sábado, 19 de fevereiro de 2011

Da série: "Eu Era Um Lobisomem Juvenil."
(Parte V)

"♪ Tudo acontece ao mesmo tempo
Nem eu mesmo sei direito
O que está acontecendo...♫ "
Eu Era Um Lobisomem Juvenil
Legião Urbana.

Um banho de água fria.
Tudo bem que no calor é refrescante. Mas a gente tem que estar esperando, né? Na surpresa, no susto, nem se estivéssemos no deserto seria bom. Porque tem o tal do choque térmico...
Choque.
Chocada.
Abismada.
Passada.
Sem chão...
E aí o que fazer com uma saudade latente há seis meses? Uns planos bobinhos, que não deixam de ser planos? Com aquele abraço que estava guardado há tanto e não foi dado a ninguém neste meio tempo? Com tantas conversas e tantas promessas não cumpridas? Jogo fora? Ignoro? Continuo guardando, mesmo sem haver espaço?
Toda força latente tende a explodir, a se expandir.
Mas já não há lugar, nem ocasião e muito menos clima. Um fato, um único fato, uma frase e aquilo que eu achava mais puro, que achei uma gracinha um dia, que dava risada e relevava já não mais existe.
E todo fim me machuca tanto... Odeio começos, com toda a minha alma, mas simplesmente não sei lidar com O Fim.
Por mais que não houve um começo. Por mais que só foram borrões. Por mais que foi conturbado, bagunçado e até engraçado, foi alguma coisa. E foi bom.
Então é com lágrimas, e não poucas, que tento organizar cada idéia, cada pedaço dentro de mim, já que o estrago foi feito sem nem ao menos eu perceber ou saber por quê.
A palavra certa é luto.
Por sorte eu vivo, sim, o meu luto. Como nunca deixei de viver absolutamente nada em minha vida. Mas eu me reergo sem pestanejar. Não com facilidade, e sim, com sabedoria. Ou pelo menos o julgo.

"♪ Vá com os Anjos. Vá em paz. ♫ "

(#NowPlaying: Gladiador. Não poderia ser diferente...)


**

E as coisas acontecem em nossas vidas sem nem ao menos percebermos ou nos prepararmos.
Então... lidar é melhor que fugir. A dor existe, sim, mas como veio... ela vai. É a minha única certeza! ;)

PS: Este post saiu no Fotolog e julguei que se encaixaria aqui. Peço licença que o compreendam. Foi escrito na mais singela lembrança que guardo - ou guardava?- comigo.

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