Foi um sonho?

É a chave que some. Mãos inexistentes que acordam. Relógios que adiantam e despertam sozinhos.
Dia seguinte no quarto, a conversa. E a chave similar, surge.
Passa uma semana.
Tudo começou, mesmo, quando ainda não sabia se estava acordada ou dormindo. Foi tudo muito rápido. E ela estava lá... Naquela casa, tão parecida e tão diferente com algo que já vi e não sei dizer o quê. E ela veio pra se despedir. Ela me abraçou... Choramos... Foi uma libertação. Então ela disse: "Não vai falar tchau pro seu avô?". Ele saiu de trás de alguma porta, mas não vi a imagem dele. Me abraçou também. Não lembro de nenhum diálogo, só SABIA que era ele e que se despediu, também. E juntos, se abraçaram e subiram... Subiram uma escada.
E eu acordei.
E a Judy latia compulsivamente, olhando pra tevê. E quando eu olho, vejo pela segunda vez, alguém parado ali. Fecho os olhos, olho pra Lou, e olho de novo pra onde havia alguém. Ninguém...
MEDO. Muito medo! Sensação de estar sendo observada. Levanto. Ligo o computador sem ir no banheiro, sem falar bom dia, sem olhar pra ninguém e nem pentear o cabelo. Então acordo, mesmo, depois de um tempo. E minha mãe senta aqui do lado, na cama.
E eu conto pra ela.
E dali instantes, eu, ela e minha tia conversando sobre.
E minha tia, que tinha ´conversado´ no quarto aquele dia, confessa que pediu pra ela ir pra luz, pra procurar o meu avô. E comemora por ela ter ido, então. Aliás, as duas comemoram. E se discute por instantes o fato de eu não ter visto a imagem dele, pois ele já assumiu uma outra, com toda a certeza. E eu, falando que estava com medo, de tempos em tempos.
E ainda pergunto: "Mas por que eu? Por que pra mim? Eu nunca vejo nada..."
Mãe: "Porque a ligação de vocês sempre foi muito forte... Parece uma coisa..."
Minha mente dando voltas e voltas e voltas em todo o passado.
E minha tia complementa: "Por que era você que ela mais chamava quando estava naquele hospital. Você e o Serginho."
Eu: "Então era remorso. Porque a vida toda dela era sempre a Juliana e o Ricardo. SEMPRE. "
Tia: " Cala a boca. Perdôe. Deixa ela encontrar o caminho dela. Era o seu nome que ela mais chamava..."
E a vontade de chorar. Tudo engasgado na minha garganta. Segurando o choro compulsivo.
Para quem não sabe, ela morreu dia 08-11. Eu? Eu estava num ônibus, indo pra Curitiba. Não voltei para o enterro, não daria tempo. Quem é ela? Minha avó... Que morou comigo, desde sempre. Que eu não visitei nenhuma vez desses dois meses que ela ficou internada no hospital... Que me ensinou tantas e tantas coisas, incontáveis. Que ia comigo pra onde eu precisasse. Que originou o meu nome, porque todas as netas terminam em ´Ana´. Mas que brigávamos, muito, não há dúvidas. Não sei dizer o que está acontecendo... Será que é porque eu tomei posse do quarto que era dela, da cama?
Prefiro não pensar nisso. Prefiro que o tempo passe... Prefiro as lembranças boas. E se ainda não havia surgido nenhum remorso, por que agora?!?

Sítio do Carnaval Amarelo.

Caipirinha de Morango,
Espanhola ou cevada...
Tudo ficando mais belo...
Sítio do Carnaval Amarelo...

Boneca da estrela é a gente.
Pirulito de carne ausente.
Todos de porre é tão belo...
Sítio do Carnaval amarelo...

Ana e Isa já peladas
Maris perdidas na mata,
Universo paralelo...
Sítio do Carnaval Amarelo...

No Sítio da fantasia, num estado de euforia
sem roupas, e sem chinelos...
Sítio do Carnaval amarelo...



Felizes são aqueles que foram convidados e irão comparecer.
Sem mais...
Um beijo.

Só as nossas belas vozes.

No dia em que nossa querida Maristrela sumiu do mapa... E nós? Na gandaia... Hehehhee...
Aninha, nossa atriz e motorista mais sexy do mundo nos levando em casa.


É isso.

Quem de nós dois?

"E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro...
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida"


Só porque hoje mexi em coisas que me fizeram lembrar...
Foi uma fase difícil, onde pudores deixaram de existir. Onde me perdi e fiz perder; Jogamos tudo pro alto, por um tempo, nos entregamos, e ainda assim, parecia eterno, porém incorreto.
Eram valores inimagináveis, inquestionáveis. Era algo surreal pra muitos do nosso convívio, era muita pressão, medos, certo pelo duvidoso...
Você ficou no que era certo, e eu arrisquei.
E foi o que me libertou. Foi graças a esta loucura que eu enxerguei realmente que estava vivendo um faz de conta. Ainda bem que foi cedo, e que pude recomeçar.

Hoje?! Hoje os rumos são outros... Nem parece que foi tão intenso... FOI...

Foto by you*!

Eu não disse que o tempo curava tudo?!
Achava que duraria tanto tempo ainda, que teria tanta dificuldade no seguir em frente...
Acreditava que seria tão mais dolorido do que realmente foi...
Surpresas inesperadas deste senhor chamado Tempo, não é mesmo!? (E de mais um ou outro fatorzinho que foi fundamental!)
E esses meus pensamentos teóricos do que já foi sempre acontecem na madrugada. Vontade de ´resolver´ , ´acertar as contas´ com você, porque acabei entendendo tantas e tantas coisas... Mas acho que você ainda não está pronto para isto... Ainda, não sei nem porquê, vou querer o seu perdão. Um dia...
Isso e aquilo a parte, foi uma surpresa mexer no meu pen drive e achar tantas fotos que não quis ver nas últimas semanas... Achar suas músicas... Até mesmo alguns prints que eu jurava ter deletado. Eu de fato deletei tudo, mas tinha uma cópia de segurança nesse pen drive... (Bendita ou maldita tecnologia...Hehehehe).
Sei lá... A arte do perdão...
Tô me sentindo leve... Tô me sentindo bem...
E finalizando... Não sei nem como, mas eu tenho um carinho por você. E é maior do que minha cegueira... E é maior do que as feridas...
É algo um tanto bem maior.

Ahh... E essa foto... você quem tirou!. Hehehehe.

"Eu fico aqui esperando outro batuque..."

Ser, estar, parecer, continuar, andar, permanecer, ficar... Verbos de ligação.

Tudo junto, tudo misturado. Mistura boa, com uma pitadinha disso e daquilo. Sabe o que é bacãããna de citar? É que andava muito focada nisso OU naquilo. Não sabia das alternativas, nem que podemos ter de tudo um pouco. Amizades melhoram quando se dá uma trégua. A comida tem mais sabor se experimentada de outra maneira. A Música... Ah, a Música... Ouvir só uma coisa cansa... Por isso meus horizontes estão em mutação... E o título não é nada relacionado a TM.

A, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás... Preposições.

Tudo misturado, mas também tudo junto. Porque saber misturar os melhores ingredientes resulta num melhor pavê de nozes. É aí que entram todos os planos mirabolantes para um carnaval que será definido em algo como (ou maior que) PERFEIÇÃO. No lugar perfeito, com as pessoas perfeitas, onde não haja desentendimentos, caras feias e olhadas tortas. E que depois todos gritem aos quatro (sim, quatro!!) ventos que amam uns aos outros, já ansiando para o próximo!

Do, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si...

"E agora eu ando correndo tanto
Procurando aquele novo lugar
Aquela festa o que me resta
Encontrar alguém legal pra ficar"



No fim das contas, o aprendizado é dos grandes. Daqueles bem monstros. No fim das contas a gente se dá conta de que rir é o melhor remédio. No fim das contas as pessoas são diferentes, e é aí que está a graça da vida. E que enquanto você vai com a farinha, eu já estou voltando com o bolo feito... (Com a sorte de saber que isso nunca será lido...) Mas enquanto estiver sendo conveniente... eu finjo que me submeto.
Porque como dizem por aí... A vida é uma caixinha de surpresas... (E numa bela manhã de sol, Joseph Klimber... hehehehe)

"Loucura, insensatez..."

Pois é, minha gente.
De volta a terra, de volta ao meu mundo, de volta do mundo no qual eu ficaria mais uns três anos e não pediria trégua.
Um mundo cheio de gente legal e divertida, de atrações e fogueira.
E música. Todas as músicas do mundo. Todo o meu vasto repertório...
Tanto riso... Tanto, tanto e tanto.
Eis que chega o fim de algumas atividades programadas... Hora, então, de beber alguma coisinha...
Foi nesse momento que minha querida irmã gêmea me deu sonífero e me trancou num quarto escuro à prova de som. E começou a se passar por mim, com todas as pessoas, aparecendo em fotos e vídeos achando que tava bonito...
Um fim de semana insano... Mas depende, muito, do ponto de vista. E depois de tudo, de tanto pensar e analisar os fatos, amadureci uma idéia.
E isso... Não tem preço que paga...
Se fosse há algum tempo atrás, estaria coberta de revoltas e vergonha...
Ainda bem que estamos nos tempos de hoje, e vamo que vamo!
\o/

De resto tá tudo bem...
De resto tá tudo lindo...
De resto... Ah, foda-se o resto e o blog...


Um beijo.