposição nem audácia. Só vi medo e insegurança. Coisas que já tenho de sobra, obrigada. Fique com eles.
Mas valores, conflitos, monstros internos são piores que aqueles de filme de terror. Mesmo porque nunca é possível conhecer quem te assombra e o real motivo... Eles podem estar ali, na soleira da porta, sem que se dê conta disso, pronto para expor suas fileiras de dentes pontiagudos, suas garras e força descomunal. Então resolva seus medos... seus monstros e conflitos... pense e repense... E responda-me: o que tenciona e onde quer ir?
Desejo que nossos caminhos se cruzem, novamente, um dia...
E é só isso que queria que soubesse.
Até um dia... Até uma outra vida.
Paz! Sorrisos! Fim.

Nenhum comentário: