quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Um brinde às nuvens e aos ventos...

...Tin tin!

Descobri que o tempo cura tudo. Disto sei há muito tempo, e sempre bato nesta tecla. O que eu não me lembrava era que a distância tem o dom de congelar uma vida, criando outra, paralelamente. Novos mundos ou velhos mundos que se cruzam...
A vida é um vai-e-vem desgraçado! O que me deixa mais pasma ainda. Há pouco mais de um ano atrás eu estava neste mesmo computador, talvez escrevendo, talvez jogando ou editando uma foto. Mas não era eu. Era uma velha, de seus setenta anos, e com histórias pra contar, mas não todas esperadas. Era alguém acomodada com a vida que tinha. E depois de tantos acontecimentos, vejo que sempre tudo acaba valendo à pena. Quem diria que eu sentaria nesta cadeira, comeria pudim e olharia por esta janela novamente?
Felizmente não me confundi ainda. E tenho conhecimento de que hoje vivo melhor para mim, para os outros, e principalmente, para minha filha.
Mas são lembranças de uma vida que estão nesta casa, quartos, salas...
Saudade?
Seria bom que tivesse um pouco, pra pelo menos dizer que houveram boas coisas ´nisso tudo´. Acho que lá no fundo, desejo em silêncio que eu tivesse um pinguinho de saudade... Uma pontadinha que fosse, entende? Afinal, teoricamente, deveria ter sido importante. Há o elo eterno, a melhor coisa da minha vida. Embora eu acabe esquecendo que houve uma participação a mais, além da minha. Mas não sinto e nunca senti. E sei, mais do que ninguém, que não sou fria, muito pelo contrário.
Mágoas, choros... Precipitação. Juras sem fundamento...Ilusões, equívocos, imaturidade. E o que era bom já ficou esquecido, que nem me lembro o porquê de tudo e como tudo começou...



Mas que este é o pôr-do-sol mais lindo que já vi, não me resta dúvidas.
De fazer esquecer o meu nome...

Tin tin...


*De tantos e tantos brindes vou ficar mais pra lá do que pra cá.*

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