"Nada mais vai me ferir...

...é que eu já me acostumei.
Com a estrada errada que eu segui,
e com a minha própria lei..."
Legião Urbana.

Um dia a gente aprende... ( E aqui viria aquele texto do Shakespeare, tão clássico que cabe em qualquer situação. Mas vamos deixá-lo para uma outra oportunidade, já que não é ele quem quer declarar alguma coisa, não é mesmo?)

Aprende que nossa consciência e modo de ser devem estar ali, intactos e reluzentes, independente de qualquer rumo que o ´tudo´ tomou num dia desses. Um dia desses, um daqueles onde sempre se propagam certezas e mentiras, lado a lado, passo a passo, num silêncio que me intriga e apavora. Pavor seria se não fosse humana e não precisasse de fingimentos. Mas fingir ficou lá pra trás, não serve de nada, e além de tudo, é contraditório SEMPRE. Ou pelo menos aos meus ideais que tanto prego, busco e morro por eles.
Poder rodar diversas vezes até ficar tonta e cair, achando graça nas cores se misturando e se sobrepondo, com a sensação de ressaca por vir, quiçá um pseudo desmaio. Já que a inconsciência, o sono, trazem mensagens que de confusas, nada tem. É tudo claro, preto no branco, tim tim por tim tim o que querem mostrar, só depende se você está apto a entender...
E se lavar num banho de chuva, sem sabonete ou shampoo, rir até o maxilar trincar, pular em poças sujas, não ligar pra roupa cara nem para o penteado... Não se preocupar com o relógio, celular, câmera ou qualquer outro equipamento parecido... Levitar de quando em quando, ter a nítida sensação de que todos que ali deveriam estar, estão, respirar fundo, se ver em silêncio, e sentir o gosto das lágrimas se misturando com as águas cadentes daquele breu inebriante... Não tem preço.
Talvez pelos abraços...
Talvez pelos sorrisos...
Talvez por ser algo que eu realmente goste...

Insisto em dizer que vou em busca daquilo que me faz bem... Independente de todo o resto.