terça-feira, 3 de novembro de 2009

"Se me esqueceres, só uma coisa;

esquece-me bem devagarinho"
(Mario Quintana)



Cair no esquecimento é pior que tapas e pontapés. Pior que gritos e palavras que ferem.
Pior que lágrimas (seguidas de reconciliação).
Infelizmente o inevitável tende a perseguir. E o beco é escuro e sem saída. Para enfrentar o que está por detrás destas sombras de amargura é preciso ter a coragem na medida certa. Nem de mais. Nem de menos. O suficiente.
Saber silenciar no momento em que a dor mais fere, mais toma a forma do que menos se quer ver.
Uma pausa, um respiro.

dois.

três.

Aceitar. Seguir, erguer a cabeça.
Deixar o passado ser enterrado. Sentir saudade do futuro que não aconteceu, das palavras não ditas e dos beijos não recebidos.
E ter a certeza no saber onde foi o erro e que há sempre dois culpados na tristeza de um fim.

Nenhum comentário: